Inicie a semana de olho no que pode influenciar o mercado nos próximos dias! No Giro de Notícias de hoje, confira:
1. Navio encalhado gera US$ 400 mi de prejuízo por hora
2 – Mercado vê inflação maior e projeta PIB menor em 2021
3 – Formalizada a indicação para novo presidente do Banco do Brasil
4 – Bolsonaro sanciona lei que pode custar R$ 5 bilhões
5 – Crédito bancário sobe e juro médio tem queda em fevereiro
A seguir, acompanhe a nossa seleção de notícias e principais acontecimentos do Brasil e do mundo.
1. Navio encalhado gera US$ 400 mi de prejuízo por hora
Encalhado desde terça-feira, 23, no Canal de Suez, o navio porta-contêineres Ever Given, com mais de 400 metros, vem bloqueando a passagem de outras embarcações pela principal rota marítima de ligação entre Ásia e Europa, responsável por escoar cerca de 12% de todo o comércio marítimo mundial.
Estima-se que a cada hora o prejuízo com esse incidente chegue a mais de US$ 400 milhões, segundo a publicação especializada em comércio marítimo Lloyd’s List. O valor estimado das mercadorias que passam diariamente pelo canal equivalem a US$ 9,7 bilhões, sendo US$ 5,1 bilhão viajando para o oeste e US$ 4,6, para o leste.
O bloqueio já gera impactos sobre o preço de mercadorias em vários países. Na sexta-feira, dia 26, os preços futuros do petróleo subiram mais de 3%, segundo a Safras & Mercado, devido ao temor de que a oferta diminua, em razão do bloqueio
O cargueiro carrega 20 mil contêineres e, segundo a Autoridade do Canal de Suez, hoje cedo, teve 80% de seu curso corrigido. Os esforços agora são para que o navio flutue.
2 – Mercado vê inflação maior e projeta PIB menor em 2021
De acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 29, dados levantados em uma pesquisa realizada na última semana com mais de 100 instituições financeiras, a estimativa para inflação subiu e o crescimento projetado para o PIB caiu.
Segundo a pesquisa, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado passou de 4,71% para 4,81% em 2021. O dado está acima da meta central desse ano, de 375%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional, o CMN.
No ano passado o IPC ficou em 4,52%, pressionado pelo preço dos alimentos, acima da meta estipulada para 2020, que era de 4%, mas ficou dentro do intervalo de tolerância, ainda que seja considerada a maior inflação anual desde 2016.
Já para 2022 está mantida a projeção da inflação pelo mercado em 3,51%, com a meta central fixada em 3,50%.
Em relação ao dólar, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,30 para R$ 5,33. Para o fechamento de 2022, avançou de R$ 5,25 para R$ 5,26 por dólar.
Já os investimentos estrangeiros diretos no país segue com projeção em US$ 55 bilhões para esse ano, enquanto que em 2022, a estimativa foi de US$ 60 bilhões para US$ 64,4 bilhões.
3 – Formalizada a indicação para novo presidente do Banco do Brasil
O Ministério da Economia encaminhou para análise e manifestação do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade (Corem) do Banco do Brasil, o processo de indicação de Fausto Ribeiro para presidir a instituição financeira.
Servidor do banco desde 1988, Ribeiro será o terceiro nome a ocupar a presidência da empresa em cerca de seis meses, após o atual mandatário do banco, André Brandão, ter renunciado ao cargo após desgaste com o presidente.
O desgaste se deu, principalmente, após o anúncio em janeiro de um plano do Banco do Brasil que incluía demissões e fechamento de agências.
4 – Bolsonaro sanciona lei que pode custar R$ 5 bilhões
Patrocinado pela primeira dama, Michelle Bolsonaro, projeto de lei que declara a cegueira de um dos olhos, visão monocular, como deficiência para todos os efeitos legais, não foi submetido à análise das secretarias responsáveis do Ministério da Economia.
Cálculos do governo estimam aumento na despesa com o BPC no valor de R$ 5 bilhões, já que cerca de 400 mil monoculares podem se habilitar à ajuda.
Segundo a página de Economia do Uol, a Receita Federal não quis se manifestar sobre o caso, mas a área técnica do Fisco teria apontado risco de renúncia de receitas, contrariando uma nota emitida na última semana pela Economia dizendo que “o PL 1615/2019 não envolve renúncia de receita”.
5 – Crédito bancário sobe e juro médio tem queda em fevereiro
De acordo com o Banco Central, o crédito bancário voltou a crescer, após instabilidade no começo do ano, enquanto os juros bancários médios tiveram pequena queda.
O volume total de crédito ofertado pelas instituições financeiras aumentou 0,7% no mês passado, para R$ 4,046 trilhões, valor superior aos R$ 4,018 trilhões de janeiro.
O crédito livre a pessoas jurídicas alcançou R$ 1,1 trilhão, alta de 1,2% no mês passado, enquanto o crédito para as pessoas físicas totalizou R$1,2 trilhão, aumento de 0,7% no mês.
A taxa de inadimplência registrada pelos bancos também cresceu, indo de 2,1% em janeiro para 2,3% em fevereiro. As operações com pessoas físicas registraram 3% de inadimplência em fevereiro, acima dos 2,9% de janeiro. Já pessoas jurídicas a inadimplência aumentou de 1,2% em janeiro para 1,4% em fevereiro.
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