A China apresenta um crescimento impressionante, atraindo muita atenção para seu potencial como mercado. Muitas pessoas se perguntam se investir na China vale a pena para os brasileiros. Para entender melhor essa oportunidade, é importante avaliar as opções, considerar os riscos e aspectos envolvidos.
Este post visa explicar o processo de investir na China, suas possibilidades, riscos e benefícios. Não faremos recomendações de investimentos, apenas apresentaremos as informações. Para fazer qualquer investimento, é recomendado que seja validado com um profissional certificado.
Continue lendo para obter informações completas sobre o assunto!
É possível investir na China?
É possível, sim, investir na China! As principais modalidades disponíveis para investidores são os fundos de investimentos internacionais, os ETFs (Exchange Traded Funds), sendo índices que acompanham as ações chinesas, e os BDRs ou ADRs, que são recibos de ações gerados no Brasil ou Estados Unidos, respectivamente.
A China ainda é um país que apresenta algumas limitações e restrições em relação ao investimento estrangeiro. No entanto, como vimos, existem algumas alternativas que valem a pena serem avaliadas por investidores brasileiros.
Como investir na China?
1. Como investir na China via ETFs (Exchange Traded Funds)?
Os ETFs funcionam como fundos de investimento negociados diretamente na bolsa chinesa, sendo uma forma de financiamento coletivo semelhante a outros fundos. Eles replicam índices de mercado teóricos e seguem seus resultados. Por exemplo, na B3, existe o XINA11, um fundo que acompanha os índices das ações chinesas e reflete o desempenho das principais empresas nas bolsas da China. Assim, o XINA11 possibilita investir na China sem sair do Brasil.
2. Como investir na China via BDR (Brazilian depositary receipts)?
Os BDRs são recibos de depósitos de valores mobiliários emitidos no Brasil, mas com lastro internacional. Desse modo, esses títulos são uma das alternativas para quem quer investir na China. Por exemplo, é possível investir na Alibaba* por meio do ativo BABA34 negociado na B3.
*Alibaba é apenas um exemplo de investimento e não uma recomendação.
Importante ressaltar que a posse de cotas BDR não confere participação acionária na empresa chinesa. Isso ocorre porque a custódia do ativo original está em nome da instituição que realizou o depósito inicial, não do investidor. Portanto, o ganho de capital ocorre na valorização do ativo.
3. Como investir na China via Fundo internacional?
Os fundos de investimento internacionais são uma das alternativas para quem quer investir na China. Esse ativo é semelhante a um ETF, contudo, ao invés de replicar um determinado índice, o gestor do fundo monta um portfólio mais flexível e com maior liberdade a fim de buscar opções com maior rentabilidade no mercado chinês.
Vale lembrar que essa modalidade de investimento só pode ser feita por meio de corretoras, uma vez que não está disponível diretamente na B3, e é reservada para investidores qualificados.
Por que investir na China?
Investir na China traz algumas vantagens para os investidores, como o alto índice de crescimento econômico que o país tem apresentado nas últimas décadas, o grande mercado consumidor e as políticas favoráveis a investimento estrangeiros, além de ser uma ótima oportunidade de diversificação de investimentos.
No mais, é válido comentar que a China é o segundo país mais populoso do mundo. Isso implica a existência de um amplo mercado a ser explorado, sendo que o aumento do poder de compra nos últimos anos tem impulsionado ainda mais a economia do país.
Vale ressaltar que os investimentos devem ser feitos com a assessoria de um profissional especializado. Além disso, o risco deve ser calculado por cada investidor, de acordo com seu perfil de investimento.
Quantas bolsas de valores têm na China?
A China possui quatro bolsas de valores: a Shanghai Stock Exchange (SSE) e a Shenzhen Stock Exchange (SZSE), que são continentais, e a Bolsa de Valores de Pequim (BSE), inaugurada em 2021, e faz parte das estratégias de impulsionamento da economia do país. Há ainda a Bolsa de Hong Kong, a Hong Kong Stock Exchange (SEHK), que fica fora do continente, no território autônomo de mesmo nome.
