Saiba o que é a identidade visual e o que considerar na hora de criá-la!
Na hora de se criar uma marca, há uma etapa fundamental para o sucesso dela no mercado: a identidade visual que ela terá. Afinal, esse será o principal ponto de contato das pessoas com a empresa — o que permitirá desde a identificação de quem ela é, em qual setor atua e que tipo de produto/serviço disponibiliza até a criação de reputação e vínculos emocionais.
Diante de tudo isso é fundamental entender como a identidade visual consegue esse feito, o que é preciso para um designer gráfico concebê-la e quais erros devem ser evitados na produção dela. Neste post, você vai conferir isso e muito mais. Continue lendo!
O que é identidade visual?
A identidade visual tem a ver com os recursos de imagem que a empresa vai usar para ser percebida, reconhecida, se tornar uma referência e, em especial, se consolidar no imaginário popular. Para tanto, ela recorre a vários elementos para alcançar esse objetivo. Podemos citar, por exemplo, o(a):
- logotipo: nome escrito da marca ou mesmo uma abreviação dele quando for o caso;
- símbolos: desenhos ou ilustrações associados ao nome da marca, ou que reproduzem o tipo de produto/serviço que ela oferta;
- paleta de cores: tons usados não só nos símbolos, mas também no logotipo;
- tipografia: fonte utilizada no logotipo e que está diretamente relacionada com a legibilidade dele.
Por que ela é tão importante para as marcas?
A resposta é simples: uma empresa que não tem uma identidade visual forte e bem estabelecida não consegue se posicionar no mercado, nem muito disputar com a concorrência. Afinal, ela nem sequer conseguirá ser lembrada pelo consumidor. Quem dirá estabelecer um vínculo positivo com o público a ponto de levá-lo a procurar por ela.
No mercado, independentemente do setor, nós temos diversos exemplos de marcas que se consolidaram por conta da identidade visual. E isso é tão forte que até mesmo em diferentes países — cada um com cultura, economia e meio social particulares —, a população não titubeia na hora de identificar ou reconhecê-las.
Podemos usar como exemplos a Apple, o Mc Donald’s, a Disney, a Uber, a MTV, o Google, a Lego, o Windows — enfim, a lista é grande!
Diferenças entre identidade visual e branding?
Quando se fala de identidade visual, não é difícil encontrar quem a considere a mesma coisa que branding, como se fossem termos sinônimos. Porém, a história não é bem por aí, viu?
Na realidade, cada um deles representa um conceito diferente. Por isso, é fundamental conseguir distingui-los para aplicá-los com sucesso no seu negócio.
Comecemos com o branding, que se refere à identidade da marca. Ou seja, os valores que estarão associados a ela, o histórico que ela vai carregar, a comunicação que ela vai adotar com o público e a forma como ela será percebida no mercado.
Logo, branding é o que chamamos conceito guarda-chuva. Algo que engloba diferentes aspectos do posicionamento de uma empresa. São várias características que se interligam, que estão associadas direta ou indiretamente.
Já a identidade visual, como mencionamos, é como a empresa vai ser vista e reconhecida publicamente. Portanto, equivale justamente ao terceiro ponto do branding.
Diante disso é possível definir que a identidade visual é um dos pontos do qual trata o branding, pois este a engloba por completo. No entanto, o contrário não é válido, já que a identidade visual foca unicamente na representação estética de uma organização. Não envolve questões como:
- bandeiras sociais, culturais e políticas relacionadas à organização;
- metas e propósitos;
- persona da marca;
- estratégias de marketing (digital, de conteúdo, de influência, de performance etc.);
- força da marca frente à concorrência (aos níveis local, estadual, nacional e internacional);
- engajamento publicitário online e offline;
- definição/significação tanto nome da empresa quanto dos títulos que identificam produtos e serviços que ela comercializa.
Resumindo: branding e identidade visual são dois assuntos que têm tudo a ver. Estão intrinsecamente conectados. Apesar disso, nem de longe são a mesma coisa.
Quais os profissionais que trabalham com identidade visual?
