O iFood anunciou o encerramento de suas atividades na Colômbia após 7 anos de operações. O comunicado foi feito na última sexta-feira, 21 de outubro de 2022, informando tratar-se de uma estratégia para integrar o mercado de capitais.
A plataforma de entrega de comida é velha conhecida no Brasil, onde domina o mercado. Sem o mesmo sucesso em terras andinas, o iFood decidiu finalizar suas atividades e focar no mercado brasileiro.
Neste artigo, você vai saber os efeitos da interrupção de atividades na Colômbia e o que isso significa para o Brasil.
Por que o iFood fechou na Colômbia?
O iFood atingiu apenas 9% das vendas totais na Colômbia no primeiro trimestre de 2022. Em comparação com os rivais, Rappi e Propio, que concentram 87% das entregas de comida no país, a empresa brasileira não conseguiu competir no mercado.
De acordo com a matéria da Forbes, a perda de um acordo de exclusividade com o McDonald’s para a rival Rappi, desestabilizou a plataforma. Com isso, o apelo para uma parcela dos consumidores foi reduzido e o iFood perdeu ainda mais fôlego na competição.
Dessa forma, entre colaboradores da Colômbia e do Brasil, cerca de 210 funcionários foram demitidos.
Quando o iFood começou a operar na Colômbia?
Presente desde 2015 na Colômbia, o iFood adentrou o mercado internacional visando expandir seus negócios. Segundo dados do Euromonitor, a Colômbia é um dos países da América Latina em que serviços de entrega de comida são mais utilizados. A partir disso, a plataforma viu no país andino a primeira oportunidade de ampliar sua marca.
Em 2020, a empresa tentou aumentar sua participação no market share ao estabelecer uma parceria com a Domicilios.com, segunda maior startup de entregas na Colômbia. Ainda assim, não conseguiu competir com os rivais, Rappi e Propio.
Por consequência, a data para finalização das atividades do iFood na Colômbia será em 21 de novembro de 2022.
O iFood no mercado internacional
Essa não é a única empreitada internacional falha do iFood.
Em 2016, a empresa adentrou o segundo maior mercado da América Latina depois do Brasil: o México. Porém, discretamente descontinuou seus serviços, após o encerramento das operações da SinDelantal. Sobre a qual o iFood detinha 49% do capital social, sendo assim a empresa foi obrigada a retirar sua atuação do México.
Assim, o Brasil passa a ser o único país onde o iFood atua.
iFood vai encerrar suas atividades no Brasil?
Não. No Brasil, com 80% de atuação no market share do país, o iFood segue como líder absoluto do segmento. Portanto, continuará com seus serviços.
Enquanto em mercados estrangeiros o iFood aparenta dificuldade em obter frações ativas de participações no mercado, no Brasil a liderança é incontestável. A dominância é tamanha que gigantes internacionais como a Uber Eats, que detinham 12% do market share, desistem da concorrência. No início de 2022, a Uber Eats encerrou suas atividades e transferiu seu enfoque para o Cornershop, serviço de entrega de compras.
Em comunicado, a empresa informa que: “O iFood seguirá investindo no Brasil, onde nasceu e é líder, a fim de crescer e oferecer os melhores serviços e oportunidades para seus consumidores e parceiros, dando continuidade a sua jornada de sucesso e excelência”.
Resumindo
Por enquanto sim. A empresa anunciou em 21 de outubro de 2022, o encerramento de suas atividades em 21 de novembro de 2022.
Apenas o Brasil se mantém como um mercado ativo para o iFood. A empresa nasceu no Brasil e detém 80% de atividade no segmento de entregas de comida.