A Shanghai Stock Exchange (SSE), que fica em Xangai, tem um valor de mercado de US$ 6 trilhões. Já a Shenzhen Stock Exchange (SZSE) tem uma capitalização de US$4,5 trilhões. A recém inaugurada Bolsa de Pequim ultrapassou US$27,86 bilhões logo no seu primeiro ano, exibindo aumento nos lucros de mais de 23% em 2021, e a Bolsa de Hong Kong tem uma capitalização de cerca de US$ 4,5 trilhões.
Vantagens de investir na China
1. Mitigar os riscos dos investimentos por meio da diversificação internacional
Investir na China permite diversificar sua carteira de investimentos internacionais, construindo um portfólio mais versátil entre países como Estados Unidos e até mesmo nações europeias. Dessa forma, além de otimizar os lucros, você também tem a chance de mitigar os riscos.
2. Acessar as ações de um dos países com os melhores índices de desempenho
Investir na China é ter acesso a ações de uma nação que exibe os melhores índices de desempenho do mundo, com um crescimento que se mantém sólido por décadas. Isso, certamente, pode aumentar o valor dos seus investimentos.
3. Investir em uma economia em franco desenvolvimento
A China é uma das economias que mais cresce e seu mercado capital está, também, em franco desenvolvimento, com uma rede cada vez mais ampla de ofertas de títulos, ações e instrumentos financeiros.
4. Aproveitar as oportunidades geradas pelo grande mercado consumidor da China e o aumento do poder de compra da população
A China é o segundo país mais populoso do mundo. Existe um enorme potencial de consumo a ser explorado. Nos últimos tempos, o poder de compra dos chineses têm aumentado, o que gera novas oportunidades.
5. Investir em um país que aposta na inovação para criar produtos mais competitivos no mercado internacional
A China tem investido pesado em novas tecnologias, pesquisa e desenvolvimento. Esses são os principais focos de atenção do governo e das instituições locais. A ideia é tornar o país referência em inovação e tornar seus produtos mais competitivos, o que, como resultado, abre mais oportunidades de investimento.
6. Legislações que garantem mais segurança para os investidores
Existem leis chinesas voltadas especificamente para o capital e investimento financeiro. A ideia do governo é dar mais respaldo e segurança aos investidores e, ao mesmo tempo, fomentar a competitividade das empresas no país.
7. Acessar incentivos fiscais atrativos para investidores
Quem deseja investir na China pode ter acesso a incentivos fiscais interessantes. Um dos principais está relacionado ao setor industrial. Também existem oportunidades de incentivos regionais. Esses incentivos são importantes para estimular a abertura de mais empresas e negócios no país, impulsionando a economia.
Quais são os incentivos fiscais para investidores na China?
- Empresas do setor primário, infraestrutura pública, proteção ambiental, conservação de energia e água recebem isenção ou redução significativa no imposto de renda;
- Redução de 15% no imposto de renda para empresas que operam com alta tecnologia;
- Redução de 15% no imposto de renda para empresas dispostas a investir e desenvolver o oeste do país, até o final de 2023;
- Descontos no imposto de renda para pequenas empresas;
- Isenção de imposto de renda nos primeiros três anos de atividade de empresas que lidam com infraestrutura, proteção ambiental ou de conservação de energia e água;
- Empresas de P&D têm 75% de isenção de impostos;
- 15% da taxa de imposto de renda para empresas de alta tecnologia;
- Caso um investidor use os lucros e rendimentos dos seus ativos chineses para reinvestir em outros ativos no próprio país, esse novo investimento tem isenção de impostos.