Ela pode ser produzida por profissionais de múltiplas áreas. É o caso do designer gráfico, do publicitário e das pessoas que trabalham com marketing. Isso é possível porque todas essas áreas estudam e se aprofundam em aspectos relacionados à construção, à manutenção e à atualização da identidade visual.
Portanto, estão aptos a trabalharem de duas formas. A primeira é sendo colaboradores de departamentos de empresas voltados para a representatividade dessas marcas no mercado.
Já a segunda é prestando esse tipo de serviço de forma pontual e autônoma. Neste último caso, a pessoa pode atuar como freelancer, consultor ou empreendedor (MEI ou mesmo outra categoria, como ME ou PPE).
Quais são as vantagens de ter uma identidade visual bem definida?
Entre as vantagens, podemos citar o reconhecimento da marca não só por quem é o público-alvo dela, mas por toda a sociedade. Como resultado, isso demanda menos despesas por parte da empresa com publicidade institucional e ações recorrentes de divulgação de produtos/serviços.
Outro ponto interessante é que, ao se consolidar publicamente em um mercado, a marca se torna referência (de preço, de qualidade, de atendimento ao cliente etc.) dentro dele.
Logo, isso aumenta a relação de confiança do consumidor e, consequentemente, ajuda a fidelizá-lo com mais eficiência. Para completar, isso permite construir e firmar uma reputação a longo prazo que vai estar presente não só em uma, mas em várias gerações.
Quais os principais erros ao criar uma identidade visual?
Não dá para abordar identidade visual apenas explicando o que ela é e a importância que tem. É preciso pontuar quais principais erros os profissionais que produzem esse tipo de trabalho e, em especial, as empresas que demandam uma marca bem representada cometem na hora de defini-la. Por isso, fique atento!
Excesso de cores
O primeiro erro é o excesso de cores. O ideal é que a paleta usada na identidade visual tenha um padrão bem definido e de fácil associação à marca — o que requer entre uma e quatro cores — sendo uma ou duas o mais habitual. Ou seja, quanto mais constante e simplificado for, melhor o resultado na hora de identificá-la.
Por outro lado, se a identidade vem parecendo uma coletânea de tonalidades, o efeito alcançado vai ser negativo. Inclusive, não será raro encontrar pessoas que se sentirão incomodadas e desconfortáveis por conta da poluição visual.
Falta de clareza
Outro equívoco comum é quando o símbolo da marca ou mesmo o logotipo traz muitas informações. Em vez de serem mais minimalistas para uma melhor e mais rápida memorização por parte do público, eles são, na verdade, ricos em detalhes — composições, camadas, efeitos, disposição de imagem e texto que muda com frequência etc.
Ambiguidade visual
Além do mau uso de cores e da falta de clareza na identidade visual, há outro problema sério: a ambiguidade visual. Isto é, quando os símbolos presentes na identidade da marca podem ser interpretados de formas diferentes daquele que é o objetivo da empresa.
Por exemplo, há um símbolo de uma floricultura que deveria ser exclusivamente uma flor. Contudo, a ilustração também se assemelha direta ou indiretamente a uma comida. Isso inviabiliza totalmente a identificação dela com a empresa.
Afinal, se o símbolo estiver isolado sem o logotipo, é bem provável que o público pense em mil e uma marcas em vez de mencionar, sem rodeios, a sua. A situação fica ainda mais séria quando essa ambiguidade pode levar a associações de cunho político, religioso ou com conotação sexual. Portanto, atenção redobrada!
Aplicabilidade ruim
Outra questão relevante é a aplicabilidade da identidade visual em situações reais do cotidiano. Ou seja, como ela fica quando:
- está inserida em um anúncio (online e físico);
- é mostrada em um fardamento da empresa;
- vem impressa em uma embalagem.
Tudo isso é relevante, pois conta para o processo de reconhecimento da marca. Quando o profissional responsável não faz testes com o protótipo da identidade visual, é inevitável: em algum desses pontos haverá problema na apresentação dela.
Logo, o que deveria ser uma conexão do público com a empresa se tornará fonte de incertezas. Em alguns casos, pior ainda: de identificação com outra marca.
Como criar uma identidade visual memorável?
