O Drex é uma moeda digital anunciada pelo Banco Central em agosto de 2023. Segundo o BC, seu valor será equivalente ao do papel-moeda e sua operação será por meio de carteiras virtuais.
A moeda, que está prevista para ser lançada em 2025, entrou na segunda fase de testes e desenvolvimento em setembro de 2024. Ela tem como foco o desenvolvimento de 13 casos de uso selecionados, envolvendo diferentes empresas do mercado financeiro.
Neste conteúdo, você vai entender o que é a moeda digital brasileira, como ela vai funcionar, seu valor e tudo o que se sabe até agora sobre o assunto.
O que é o Drex?
O Drex é a versão digital do real, desenvolvida pelo Banco Central do Brasil. Nas transações de atacado, será emitido diretamente pelo BC para liquidações entre instituições financeiras. No varejo, será emitido por instituições autorizadas para operações com seus clientes.
A moeda digital visa modernizar o sistema financeiro do país, facilitar transações e introduzir contratos inteligentes que automatizam operações financeiras. O Drex está em fase de testes, com foco em aplicações como crédito colateralizado, comércio internacional e transações de recebíveis.
O nome do Drex surgiu a partir da abreviação de “digital real x”, fazendo referência ao Real Digital. Segundo o Banco Central, é uma palavra “com sonoridade forte e moderna”.
Como vai funcionar o Drex?
O Drex é uma plataforma do Banco Central que vai permitir transações seguras com ativos digitais e contratos inteligentes, usando uma tecnologia chamada de Registro Distribuído (DLT). Para utilizá-lo, você precisará de um intermediário financeiro, como um banco, que transferirá o dinheiro da sua conta para a carteira digital Drex. A partir daí, será possível fazer transações digitais de maneira segura.
Um exemplo prático: ao comprar um carro, o Drex garante que tanto o dinheiro quanto a propriedade do veículo sejam transferidos ao mesmo tempo. Se uma das partes não cumprir o acordo, o dinheiro e o carro retornam aos donos originais, eliminando riscos. Essa segurança é garantida por contratos inteligentes, que só finalizam a transação quando todas as condições combinadas são atendidas.
Quanto vale um Drex?
O valor de um Drex é equivalente ao do real brasileiro, ou seja, 1 Drex sempre valerá 1 real, mantendo paridade total com a moeda física. Isso porque ele é a versão digital da moeda oficial do Brasil, criada pelo Banco Central. Seu objetivo é digitalizar transações financeiras, mantendo o mesmo valor do real em um ambiente digital.
Quando o Drex será lançado?
O Drex está previsto para ser lançado em 2025. O Banco Central iniciou a segunda fase de testes e desenvolvimento do piloto da moeda digital brasileira em setembro de 2024.
Qual a diferença do Pix para o Drex?
O Pix é um sistema de transferências e pagamentos instantâneos para o dia a dia, com limites de segurança definidos pelo Banco Central e pelas instituições financeiras. Já o Drex é uma versão digital do real que introduz transações digitais mais complexas e maiores, como a tokenização de ativos e contratos inteligentes, utilizando blockchain.
Qual a diferença entre o Drex e as criptomoedas?
Criptomoedas são descentralizadas, sem controle de uma autoridade central, enquanto o Drex será regulado pelo Banco Central, oferecendo mais estabilidade. No entanto, o Drex não gera rentabilização automática, como algumas criptomoedas, que podem valorizar conforme a demanda de mercado. Enquanto o Drex é centralizado e visa facilitar grandes transações, criptomoedas são independentes e mais voláteis.
Banco Central inicia segunda fase de testes do Drex
O Banco Central anunciou o início da segunda fase de testes do Drex, em setembro de 2024. Nessa etapa, o BC selecionou 13 temas específicos, escolhidos a partir de 42 propostas enviadas.
