Muitos brasileiros optam por estudar em Portugal. Os motivos para isso são variados. Eles vão da facilidade do idioma à excelência do ensino.
Para se ter uma ideia, em 2021, houve um acréscimo de 26% de alunos no ensino superior do país. Dos novos 7,6 mil estudantes, a maioria é brasileira, segundo o blog Portugal Giro.
O cenário também é favorável pela proximidade histórica entre Brasil e Portugal. Além disso, há o custo de vida reduzido e o clima ameno.
Porém, o que é preciso fazer para estudar no país europeu? É o que veremos neste post. Achou curioso? Continue lendo!
Os benefícios de estudar em Portugal
Portugal é um país eclético e que consegue aliar bem a modernidade e a história. A moeda adotada é o euro. Confira, a seguir, alguns dos benefícios de estudar em terras portuguesas.
Abriga algumas das melhores universidades do mundo
Com várias universidades entre as melhores do mundo, estudar lá é garantia de aumentar seus conhecimentos e conquistar mais experiência pessoal e profissional.
Tem características acolhedoras
As características do país também são diferenciadas. A educação e a cordialidade são peculiaridades do povo. Além disso, a população é bastante sincera — e isso pode até gerar alguma dificuldade de comunicação no início.
Oferece excelente qualidade de vida
Um dos principais benefícios de Portugal é a qualidade de vida. O custo é o mais barato dentre todas as nações europeias e a diversidade de frutas é significativa. O transporte público e a saúde também são acessíveis.
Tem um idioma de fácil adaptação
O idioma oficial é o português, que é um pouco diferente do português brasileiro. Ainda assim, é fácil de se adaptar. A localização do país é na Europa Meridional. Faz fronteira com a Espanha e com o Oceano Atlântico.
É um país de clima suave
O clima tem verões e invernos suaves. No norte do país, há mais chuva e temperaturas mais baixas, enquanto no interior há mais amplitude térmica.
Os tipos de estudo disponíveis em Portugal
Com o ano letivo bimestral, o início do primeiro semestre das aulas em terras portuguesas se dá em setembro e termina em janeiro. Já o segundo, vai de fevereiro a junho.
Essa é apenas uma das diferenças, afinal, o estudo em Portugal é dividido de acordo com a classificação internacional. Há 5 principais possibilidades. Confira todas elas!
Ensino técnico
O país tem mais de 700 cursos técnicos disponíveis em 126 instituições de ensino. Há visto de estudante específico para essa finalidade, mas é preciso já estar em Portugal para fazer a solicitação. Ainda é necessário fazer a equivalência do ensino médio cursado no Brasil.
Graduação
Os mais de 700 cursos de graduação são voltados para diferentes áreas. Os prazos de inscrição dependem da instituição de ensino. A lista de universidades e cursos pode ser verificada no site da Direção Geral do Ensino Superior.
Para participar, é preciso apresentar diploma do ensino médio equivalente ao português, já que as notas no país europeu vão de 0 a 20. O ingresso é feito pelo somatório da média do ensino médio com as notas das provas, que são diferentes de um vestibular.
O estudante brasileiro ainda pode entrar em uma universidade pelo Enem. Essa alternativa está disponível em algumas instituições de ensino.
Pós-graduação
Essa categoria inclui MBAs, mestrado e doutorado. Há mais de 1.300 cursos de mestrado e 630 de doutorado. O ingresso é mais fácil que na graduação e é preciso acompanhar os critérios nos editais divulgados pelas universidades. Geralmente, é preciso de histórico escolar e carta de recomendação.
As formas para estudar em Portugal
Para estudar em Portugal na graduação, você pode fazer um pedido no setor de Relações Internacionais de sua universidade no Brasil.
Caso queira fazer todo o ensino superior no país europeu, é possível entrar pelo Enem. Há 31 instituições de ensino que aceitam essa forma de ingresso.
A nota mínima costuma ficar entre 500 e 600 pontos, a depender da universidade. Podem ser solicitados outros critérios, conforme o edital.
Você ainda pode solicitar uma bolsa de estudo do Brasil ou de Portugal. As mais comuns são da Capes e da Fundação para a Ciência e Tecnologia, de Portugal. No entanto, ainda existem outras.
Uma delas é a bolsa estudante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nesse caso, o subsídio fica entre 50% e 60%. Caso você tenha boas notas no primeiro ano, pode tentar um auxílio por mérito.