Neste último tópico, reservamos algumas dicas que vão lhe ajudar não só a planejar uma identidade visual, mas também a desenvolvê-la. Fique atento ao passo a passo para se inspirar e ajudar a posicionar melhor as marcas no mercado!
Tenha os valores da sua empresa bem estabelecidos
Antes de qualquer coisa, tenha os valores da sua empresa bem estabelecidos. Para que, mais adiante, a identidade visual não entre em conflito ou fique descontextualizada. Por exemplo, quanto ao que a organização representa, acredita e defende.
É justamente aí que entra o branding e todo o conhecimento e as estratégias que ele proporciona sobre posicionamento de marca.
Encontre o tom de voz certo para sua marca
O tom de voz da comunicação da marca deve transparecer na identidade visual. Por exemplo, o público consumidor é jovem e requer uma interação mais informal, leve e despojada? Então a identidade não pode ser séria e robusta. É preciso que tudo esteja conectado.
Conheça quem é o seu público
Saiba quem é o seu público e quais características o define, assim como as preferências que ele tem. Pesquisas e levantamentos de dados, tanto presenciais quanto virtuais, ajudam muito nisso. Afinal, essas informações facilitam traçar elementos capazes de fazê-los se sentirem ouvidos, valorizados e representados.
A partir daí, você pode incorporá-los na sua identidade visual, principalmente no símbolo dela, que é um detalhe que permite um maior uso da criatividade.
Defina um estilo de design para seguir
O estilo de design do símbolo da marca deve ser bem planejado. Isso é necessário por uma razão simples: existem inúmeras empresas ao redor do mundo. Só no Brasil, segundo o banco de dados do Sebrae, são mais de 19 milhões.
Portanto, a sua identidade precisa ser o mais autoral possível para que não traga um resultado genérico, muito simplista ou pior: facilmente acusável de plágio.
Seja objetivo na sua identidade visual
A identidade visual pode ser criativa, artística, moderna e, inclusive, inovadora. Todos esses aspectos são mais que bem-vindos. Porém, sempre tenha o foco no objetivo dela: tornar a sua marca reconhecível em qualquer contexto em que ela apareça.
Para alcançar esse resultado, é importante não ultrapassar a linha do excesso. Por exemplo, usando dois ou mais símbolos na identidade. O ideal é manter somente um símbolo e um logotipo. Ir além disso é um problema.
Avalie a paleta de cores
A sexta dica é avaliar bem a paleta de cores. E aqui não falamos apenas da quantidade de tons que serão usados, mas dos significados que eles trazem. Para tanto, é importante estudar e se aprofundar no conceito de psicologia das cores, que aborda como elas afetam o humor, as emoções e o comportamento humano.
Estar a par de aspectos como esse permite que a identidade visual seja mais efetiva na tarefa dela e o principal: gere uma conexão mais rápida e positiva com o público.
Pense na tipografia adequada
Por último, pense na tipografia que será usada no logotipo. É preciso que ela seja legível independentemente:
- do tamanho da fonte que será usado;
- do dispositivo em que visualizamos o logotipo (celular, computador, TV etc.);
- da superfície onde ela é impressa, colada ou inserida.
Portanto, fontes muito cursivas, serifadas ou com detalhes ilustrativos podem comprometer esse objetivo. Esse último exemplo, inclusive, é capaz de entrar em conflito com o símbolo da marca, poluindo a identidade visual.
Viu só como a identidade visual é muito importante para a consolidação de uma marca? Por isso, é indispensável entender o que está por trás desse conceito, como ele se relaciona com o branding e quais os passos que devem ser colocados em prática no processo de criação dela. A partir daí, é possível ter uma excelente representação de imagem no mercado.
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Resumindo
Identidade visual significa a imagem que a empresa vai ter para o mercado, o público, a mídia etc. Ela funciona como cartão-postal da marca, servindo não apenas para identificá-la, mas também para vendê-la.
Entre os principais erros estão a escolha duvidosa da paleta de cores, a ambiguidade visual, o excesso de informações e a má aplicabilidade da logo em materiais.
Considere o que define o branding da marca (sobre tom de voz, público, valores etc.). Além disso, não abra mão de uma boa tipografia, de um design exclusivo e de focar no fácil reconhecimento da marca.