Por muito tempo, estudar fora do Brasil era visto como sinônimo de fazer um curso superior. Porém, nos últimos anos, cresceu (e muito) a procura pelo high school — o equivalente ao nosso ensino médio.
Afinal, a formação de base dos países de língua inglesa é uma ótima porta de entrada para se habituar à realidade de outro país. Isso sem falar na possibilidade de imersão em cultura, história, economia e comunidade presente no seu destino.
Compartilha desse interesse e não sabe por onde pesquisar sobre high school? Então, veja nosso post para começar a planejar o seu intercâmbio. Fique atento aos próximos tópicos!
O que significa high school?
O high school representa o ensino médio. Ele é composto pelos últimos quatro anos letivos da formação básica tanto dos EUA quanto dos demais países com influência saxã. É o caso da Austrália, da Nova Zelândia e do Canadá. Porém, no Reino Unido, é comum que ele seja chamado de secondary school. O termo high school, como conhecemos hoje, se popularizou graças à influência midiática e educacional dos Estados Unidos.
Estudantes internacionais que vão fazer o intercâmbio para cursar um high school têm três possibilidades. A primeira é realizar os quatro anos completos. A segunda, é fazer apenas alguns períodos letivos, como dois anos ou então só um semestre. Já a terceira e última é cursar apenas algumas semanas, não ultrapassando o período total de um mês.
Como funciona o high school?
É importante entender que a estrutura do high school não é a mesma presente no ensino médio brasileiro. No nosso país, o projeto pedagógico definido pela Lei nº 13415/17 separa a formação em quatro áreas do conhecimento. As mesmas cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São elas:
- Matemáticas e suas Tecnologias;
- Linguagens e suas Tecnologias;
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Diante dessas quatro alternativas, o estudante elege aquela com a qual mais se identifica. É a que vai prepará-lo para a entrada no ensino superior e para a carreira desejada. Já para os que querem sair da escola e ingressar no mercado de trabalho, haverá a opção de escolher a Formação Técnica e Profissional (FTP).
No high school, a grade curricular não considera áreas de ensino. Ela parte da regra de disciplina obrigatórias (como Matemática, Inglês, Física e Biologia) e dos adicionais — que podem ser matérias e/ou atividades curriculares. Alguns exemplos são Artes, Teatro, Literatura Inglesa e Língua Estrangeira (Espanhol, Francês, Alemão etc.)
Além disso, a depender do nível de domínio do aluno em determinado conteúdo, é comum que ele se inscreva em disciplinas avançadas. Dessa forma, ele pode se testar mais, potencializar o próprio aprendizado e até participar de olimpíadas e competições estudantis aos níveis nacional e internacional.
Outro ponto bastante marcante no high school é o incentivo aos esportes. Isso porque as escolas contam com campi equipados para o exercício de diferentes modalidades. Elas vão desde natação e rúgbi até patinação artística e hóquei — e o aluno consegue encaixar a prática delas com facilidade na grade.
Por isso, é comum ver os formandos terem um ou mesmo dois turnos inteiros dedicados ao treino e ao desenvolvimento como potenciais atletas. Isso sem falar na diversidade de campeonatos entre instituições para estimular o espírito competitivo.
É preciso falar inglês para fazer high school?
Vai depender do país onde você quer fazer o high school. Se a ideia é ter essa vivência em um país de língua inglesa, que são a referência nesse modelo de ensino, então, sim. Nesse caso, será preciso checar junto à instituição de ensino se há um nível exigido de proficiência no inglês. Geralmente, é solicitado o B2 (que é um intermediário) ou C1 (que é um avançado).
Para comprovar a fluência no inglês é necessário apresentar um certificado de proficiência. Os mais populares e válidos em todo o mundo são o TOEFL, o Cambridge e o IELTS.
É preciso ter em mente que para uma boa adaptação ao país, ao ritmo de estudos e aos colegas de classe é fundamental conseguir se comunicar. Ou seja, estar apto para se expressar, argumentar e escrever na língua dos nativos. Sem isso, a vida acadêmica fica totalmente comprometida.
