Eleição para presidência do Senado e os possíveis impactos para o mercado

A eleição para presidência do Senado causa forte impacto nas relações políticas e na economia do país. Não à toa, diversos setores da sociedade estão preocupados com o desfecho da votação. Para o presidente da República, ter um aliado na liderança na Câmara de Deputados pode ajudá-lo e colocar suas pautas em debate.

Além, é claro, de impedir que um processo de impeachment seja colocado para votação. Esses e outros aspectos também influenciam no mercado e na economia do país. A seguir, você vai entender melhor sobre isso.

Quais são os poderes do presidente do Senado?

O presidente do Senado controla as pautas que serão colocadas em debate no plenário. Embora seja uma posição importante e uma aliança que pode influenciar decisões políticas, históricamente, nunca houve uma movimentação do executivo para ajudar a definir quem seria o presidente. 

Depois do vice-presidente e do presidente da Câmara, é o presidente do Senado quem substitui o presidente na sua ausência. O presidente do Senado também é responsável por presidir as sessões conjuntas no Congresso, mas esse é um ambiente menos conflituoso.

Os impactos da presidência do Senado para o mercado

Os preferidos à presidência do Senado são Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato do governo, e Simone Tebet (MDB-MS), a candidata da oposição. Além de Tebet e Pacheco, disputam a Presidência do Senado os parlamentares Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Major Olimpio (PSL-SP). 

A candidata defende o retorno do auxílio emergencial, de acordo com o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e foco no combate à pandemia. Pautas que podem mexer com a economia e com a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

Caso o candidato do governo seja eleito, é provável que as pautas de interesse de Bolsonaro sejam colocadas em votação. Assim, o presidente tem mais chances de articular com os senadores e conseguir aprovar suas reformas.

Por outro lado, se a candidata da oposição vencer, Bolsonaro terá um cenário crítico a enfrentar. Pois outras pautas, que não são de interesse do governo, podem ser colocadas em debate.

Mas isso não é tudo, o presidente do Senado também depende da atuação do presidente da Câmara, que é quem define as pautas primeiro. Dessa forma, mesmo que Tebet seja eleita, o desafio de enfrentar as pautas do governo será maior, caso Arthur Lira (PP-AL) seja eleito presidente da Câmara dos Deputados. 

Em paralelo, o mercado sente os impactos da atuação política no país, perdendo ou atraindo investidores, prejudicando ou fortalecendo a economia. Na próxima semana, saberemos os desfechos dessas eleições.

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