Entre os principais temas estão a cessão de recebíveis com a utilização de tecnologia blockchain para facilitar o crédito de pequenas empresas, o crédito colateralizado com CDBs e títulos públicos e a tokenização de ativos em operações de comércio internacional e câmbio. Também serão testadas soluções para financiamento de operações de comércio, como commodities agrícolas, e a otimização do mercado de câmbio.
Além disso, contratos inteligentes serão amplamente utilizados para automatizar processos e transações, como a negociação de títulos públicos, debêntures e ativos do agronegócio, promovendo maior eficiência e segurança nessas operações. Outro destaque importante é o teste de transações com imóveis e automóveis, que visam simplificar a transferência de propriedade utilizando a plataforma Drex. A fase também inclui testes de usabilidade e privacidade, com colaboração entre o Banco Central e outros reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Temas e desenvolvedores da segunda fase de testes do Drex
- Cessão de recebíveis: ABC e Inter.
- Crédito colaterizado em CDB: Banco do Brasil, Bradesco e Itaú.
- Crédito colaterizado em títulos públicos: ABBC, ABC e MB.
- Financiamento de operações de comércio internacional: Inter.
- Otimização do mercado de câmbio: XP-Visa e Nubank.
- Piscina de liquidez para negociação de títulos públicos: ABC, Inter e MB.
- Transações com Cédula de Crédito Bancário: ABBC.
- Transações com debêntures: B3, BTG e Santander.
- Transações com ativos do agronegócio: TecBan, MB e XP-Visa.
- Transações com créditos de descarbonização: Santander.
- Transações com automóveis: B3, BV e Santander.
- Transações com imóveis: Banco do Brasil, BV e Santander.
- Transações com ativos em redes públicas: MB.
Quem são os participantes dos testes do Piloto Drex?
Os participantes do Piloto Drex são:
- ABBC – Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP.
- ABC – Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Google.
- B3 – Banco B3, B3 e B3 Digitas.
- BB – Banco do Brasil.
- Bradesco – Bradesco, Nuclea e Setl.
- BTG – Banco BTG.
- BV – Banco BV.
- Caixa – Caixa, Elo e Microsoft.
- Inter – Banco Inter, Microsoft e 7Comm.
- Itaú – Itaú Unibanco.
- MB – MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial.
- Nubank.
- Santander – Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM.
- SFCoop – Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred.
- TecBan – Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin.
- XP-Visa – XP e Visa.
O Drex está previsto para chegar em 2025
O Drex é um novo projeto do Banco Central para facilitar a vida dos brasileiros, que está previsto para chegar em 2025. A iniciativa é uma solução econômica que vai deixar o processo de compra mais democrático, com benefícios para empreendedores e instituições financeiras.
Gostou do conteúdo? Então siga a Remessa Online nas redes sociais para ficar por dentro das principais novidades. Estamos no Facebook, LinkedIn e Instagram!
Resumindo
O Drex é a versão digital do real, desenvolvida pelo Banco Central do Brasil. Nas transações de atacado, será emitido diretamente pelo BC para liquidações entre instituições financeiras. No varejo, será emitido por instituições autorizadas para operações com seus clientes.
O Drex está previsto para ser lançado em 2025. O Banco Central iniciou a segunda fase de testes e desenvolvimento do piloto da moeda digital brasileira em setembro de 2024.
O valor de um Drex é equivalente ao do real brasileiro, ou seja, 1 Drex sempre valerá 1 real, mantendo paridade total com a moeda física. Isso porque ele é a versão digital da moeda oficial do Brasil, criada pelo Banco Central. Seu objetivo é digitalizar transações financeiras, mantendo o mesmo valor do real em um ambiente digital.
O Pix é um sistema de transferências e pagamentos instantâneos para o dia a dia, com limites de segurança definidos pelo Banco Central e pelas instituições financeiras. Já o Drex é uma versão digital do real que introduz transações digitais mais complexas e maiores, como a tokenização de ativos e contratos inteligentes, utilizando blockchain.