Para alcançar bons resultados, sua empresa precisa de dinheiro. Muitas vezes, o aporte é procurado em território nacional. No entanto, também existe o Investimento Estrangeiro Direto (IED), uma modalidade que consiste em receber valores de companhias do exterior para fomentar o crescimento do seu negócio.
Nessa relação, todos se beneficiam. Para o país, essa é a oportunidade de gerar riquezas, criar empregos e aumentar a produtividade. Para você, é a chance de melhorar sua rentabilidade, ampliar a participação da sua empresa no mercado e obter um crescimento exponencial.
Com o objetivo de entender melhor como o IED funciona e quais são seus benefícios, neste artigo vamos apresentar suas principais características. Que tal saber mais e aproveitar as oportunidades?
O Investimento Estrangeiro Direto é a aquisição de participação no capital social de empresa brasileira por investidor (pessoa física ou jurídica) não residente no país ou com sede no exterior, segundo o Banco Central.
O Investimento Estrangeiro Direto é composto por capitais internacionais movimentados do exterior para o Brasil. Esse montante serve para desenvolver as operações de um negócio no Brasil. Geralmente, esse processo ocorre pela criação de filiais e pela definição de joint ventures.
Para entender melhor, qualquer multinacional que implementa alguma subsidiária no Brasil faz um investimento estrangeiro direto. Portanto, é uma prática que ocorre há bastante tempo e auxilia nos aspectos econômicos do país.
Aliás, um dos benefícios é justamente a permanência dos recursos por um longo período. Isso leva ao aumento da capacidade produtiva e é bastante diferente do investimento especulativo, que sai do mercado financeiro do Brasil diante de algum imprevisto ou complicação.
O Brasil já recebeu grandes volumes de Investimento Estrangeiro Direto, principalmente, durante as décadas de 1960 e 1980. Depois da queda do Muro de Berlim, o foco passou a ser os países do Leste Europeu, que abriram espaço para a globalização.
Atualmente, o processo é fácil de ser aplicado e o Brasil novamente está no centro das atenções. Apesar de disputar com economias emergentes — como China, Índia e África do Sul —, 88,3 bilhões de dólares foram aplicados por meio dessa modalidade em 2018.
Esse montante foi equivalente a 48% do total da América Latina e o resultado foi 25,7% maior que os dados verificados em 2017. O motivo principal foram os fluxos de capital por empréstimos entre companhias, que aumentaram 5 vezes e atingiram 37% do total do Investimento Estrangeiro Direto.
Na América Latina, a modalidade teve um aumento de 13,2% em 2018, quando comparado a 2017. O total foi de 184,3 bilhões de dólares. Do total aplicado:
Tudo isso ajuda a gerar empregos, incentivar a integração econômica globalizada e transferir tecnologias. Ainda existem outros benefícios, como veremos adiante.
A principal característica do Investimento Estrangeiro Direto (IED) é a movimentação de capitais internacionais com objetivo específico de investimento. Isso acontece quando empresas e investidores de um país criam ou compram operações em outro. Por isso, o IED é definido como “fusões e aquisições, construção de novas instalações, reinvestimento de lucros auferidos em operações no exterior e empréstimos intercompany (entre empresas do mesmo grupo econômico)”.
O investimento estrangeiro estimula o crescimento das empresas, nivela as economias de escala em mercados domésticos e promove bons resultados, proporcionando melhorias em produtividade, rentabilidade, geração de riquezas e empregos. Além disso, as empresas nacionais são expostas a novas ideias e práticas, o que pode aumentar o fluxo de saída de exportações.
Por isso, é uma atividade bastante comum nas grandes empresas brasileiras. O montante acumulado durante determinado período é o estoque de investimento estrangeiro. A quantia é mensurada por setor e os dados são publicados pelo Banco Central no Relatório de Investimento Direto.
O fluxo é voltado para investimentos. Em grande parte, o dinheiro captado no exterior serve para:
As startups são bons exemplos de empresas que recebem investimentos estrangeiros diretos. Muitas recebem capital do exterior com a promessa de obter lucros futuros.
É importante deixar claro que, para ser considerado um Investimento Estrangeiro Direto, é preciso que a matriz internacional exerça controle sobre a filial local. Aqui, estão incluídas decisões financeiras, administrativas e fiscais. Assim, é possível:
Leia também: O que é e como fazer o RDE-IED
A quantia acumulada é mensurada a partir de 3 metodologias diferentes, segundo o Banco Central. Elas são:
Os dados utilizados são referentes ao capital acionário, ou seja, aqueles aplicados de forma direta nas empresas brasileiras, exceto daquelas com ramo de atividade chamado portfólio, como as aplicações em fundos de renda fixa e investimentos em ações.