Qual a idade para fazer high school?
A faixa etária do high school é entre 15 e 18 anos. Mais jovens que 15 só ingressam no middle school (o que equivale ao ensino fundamental brasileiro). Já pessoas com mais de 19 anos se enquadram no ciclo universitário de ensino.
Quais os requisitos para fazer high school?
Fora o domínio do inglês e a faixa etária de 14 a 18 anos, é comum que as agências e as redes de ensino peçam histórico escolar. Alguns programas de intercâmbio também podem exigir que a pessoa esteja em uma determinada etapa do ensino médio. Por exemplo, ingressando nele ou então estar matriculado no primeiro ou no segundo ano.
Quais os melhores lugares para fazer high school?
O principal destino para muitos estudantes internacionais são os Estados Unidos. Afinal, o país é a principal referência na mídia tradicional e na internet quando o assunto é high school.
São filmes, documentários, séries, músicas, entre muitos outros conteúdos em blogs, sites e redes sociais. Porém, também há outros locais para você avaliar e decidir qual será o seu destino. Por exemplo, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Escócia, Irlanda e Irlanda do Norte.
Qual high school escolher: o público ou o privado?
Escolher a rede de ensino pública é a decisão mais adequada para quem quer vivenciar a formação mais comum e tradicional dos países de língua inglesa. O que vale tanto para o middle school quanto o high school.
O motivo disso é o fato das universidades serem, na grande maioria, particulares. Até mesmo aquelas intituladas como públicas cobram mensalidades/anuidades ou taxas específicas de ingresso. Logo, a maioria das famílias matricula os filhos na rede pública para poupar dinheiro para o ensino superior.
Porém, é preciso saber que o high school privado também existe e é uma opção para alunos internacionais. Entre os diferenciais dele estão a maior infraestrutura e a diversidade de atividades curriculares e extracurriculares. Além disso, há o fato das escolas funcionarem com internato incluso, ou seja, o aluno reside em dormitórios da instituição.
Geralmente, a escolha por esse modelo de high school está relacionada ao diferencial dos programas preparatórios que oferece. Afinal, os alunos visam a aprovação em universidades bastante conceituadas ao nível global, como:
- Universidade de Stanford;
- Universidade de Harvard;
- Universidade de Columbia;
- Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Diploma do high school é aceito no Brasil?
O diploma de high school concluído no exterior, por si só, não é aceito no Brasil. Isso porque a educação básica no Brasil tem diferenças estruturais, socioculturais e pedagógicas daquelas ofertadas em outros países. Não é à toa que a formação aqui segue a Lei nº 9394/96, responsável por definir as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Porém, não se desespere. Isso porque você pode validar o seu diploma em território nacional. O que vai lhe permitir, por exemplo, cursar o ensino superior, participar de concursos públicos, entrar para o mercado de trabalho etc.
Para tanto, você deve se dirigir à Secretaria de Educação do seu município para se informar como dá entrada a esse processo e a documentação necessária.
Existe high school no Brasil?
Sim, existe. Há algumas instituições de ensino que disponibilizam um projeto pedagógico de ensino médio nos moldes do high school estadunidense. Isso inclui, por exemplo, aulas em tempo integral, disciplinas lecionadas em inglês, turmas mais enxutas, grade curricular com conteúdos diversificados e optativos etc.
Inclusive, ao concluí-lo, você recebe tanto o certificado de conclusão do ensino médio brasileiro quanto o diploma de high school do país norte-americano.
Contudo, é preciso ter em mente que nada substitui a experiência de vivenciar, de fato, o high school no exterior. Afinal, vai estudar com colegas e professores nativos, praticar constantemente o inglês e vivenciar a cultura, a realidade social e as tradições do destino escolhido. Isso, sem falar na chance de viajar para conhecer outras regiões do país ou nações vizinhas.
