Giro de Notícias #20: confira o que pode impactar o mercado

Fique por dentro das notícias que repercutiram e podem influenciar o mercado nos próximos dias:

  • 1. Taxa de desemprego chega a 14,7% no primeiro trimestre de 2021. A maior desde 2012;
  • 2. Crise da energia: governo confirma alerta de emergência hídrica para 5 estados;
  • 3. Covid-19: Brasil passa Itália e Bélgica e já é o 5º país no mundo com mais mortes por habitantes;
  • 4. Ibovespa atinge topo histórico na última sexta-feira;
  • 5. IR 2021: Último dia para envio da declaração.


1. Taxa de desemprego chega a 14,7% no primeiro trimestre de 2021. A maior desde 2012

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na última quinta-feira (27), a taxa de desemprego no Brasil chegou a 14,7% no primeiro trimestre de 2021.

Embora tenha sido algo já projetado pela Refinitiv, por conta do impacto da pandemia do coronavírus, o dado assusta se comparado com o último trimestre de 2020, onde tínhamos 13,9% desempregados no país.

De lá pra cá, a alta foi de 0,8 ponto percentual. Isso corresponde a mais de 880 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho. É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.


2. Crise da energia: governo confirma alerta de emergência hídrica para 5 estados

O governo publicou na última sexta-feira, 28, um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco Estados brasileiros: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Todas as unidades da federação atingidas estão na bacia do Rio Paraná, polo de produção agropecuária e de grandes hidrelétricas.

A situação é classificada como “severa” e a previsão é de pouco volume de chuvas para o período.

Este é o primeiro alerta dessa natureza em 111 anos de serviços meteorológicos do Brasil.

Em pronunciamento oficial, Adriano Pires, fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e um dos maiores especialistas em energia do país, atesta que: “É difícil de afirmar se vai ter apagão ou falta de energia [no segundo semestre], mas que o risco está muito alto, não tenha dúvida quanto a isso”.

Órgãos federais ligados à meteorologia reforçam que a emergência hídrica é associada à escassez de precipitação na região hidrográfica e a previsão é que o cenário persista até setembro.


3. Covid-19: Brasil passa Itália e Bélgica e já é o 5º país no mundo com mais mortes por habitantes

O Brasil atingiu na última sexta-feira (28) a marca de 459 mil mortes causadas pela pandemia, e, com isso, passou a Bélgica e se tornou o quinto país no mundo com mais vítimas por milhão de habitantes.

O Patamar proporcional de vítimas cresce quase 20% em maio em mês marcado por aglomerações. Especialistas temem a terceira onda ainda em junho.

Caso o ritmo de contaminações e mortes permaneça igual, a situação brasileira poderá piorar ainda mais nas próximas semanas na comparação com o resto do mundo.

De acordo com as recentes médias, o Brasil pode passar a Eslováquia em julho, e superar a Bulgária em setembro – respectivamente o quarto e o terceiro com mais mortes por milhão de habitantes até o presente momento.

Especialistas também temem uma terceira onda chegando no Brasil devido ao atraso da vacinação e a chegada de novas variantes (que, segundo cientistas, surgem justamente por causa do descontrole em algumas regiões do mundo).


4. Ibovespa atinge topo histórico na última sexta-feira

Em meio a uma semana de muitos acontecimentos e previsões negativas, existe uma luz no fim do túnel – Ibovespa deixa para trás os 125 mil pontos e atinge novo topo histórico.

Na última sexta-feira, 28, o principal índice da bolsa brasileira registrou uma nova máxima histórica de fechamento ao subir 0,96% e alcançar a 125.591 pontos, um avanço de 2.42% na semana.

Alguns fatores ajudam a explicar os números. Um deles foi a melhora de recomendação para as ações da companhia feita pelo Credit Suisse e pelo JPMorgan, o que aumenta o fluxo comprador dos papéis. Outro ponto importante, é com relação à alta expressiva das ações da companhia Petrobras (PETR3 subiu 5,47% e PETR4 avançou 4,60%), que garantiu sustentação suficiente para superar de vez o nível dos 125 mil pontos.

Depois de uma intensa volatilidade nos últimos meses, as semanas foram “positivas” para o mercado, com todos de olho em somente um ponto de atenção: a inflação.


5. IR 2021: Último dia para envio da declaração

Corre que ainda dá tempo! Os contribuintes têm até as 23h59 de segunda-feira (31) para enviar os dados à Receita Federal e, assim, evitar o pagamento de multas.

O que acontece se eu não declarar?

A multa mínima para quem não entregou dentro do prazo é de R$ 165,74, mas pode atingir até 20% do imposto devido.

A penalidade é aplicada tanto para quem tem imposto a pagar quanto para quem tem restituição a receber. Para quem tem imposto a pagar, a multa é de 1% ao mês (ou fração de atraso) sobre o valor do imposto a pagar, limitada a 20% do imposto devido. Já para quem não tem imposto a pagar, o valor da multa corresponde ao mínimo exigido, que é de R$ 165,74.

Além disso, o CPF pode ficar irregular, o que pode impedir a liberação de empréstimos, tirar passaportes, obter certidão negativa para venda ou aluguel de imóvel e até prestar concurso público até a regularização da situação.

Quem precisa declarar?

  • • Quem obteve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70;
  • • Quem possuía, até 31 de dezembro de 2020, bens ou direitos de valor total ou superior a R$ 300.0000;
  • • Quem recebeu Auxílio Emergencial e obteve rendimentos tributáveis acima de R$ 22.847,76.

Confira aqui outras regras que determinam a obrigatoriedade da declaração do Imposto de Renda em 2021.

Precisa de ajuda para declarar dinheiro recebido do exterior no Imposto de Renda 2021? Acesse esta matéria que nós te explicamos tudo.

Related posts

Mercado asiático fecha em alta com boas projeções para China

Reuniões do G20 podem trazer turbulências

De Olho no Câmbio #303: Moeda brasileira volta a perder força à espera do governo