Dólar hoje (26/02): Possível acordo de paz pode melhorar cenário externo

O dólar hoje abriu esta quarta-feira (26) em R$5,7396, após ter atingido a mínima de R$5,7387 durante a última terça-feira (25). O dólar fechou o dia (25) com baixa de 0,67%, marcando R$5,7396. Um fator que pode trazer alívio ao cenário internacional é a possível redução das tensões entre Ucrânia e Rússia. Há sinais de que um acordo pode estar próximo, o que ajudaria a estabilizar os mercados globais, e consequentemente valorizar moedas emergentes.
Dólar Hoje: Confira a cotação do dólar comercial e turismo em tempo real
Já no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou o ambiente externo como “muito ruim”, citando a incerteza sobre a política monetária dos Estados Unidos e a maior volatilidade nos mercados. Durante um evento do BTG Pactual, ele ressaltou que, embora a economia brasileira tenha se descolado de seus pares no final de 2024, agora começa a convergir. Haddad enfatizou a importância da agenda fiscal e da retomada das reformas para recuperar o grau de investimento, garantindo que é possível equilibrar as contas públicas sem afetar os mais vulneráveis.
Dólar hoje
O dólar hoje deve iniciar o pregão em baixa. A tendência de melhora na situação da Guerra da Ucrânia e recuo de Trump frente às tarifas, devem trazer acomodação no mercado.
Dólar Comercial
- Compra: R$5,7490
- Venda: R$5,7520
Dólar turismo
- Compra: R$5,804
- Venda: R$5,984
Atualização: 26 de fevereiro às 09h00
O dólar comercial e o dólar turismo são dois tipos diferentes de cotações do dólar, com valores ligeiramente diferentes devido a taxas adicionais.
Desempenho da Bolsa Brasileira
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (25) com alta de 0,46%, fechando o dia aos 125.979 pontos. Impactada pela queda de quase 3% no preço do minério de ferro no mercado internacional, a Vale (VALE3) registrou recuo de 0,97%. Analistas apontam que o setor segue pressionado por preocupações com uma possível escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Ontem, Donald Trump reafirmou que as tarifas sobre importações do México e do Canadá serão mantidas, após um adiamento de 30 dias, aumentando a incerteza no mercado.
No setor de petróleo, as ações da Petrobras também sentiram o impacto da instabilidade. Petrobras PN (PETR4) inverteu o movimento ao longo do dia e encerrou em queda de 0,45%, enquanto Petrobras ON (PETR3) recuou 0,86%. No mercado de futuros em Londres, os contratos de Brent caíram mais de 2%, atingindo o menor patamar desde dezembro de 2024.
Expectativas para março
O câmbio brasileiro mantém trajetória relativamente estável, acumulando ganhos desde janeiro. Em dezembro, o real chegou a se desvalorizar até R$6,20, mas já em meados de janeiro, recuperou-se até atingir R$5,67 em fevereiro. A forte oscilação do fim do ano passado parece ter sido um reflexo exagerado do momento, e agora a moeda encontra um ponto de equilíbrio mais alinhado aos fundamentos macroeconômicos do país.
No entanto, o cenário ainda inspira cautela. No ambiente externo, a imprevisibilidade da Casa Branca, que oscila entre ameaças e recuos, continua gerando incertezas nos mercados. Apesar disso, o nível de tensão se mostra mais contido do que o inicialmente esperado. Um novo fator que pode aliviar o cenário externo é a tendência cada vez mais clara de finalização do conflito armado entre Ucrânia e Rússia.