De toda forma, é preciso pagar uma anuidade — ou propina, como é chamado em Portugal —, ainda que mais baixa que o valor normal.
Como usar o Enem para estudar em Portugal
Se você tem interesse em estudar em uma universidade portuguesa, saiba que esse sonho pode ser mais fácil de se realizar do que parece. É possível utilizar a nota do Enem como candidatura nos cursos de licenciatura ou graduação. Para isso, a universidade deve ter assinado um convênio com o INEP — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Cada instituição vai determinar sua própria nota de corte, conforme o curso escolhido. Na Universidade de Coimbra, por exemplo, o curso de Engenharia Química tem uma nota mínima de 650 pontos.
Já a Universidade de Lisboa, cobra uma nota mínima de 500 pontos na área de conhecimento mais relevante para o curso. Para um estudante de comunicação, por exemplo, seria linguagens e suas tecnologias.
Como cada universidade tem suas próprias regras, é importante acessar o site de cada uma para se informar sobre os cálculos de conversão das notas. Assim, você saberá se os seus pontos são suficientes para o ingresso no curso. A Universidade de Coimbra e a Universidade de Aveiro já têm páginas dedicadas à explicação desses cálculos.
Todos podem usar a nota do Enem para estudar em Portugal?
Apenas estudantes brasileiros que não tenham cidadania portuguesa poderão utilizar a nota do Enem para ingressar na universidade em Portugal. Em caso de cidadãos portugueses, é necessário fazer o Concurso Nacional de Acesso, exame nacional que permite o ingresso nas universidades.
Outra limitação em relação à nota do Enem está nos cursos de Medicina, Medicina Dentária (Odontologia no Brasil) e Medicina Veterinária. Nesses casos, ela também não poderá ser utilizada.
O estudante só poderá se candidatar se estiver enquadrado em uma das 3 situações:
- ser cidadão europeu;
- residir em Portugal há 2 anos ou mais;
- ter o Estatuto de Igualdade de Direitos e Deveres.
Para outros cursos da área da saúde, como enfermagem e nutrição, é possível utilizar a nota do Enem.
Quais universidades de Portugal aceitam a nota do Enem?
As universidades de Portugal que aceitam a nota do Enem são:
- Universidade de Coimbra;
- Universidade do Algarve;
- Instituto Politécnico de Leiria;
- Instituto Politécnico de Beja;
- Instituto Politécnico do Porto;
- Instituto Politécnico Portalegre;
- Instituto Politécnico do Cávado e do Ave;
- Instituto Politécnico de Coimbra;
- Universidade de Aveiro;
- Instituto Politécnico da Guarda;
- Universidade de Lisboa;
- Universidade do Porto;
- Universidade da Madeira;
- Instituto Politécnico de Viseu;
- Instituto Politécnico de Santarém;
- Universidade dos Açores;
- Universidade da Beira Interior;
- Universidade do Minho;
- Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário;
- Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias;
- Instituto Politécnico de Setúbal;
- Instituto Politécnico de Bragança;
- Instituto Politécnico de Castelo Branco;
- Universidade Lusófona do Porto;
- Universidade Portucalense;
- Universidade da Maia;
- Instituto Politécnico da Maia;
- Universidade Católica Portuguesa;
- Universidade Fernando Pessoa;
- Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida;
- Instituto Leonardo da Vinci;
- Escola Superior de Saúde do Alcoitão;
- Universidade Lusíada – Norte;
- Universidade Lusíada;
- Escola Superior de Enfermagem de Coimbra;
- Escola Superior Artística do Porto;
- Universidade Europeia;
- Instituto Universitário de Lisboa;
- Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa;
- Universidade Autónoma de Lisboa;
- Instituto Politécnico da Lusofonia;
- Instituto de Estudos Superiores de Fafe;
- Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes;
- Instituto Superior Dom Dinis;
- Instituto Superior de Gestão;
- Instituto Superior de Gestão e Administração de Santarém;
- Instituto Superior de Gestão e Administração de Gaia;
- Instituto Português de Administração de Marketing de Lisboa;
- Instituto Politécnico de Viana do Castelo;
- Instituto Português de Administração de Marketing do Porto;
- Universidade Nova de Lisboa.
Os custos médios com estudo e moradia
A propina varia de acordo com a instituição de ensino e o acordo com o Brasil. Por exemplo, na Universidade de Coimbra, fica em aproximadamente 700 euros. Porém, há valores mais elevados, de até 7.000 euros.
