Categorias: Economia e mercado

Inversão da curva de juros

Se tem um sinal que faz os investidores mundo afora ficarem em alerta é a inversão da curva de juros dos títulos norte-americanos, os chamados treasuries. Sabe que tudo isso significa e como impacta na economia? Acompanhe no artigo.

O que é treasurie?

O treasurie é quando o juro de curto prazo está acima do de longo prazo, em um modelo que tem como base o spread entre os títulos de 10 anos e os de três meses. Quando a relação é negativa, pode ser sinal de que uma recessão vem por aí.

Sabe quando foi a última vez que vimos tal fato ocorrer? Antes da crise de 2008. Um outro momento em que a curva virou foi pouco antes da crise do petróleo nos anos 1970. Estas datas não nos remetem às melhores lembranças, logo, precisamos entender o que faz com que tal mudança ocorra.

Inversão da curva de juros: dessa vez é diferente?

Até agora, quando a curva invertia, era sinal de que os investidores estavam antevendo uma desaceleração da economia ou possíveis crises e tentavam se proteger comprando papéis mais longos de títulos norte-americanos. Com a demanda em alta, os juros caem mais à frente.

Outro ponto de vista: podemos interpretar como inflação de longo prazo – maior do que a atual – refletindo a expectativa de não crescimento da economia.

Nós sempre tendemos a acreditar que desta vez será diferente, então, vamos aos pontos que podem mostrar este resultado:

Em dezembro, a curva já se inverteu. Na época, o receio era em quantos aumentos dos juros o Fed (Banco Central Norte-Americano) realizaria ao longo de 2019. Até quatro altas eram esperadas.

Os investidores acreditavam que o ciclo permaneceria com taxas altas no curto prazo, que tenderiam a ser mais baixas no longo prazo (10 anos). Já no fim de 2018, o Fed decidiu que a taxa já estava próxima ao patamar considerado neutro e que novas altas não seriam necessárias.

O tempo passou e o Fed mudou de vez suas falas. Agora, a depender dos próximos dados a serem divulgados (como inflação e emprego), poderemos ter quedas nas taxas de juros. Isso mesmo, tudo mudou.

Não sabemos ao certo quantas quedas serão, nem quando ocorrerão. Portanto, muita atenção aos próximos comunicados e falas do colegiado. Com a nova perspectiva, os investidores precisam se adaptar à nova realidade.

As justificativas de uma inversão percorrem vários pontos. Dirigentes do Fed já apontaram que o momento atual permite uma inversão da curva com maior facilidade, devido a quantidade de estímulos monetários promovidos pelos principais bancos centrais do mundo.

Como um desses artifícios é a recompra de títulos da dívida, isso pode levar a um achatamento da curva de juros, levando a inversão. O que não faltam são explicações para o fenômeno.

Os Estados Unidos estão vivendo o maior período ininterrupto de crescimento já registrado,
o que tem prós e contras.

O maior porquê

O porquê da cautela e apreensão é simples: estamos diante do maior período ininterrupto de crescimento norte-americano já registrado. Com tanto tempo sem uma grande crise e sabendo que vivemos em ciclos econômicos – cheios de altas e baixas – não podemos deixar de monitorar crises ou nem sinais de desaceleração.

Com isso, é plausível que vejamos novas inversões ao longo deste ano diante de qualquer dado que aponte um ritmo de crescimento mais baixo, ou maior risco de acirramento da guerra comercial que prejudique as economias. Ou ainda, sinalização de bancos centrais menos favoráveis a medidas monetárias estimulativas.

Por ora, encaramos como uma leve desaceleração a nível global, nada de recessão ou choque.

Além dos títulos de longo prazo norte-americanos, o dólar é um ótimo refúgio, sendo utilizado por investidores de todo o mundo e mantendo sua força. Para nós, a moeda americana provavelmente não cairá na velocidade desejada, ainda se mantendo acima dos R$ 4,00 (mesmo com fatores positivos como reforma da Previdência aprovada).

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