Dólar hoje (25/02): MP libera R$4,1 bilhões visando compensar temporariamente suspensão do Plano Safra

O dólar hoje abriu esta terça-feira (25) em R$5,7785, após ter atingido a mínima de R$5,6936 durante a última segunda-feira (24). O dólar fechou o dia (24) com alta de 0,81%, marcando R$5,7785. O governo federal publicou na noite desta segunda-feira (24) a Medida Provisória 1.289/2025, liberando um crédito extraordinário de R$4,178 bilhões para operações de crédito rural com taxas subsidiadas pelo Tesouro Nacional dentro do Plano Safra. A iniciativa busca destravar as linhas de financiamento, cuja concessão estava suspensa desde sexta-feira (21) devido à falta de recursos. Assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a MP entra em vigor imediatamente e foi divulgada em edição extra do Diário Oficial da União.
Dólar Hoje: Confira a cotação do dólar comercial e turismo em tempo real
A medida já havia sido antecipada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última sexta-feira, como solução para reativar as contratações do crédito rural no Plano Safra 2024/25. Segundo Haddad, os recursos serão acomodados dentro das regras do arcabouço fiscal, apesar de serem formalmente enquadrados como crédito extraordinário.
Dólar hoje
O dólar hoje deve iniciar o pregão em baixa. A tendência de melhora na situação da Guerra da Ucrânia e recuo de Trump frente às tarifas, devem trazer acomodação no mercado.
Dólar Comercial
- Compra: R$5,7700
- Venda: R$5,7730
Dólar turismo
- Compra: R$5,7870
- Venda: R$5,9670
Atualização: 25 de fevereiro às 09h00
O dólar comercial e o dólar turismo são dois tipos diferentes de cotações do dólar, com valores ligeiramente diferentes devido a taxas adicionais.
Desempenho da Bolsa Brasileira
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (24) com queda de 1,36%, fechando o dia aos 125.401 pontos. A bolsa brasileira aprofundou as perdas ao longo da tarde, pressionada pelo sentimento negativo no mercado doméstico e pelo desempenho da Petrobras, em meio à expectativa pelos resultados trimestrais da estatal, previstos para esta semana. As ações da Petrobras encerraram o pregão em queda, com PETR4 recuando 0,76% e PETR3, 0,66%. No mercado internacional, o petróleo Brent para maio avançou 0,35% na ICE, impulsionado pelas perspectivas de oferta e pelo desenrolar das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
O setor de mineração também sentiu a pressão, com Vale (VALE3) registrando queda de 0,91%, refletindo a desvalorização de 0,77% do minério de ferro em Dalian, na China. Pela manhã, a mineradora anunciou uma oferta para recompra de bonds com vencimentos em 2034, 2036 e 2029. De acordo com fontes do mercado, a companhia levantou US$750 milhões com a reabertura dos bonds 2054, que oferecem um rendimento anual de 6,4%.
Expectativas para março
O câmbio brasileiro mantém trajetória relativamente estável, acumulando ganhos desde janeiro. Em dezembro, o real chegou a se desvalorizar até R$6,20, mas já em meados de janeiro, recuperou-se até atingir R$5,67 em fevereiro. A forte oscilação do fim do ano passado parece ter sido um reflexo exagerado do momento, e agora a moeda encontra um ponto de equilíbrio mais alinhado aos fundamentos macroeconômicos do país.
No entanto, o cenário ainda inspira cautela. No ambiente externo, a imprevisibilidade da Casa Branca, que oscila entre ameaças e recuos, continua gerando incertezas nos mercados. Apesar disso, o nível de tensão se mostra mais contido do que o inicialmente esperado. Caso Trump intensifique e efetive novas políticas protecionistas, as bolsas podem sofrer novos recuos, enquanto o dólar tende a ganhar força globalmente, adicionando pressão sobre o real.