O mestrado costuma ficar em aproximadamente 1.000 euros anuais e o doutorado em cerca de 2.500 euros por ano. Em relação à moradia e a outros gastos — como material, transporte, alimentação e despesas básicas —, você terá que desembolsar entre 300 e 500 euros por mês. Muitas universidades ainda permitem acrescentar alojamento e refeições por mais 250 euros.
O visto necessário para estudar em Portugal
Para ingressar em uma universidade portuguesa, você precisa do visto de residência para estudo, mais chamado de visto de estudante. Essa autorização é necessária para você se tornar um aluno regular do ensino superior.
A solicitação é feita em duas etapas. A primeira é junto ao Consulado ou à Embaixada de Portugal no Brasil. A segunda é com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Portugal. No estágio inicial, você deve reunir a documentação, que inclui:
- carta de aceitação da universidade ou comprovante de matrícula;
- pedido de visto de estudo impresso e assinado;
- passaporte válido por mais de 6 meses;
- certificado de antecedentes criminais;
- comprovação dos meios de subsistência em Portugal;
- solicitação de consulta do registro criminal português;
- seguro de saúde para o período em que estudará;
- pagamento da taxa do Consulado;
- comprovante de hospedagem e alojamento.
Depois, você deve solicitar a autorização de residência no SEF. Ela tem validade de 1 ano e pode ser renovada. Esse segundo processo leva alguns meses e você já pode morar em Portugal.
O tempo médio para solicitação do visto é de 30 a 60 dias. O custo é de R$ 480 e mais uma taxa de 38 euros.
Quem tem visto de estudante pode trabalhar em Portugal?
É permitido que você trabalhe em Portugal mesmo com o visto de estudante. Porém, para que isso seja feito de forma legal, é preciso que, antes de iniciar em seu novo emprego, você notifique o SEF.
Para isso, você deve levar o contrato de trabalho ou a abertura de atividade. Outro ponto importante é que o trabalho não pode interferir no horário de estudo.
As melhores universidades e cursos
Entre as melhores universidades do país estão:
- Universidade do Porto: destaca-se em Gestão, Economia, Engenharia, Arquitetura, Desporto, Farmácia e Medicina;
- Universidade de Aveiro: foca nas áreas de Biologia, Bioquímica, Economia, Estudos Culturais, Contabilidade, Ciências Sociais, Química e Turismo;
- Universidade do Minho: tem entre os melhores cursos Criminologia e Justiça Criminal, Engenharia Civil, Desporto e Medicina;
- Universidade de Coimbra: destaca-se em Direito, Economia, Engenharia Elétrica e Eletrônica, Engenharia Mecânica, Aeronáutica e de Produção, Geografia e Línguas Modernas;
- Universidade de Lisboa: trabalha Língua Inglesa e Literatura, Agricultura, Ciências Marinhas, Medicina, Matemática e Educação;
- Universidade Nova de Lisboa: funciona desde 1973. Tem 20 mil alunos e está no top 50 das universidades com menos de 50 anos.
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Resumindo:
É preciso entrar em contato com uma instituição conveniada e fazer o processo seletivo, conforme o edital. Também existe a possibilidade de usar a nota do ENEM como porta de entrada para algumas instituições.
O processo é simples. Basta enviar a documentação, conforme exigido no edital, e dar entrada no visto após receber a carta de aceitação.
O valor varia conforme a instituição de ensino. Pode ficar entre 700 euros e 7.000 euros. No entanto, o custo de vida no país é baixo.
Universidade do Porto: destaca-se em Gestão, Economia, Engenharia, Arquitetura, Desporto, Farmácia e Medicina;
Universidade de Aveiro: foca nas áreas de Biologia, Bioquímica, Economia, Estudos Culturais, Contabilidade, Ciências Sociais, Química e Turismo;
Universidade do Minho: tem entre os melhores cursos Criminologia e Justiça Criminal, Engenharia Civil, Desporto e Medicina;
Universidade de Coimbra: destaca-se em Direito, Economia, Engenharia Elétrica e Eletrônica, Engenharia Mecânica, Aeronáutica e de Produção, Geografia e Línguas Modernas;
Universidade de Lisboa: trabalha Língua Inglesa e Literatura, Agricultura, Ciências Marinhas, Medicina, Matemática e Educação;
Universidade Nova de Lisboa: funciona desde 1973. Tem 20 mil alunos e está no top 50 das universidades com menos de 50 anos.