Euro vive momento de certa instabilidade. Indicação de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, é fortalecer mercado inerno.
Após algum otimismo registrado na semana passada na Zona do Euro, especialmente puxados por dados econômicos da Alemanha, incertezas voltaram ao bloco.
A nova presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde (ex-FMI), em seu primeiro grande discurso a frente da instituição, não falou de política monetária, mas de política fiscal.
Lagarde disse explicitamente que as nações do bloco devem fortalecer a demanda doméstica, após os impactos da guerra comercial global e do fim da década de crescimento impulsionado pelas exportações, puxado pela Alemanha.
Apesar do discurso pouco convencional para um banqueiro central, a mensagem foi clara: é preciso estimular a economia europeia.
Nesse sentido, no que diz respeito a política monetária, Lagarde destacou que o BCE continuará a apoiar a economia e responder a riscos futuros, de acordo com o nosso mandato de estabilidade de preços.
O câmbio da moeda europeia abriu a semana (18) cotada a R$ 4,6373. Na abertura desta sexta- feira (22), a cotação foi de R$ 4,6400. Já nos primeiros minutos do pregão desta sexta, o Euro, já estava sendo negociado a R$ 4,6329. O movimento reflete justamente as incertezas com o bloco.
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André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.