As notícias vindas da Europa não são ambíguas. O Índice ZEW, que mede a percepção econômica e a confiança de investidores institucionais, como bancos e fundos, na economia alemã praticamente afundou na terça-feira (13).
A expectativa do mercado era de uma queda de aproximadamente 6 pontos, contudo, a queda foi de quase 20 pontos. O dado é autoexplicativo: a confiança dos investidores com relação à economia alemã está se deteriorando rapidamente.
É relevante observar que essa performance tem reflexos significativos sobre toda a Zona do Euro, uma vez que a Alemanha é a maior economia do bloco.
A prévia do PIB do 2o semestre da Zona do Euro, por sua vez, manteve-se estável em 0,2%. O dado trouxe algum alívio, mas reforça a perspectiva de uma economia sem pujança, sem drivers de crescimento.
Essa leitura das perspectivas para a Zona do Euro também alimenta as expectativas acerca de novas rodadas de flexibilização monetária na região por parte do Banco Central Europeu. O objetivo é conseguir dar tração para a economia, por meio do consumo e investimentos para, assim, retomar o crescimento.
O Euro abriu a semana cotado a R$ 4,4157 e ganhou força frente ao Real, chegando a ser cotado a R$ 4,5211 no pregão de quinta-feira (15). Na abertura do pregão desta sexta-feira, o Euro era cotado a R$ 4,4353, uma variação semanal de aproximadamente +0,44%.
Veja o cenário cambial da semana.
—André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.