Além disso, eles são coletados pelos registros expedidos pelo Departamento de Capitais Estrangeiros (FIRCE) até a data-base. Estão incluídos no cálculo os ingressos e as saídas efetivas de capitais em moeda estrangeira e bens, reinvestimentos e conversões de empréstimos.
O IED é como um mecanismo de integração dos mercados, que incentiva o nível de produção global por meio do intercâmbio de:
Como resultado, há uma troca no que se refere a experiências, inovação, empreendedorismo e capacidade produtiva. Por isso, entre os fatores que incentivam a prática desta modalidade estão:
Além de todos esses benefícios, o IED resolve o problema de receber um investimento, já que isso pode ser difícil em alguns países, especialmente aqueles que estão em desenvolvimento. Assim, há geração de fluxo de capitais.
Junto a isso, é oferecida uma visão de negócio diferenciada, já que empresários e gestores de grandes companhias e com formação estrangeira tendem a apresentar uma visão diferente das empresas. Assim, em vez de substituir um tipo de gestão pelo outro, é importante combinar os aspectos, a fim de fortalecer a organização.
De quebra, o Investimento Estrangeiro Direto oferece um fluxo de saída de exportações maior e permite à empresa ampliar suas operações sem criar uma dívida. Dessa maneira, as transações se tornam mais seguras.
O IED é um dos principais tipos de investimentos realizados em um país. O motivo para essa afirmação é sua permanência de longo prazo, que ajuda a desenvolver a economia local. Desse modo, é uma prática incentivada na maioria das nações.
No Brasil, existe a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Sua atuação é voltada para a atração de investimentos estrangeiros diretos. Por isso, entra em contato com companhias de outras nações e oferece suporte para atuarem no País.
O foco é oferecer auxílio desde o estudo geográfico até o atendimento das demandas tributárias. Assim, é possível fortalecer a relação de ganha-ganha. Afinal, o Brasil ficou na 8ª colocação, em 2018, do ranking dos países que mais receberam IED.
Os principais riscos que o Investimento Estrangeiro Direto oferece é o de aumentar a dependência econômica do país que recebe o IED, pois o retorno para o investidor pode não corresponder como esperado, levando o país a buscar novos investimentos. Além disso, a falta de regulação adequada para esse tipo de financiamento pode possibilitar a prática de crimes como a lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Empresas podem ser criadas e mantidas em paraísos fiscais, em nome de “laranjas” para ocultar o patrimônio de criminosos. O dinheiro lavado retorna para o Brasil e entra como se fosse limpo para ser “investido”.
Para evitar o envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, é preciso garantir que a origem do investimento é lícita e de empresas comprometidas com o cumprimento de leis nacionais e internacionais.
Para receber valores do exterior, o primeiro passo é fazer um cadastro em uma plataforma de transferência internacional, como a Remessa Online for Business. Empresas MEI, ME, LTDA e Sociedade Limitada Unipessoal, não precisam necessário enviar nenhum documento para se cadastrar. Os demais tipos de empresas, devem enviar alguns documentos, que vão determinar o limite para transações da conta.
Para as demais empresas os documentos necessários para o processo são:
Uma vez cadastrada, a empresa pode procurar o seu gerente de contas para realizar a operação de recebimento do aporte de capitais. Ele vai ajudá-lo com todos os procedimentos para realizar a operação.
Toda empresa brasileira receptoras de investimento estrangeiro direto com patrimônio líquido ou ativos inferiores a R$ 250.000.000,00 deve entregar anualmente as informações de seu registro SCE-IED (Sistema de Prestação de Informações de Capital Estrangeiro – Investimento Estrangeiro Direto). A declaração é feita por meio de um sistema do Banco Central do Brasil. O ideal é contar com apoio de um especialista para fazer o registro e garantir o preenchimento correto dos dados, qualquer erro no processo pode causar sanções para a empresa.
A prática consiste em empresas ou pessoas físicas estrangeiras realizarem aportes para empresas brasileiras. Com isso, há melhoria da gestão e troca de experiências, tecnologia e informações.
É uma modalidade que envolve a aplicação de valores estrangeiros em companhias brasileiras por meio da abertura de uma filial, fusão, aquisição e outras possibilidades.
As empresas enquadradas nessa categoria são aquelas que trabalham com fundos de renda fixa, investimentos em ações e outros.
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