8. Investir em um país com política econômica estável, garantindo maior estabilidade para seus investimentos
A China trabalha para tornar seu ambiente comercial justo, previsível e mais estável para investimentos, graças a regulamentos que trazem transparência nas regras de mercantilização e internacionalização. Além disso, uma vez que o país tem uma política econômica estável, empresas podem se planejar melhor e manter suas operações em equilíbrio.
Quais são os riscos de investir na China?
Assim como em todo investimento internacional, investir na China também apresenta riscos. Os principais envolvem diferenças culturais e políticas desse ambiente de negócios, a alta concorrência das empresas locais e a falta de transparência que algumas empresas demonstram para seus investidores.
Apesar de se manter estável no momento, é preciso considerar que o regime político chinês difere do brasileiro e de outros países ocidentais. Isso afeta tanto mudanças governamentais como regulatórias, impactando a economia e o mercado financeiro.
Historicamente, o governo tem o hábito de intervir em setores considerados estratégicos para a economia do país, como finanças, tecnologia e energia. Isso pode ocasionar mudanças nas sanções e restrições, que podem limitar a atuação do investimento estrangeiro.
Existe o risco de algumas empresas locais não serem totalmente transparentes, o que afetaria negativamente o desempenho de um ativo. Isso ocorre uma vez que essas instituições não seguem os mesmos padrões de compliance e governança com os quais estamos habituados.
Consequentemente, isso pode resultar na divulgação de dados incompletos ou até mesmo equivocados sobre um investimento.
Por fim, as diferenças culturais e linguísticas são relevantes e podem adicionar um elemento de risco aos investimentos.
Ao fazer um investimento financeiro, é essencial conhecer as informações em todos os detalhes para tomar decisões certas. Sendo assim, além da questão linguística, existem barreiras culturais que podem fazer com que a aproximação e as negociações sejam mais desafiadoras.
Vale a pena investir na China?
O mercado chinês apresenta um crescimento notável e constante nas últimas décadas, tornando o investimento na China uma oportunidade atrativa para lucrar. Empresas chinesas estão investindo significativamente para se destacarem globalmente, especialmente em tecnologia e energia, o que aumenta as chances de ganhos.
Com um planejamento cuidadoso e análise dos riscos e opções de investimento, investir na China e diversificar sua carteira se tornam escolhas valiosas. Esse mercado é altamente rentável, dinâmico, focado em crescimento e expansão.
Se você está inseguro, contar com a ajuda de corretoras especializadas pode ser um apoio essencial para iniciar seus investimentos no país.
A China é uma potência mundial, um mercado forte que não para de crescer, se aproximando muito de nações como Estados Unidos em índices como PIB e crescimento econômico.
Nesse sentido, trata-se de um mercado que vale a pena ser explorado, uma vez que oferece boas oportunidades para investidores. Para investir na China, considere nossas dicas para começar, faça seu planejamento e aproveite a chance de lucrar com esse mercado tão robusto.
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Resumindo
Sim, é possível investir na China. As principais modalidades disponíveis para investidores são os fundos de investimentos internacionais, os ETFs (Exchange Traded Funds), sendo índices que acompanham as ações chinesas, e os BDRs ou ADRs, que são recibos de ações gerados no Brasil ou Estados Unidos.
1. Mitigar os riscos dos investimentos por meio da diversificação internacional;
2. acessar as ações de um dos países com os melhores índices de desempenho;
3. investir em uma economia em franco desenvolvimento;
4. aproveitar as oportunidades geradas pelo grande mercado consumidor da China e o aumento do poder de compra da população;
5. investir em um país que aposta na inovação para criar produtos mais competitivos no mercado internacional;
6. legislações que garantem mais segurança para os investidores;
7. acessar incentivos fiscais atrativos para investidores;
8. investir em um país com política econômica estável, garantindo maior estabilidade para seus investimentos.
Investir na China é muito promissor, com seu mercado crescendo consistentemente nas últimas décadas. Empresas chinesas estão investindo em setores como tecnologia e energia para se tornarem líderes globais, o que aumenta as chances de lucro.