O high school no Brasil pode ser uma alternativa, por exemplo, para quem não quer ir para o exterior por motivos pessoais. Ele é destinado também a quem pensa em fazê-lo apenas por conta da faculdade. Outro caso possível é quando o indivíduo não cumpriu os requisitos para estudar em uma escola nos EUA, na Austrália, no Reino Unido etc.
Posso emendar high school com faculdade no exterior?
A resposta é sim. Se você aplica uma candidatura a uma universidade e é aceito, pode fazer uma educação continuada no país em que está. Assim, você aproveita para ter tanto uma graduação quanto uma pós-graduação internacional. Formações que, certamente, vão valorizar o seu currículo!
Apenas é preciso se atentar às questões legais da sua residência, OK? Isso porque você deverá procurar o serviço de imigração para estender o período da sua permanência e, se preciso, solicitar um novo tipo de visto.
Além, é claro, de apresentar as documentações que justifiquem por que você quer continuar por mais tempo no país. Afinal de contas, a educação superior completa dura, em média, entre três e seis anos.
Quais os preços para fazer high school?
Não há um valor preciso quando o assunto é high school. Isso porque há vários fatores que você deve colocar na ponta do lápis. A começar pelos gastos básicos de um intercâmbio, como emissão de passaporte e visto, seguro de viagem e passagens de ida e volta. Além disso, a duração dos seus estudos influenciará diretamente nos custos com moradia, alimentação, vestuário e gastos pessoais (lazer, diversão, viagens etc.).
Outro ponto que impacta o seu planejamento financeiro é como vai ser feito o seu high school. Será por meio de uma agência de intercâmbio? Se sim, você vai precisar pagar pelos serviços da empresa que intermedia a sua ida para o exterior. Se for por uma rede de ensino internacional, a despesa de matrícula será tratada diretamente com ela.
Como fazer high school grátis?
Para fazer high school grátis, a melhor estratégia é se inscrever em programas de bolsa. Muitas instituições realizam seleções semestrais ou anuais para escolher estudantes com bom desempenho escolar no país de origem. Por exemplo, fundações internacionais, instituições filantrópicas, organizações governamentais e até mesmo redes de ensino.
Um ponto interessante é que existem diferentes tipos de bolsas de estudo. A mais comum é aquela que cobre as despesas de matrícula, material acadêmico e taxas da instituição do colégio que vai lhe receber. Porém, há bolsas que também arcam com os custos de moradia ou oferecem opções mais econômicas de acordo com a duração do seu intercâmbio.
Há ainda a possibilidade de você concorrer a uma modalidade de bolsa que custeia todas as suas despesas para estudar fora do Brasil. Isso inclui passagens, moradia, alimentação e saúde. Portanto, se você tem interesse em fazer intercâmbio com o mínimo de gasto, vale a pena pesquisar mais sobre o assunto!
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Como você leu até aqui, o high school pode ser uma experiência única para quem deseja uma formação e uma vivência internacionais. Porém, é preciso se organizar para fazê-lo. Isso porque há formas diferentes de cursá-lo e uma vasta gama de práticas curriculares que podem ser realizadas. Ou seja, é preciso refletir bem sobre o que é melhor para o seu currículo!
Além disso, é preciso atender aos requisitos para estudar no exterior (entre eles, o de falar outro idioma). Por fim, ainda vale mencionar a necessidade de visto, planejamento financeiro e o processo para validar seu diploma quando voltar. Com tudo isso devidamente programado, você terá um ótimo intercâmbio!
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Resumindo
High school é o período letivo equivalente ao ensino médio do Brasil. Porém, ele conta com quatro anos ao invés dos nossos tradicionais três.
Se você for estudar em países como Canadá, Austrália, Inglaterra e EUA, a resposta é sim. Além disso, o seu nível de proficiência deverá ser intermediário ou avançado.
Ter entre 14 e 18 anos, falar inglês (ou a língua do país escolhido) e ter bom desempenho acadêmico.
A resposta é sim. Para isso, existem diferentes instituições que disponibilizam bolsas com foco em promover a formação internacional de estudantes ao redor do mundo.