Investir nos EUA se tornou uma alternativa bastante interessante nos últimos anos. Ela tem atraído a atenção de estrangeiros de todo o mundo, inclusive dos brasileiros. Afinal, o país oferece um mercado financeiro sólido, estável, com uma moeda forte e aplicações rentáveis para investidores com perfis e orçamento variados.
Nesse cenário, é importante entender como funcionam os juros americanos e todo o mercado financeiro dos EUA para decidir o investimento. Dessa forma, você tem mais subsídios para selecionar o produto financeiro certo para diversificar a sua carteira.
Que tal entender mais sobre as possibilidades de investir nos Estados Unidos? Veja neste artigo 8 maneiras de fazer isso. Confira!
*A Remessa Online não faz recomendações de investimentos. Este é um texto informativo sobre diferentes maneiras de investir nos Estados Unidos.
Como funciona o mercado financeiro americano?
O mercado financeiro americano funciona com a oferta de investimentos em renda fixa e variável, e boa parte das operações é centrada em duas bolsas de valores: NYSE e Nasdaq. Isso o diferencia do mercado financeiro brasileiro, que tem apenas uma bolsa de valores (a B3).
Por estarem inseridas em uma economia estável, elas são ambientes de negociação fortes, que se consolidam como boas oportunidades de diversificação. Não à toa, são as duas maiores bolsas de valores do planeta. Isso faz com que investir nos EUA seja uma alternativa viável tanto para fazer hedge quanto para fazer o patrimônio crescer e se consolidar.
Além disso, esse mercado reúne ações de diversas empresas de relevância global e diversas oportunidades para investir e rentabilizar a carteira. São mais de 8 mil ativos, entre ações, fundos de investimento e títulos.
Quais as vantagens de investir nos EUA?
- Você expõe sua carteira à maior economia do mundo.
- A moeda segura permite hedge.
- Há mais oportunidades de diversificação da carteira.
- A economia dos EUA é sólida.
- Há uma grande variedade de ativos.
- Você consegue rentabilizar mais com a exposição cambial.
Você expõe sua carteira à maior economia do mundo
Investir nos EUA é sinônimo de ter acesso à maior economia do mundo. Isso faz com que o mercado seja mais estável e ofereça mais oportunidades. Portanto, existe uma possibilidade de você otimizar o desempenho da carteira e ter alta liquidez para a compra e venda de ativos.
A moeda segura permite hedge
O investimento nos Estados Unidos também permite fazer hedge, uma estratégia que protege sua carteira contra flutuações do mercado. Dessa forma, você adquire ativos estrangeiros para compensar possíveis perdas e diminuir os impactos da volatilidade.
O mercado americano é recomendado para hedge devido a dois fatores. O primeiro deles é a força da moeda americana, o que protege seu portfólio de uma possível desvalorização do real.
O segundo fator é a exposição à menor volatilidade, quando comparado ao mercado brasileiro. Como a economia dos EUA é mais estável, as oscilações de preço são menores.
Há mais oportunidades de diversificação da carteira
A diversificação de investimentos é conhecida como a regra de ouro do mercado financeiro, porque pode reduzir o risco e potencializar a rentabilidade da carteira.
O mercado americano tem mais opções de ativos, o que facilita esse processo. Você também alcança esse objetivo quando parte do seu dinheiro está investido nos EUA, e o restante no Brasil.
O motivo é a descorrelação entre o mercado brasileiro e os ativos do mercado americano. Ou seja, o que acontece no Brasil dificilmente afetará a economia dos EUA. Então, seu dinheiro está protegido.
A economia dos EUA é sólida
Além de ser a maior do mundo, a economia dos EUA é sólida. Na prática, isso significa que ela tende a oferecer bons resultados aos investidores, e os riscos de crises políticas e outras fragilidades são menores. Portanto, você pode ter mais tranquilidade ao investir seu dinheiro.
Há uma grande variedade de ativos
Ao investir nos EUA, você terá muitos ativos financeiros à sua disposição. Também é possível expor sua carteira a outros países por meio dos papéis negociados na bolsa americana.
Você consegue rentabilizar mais com a exposição cambial
Ao expor seu portfólio ao mercado americano, você dolariza uma parte da sua carteira de investimentos. Assim, se o câmbio aumentar, o rendimento segue o mesmo fluxo. Isso é importante para evitar perdas devido a essas oscilações.
Como investir nos EUA?
1. Compre títulos de renda fixa americana
Assim como no Brasil, a renda fixa do mercado americano é um investimento de baixo risco com títulos públicos e privados. A diferença é que a maioria dos papéis tem rentabilidade prefixada, e você ainda tem alta liquidez no mercado secundário ao investir nos EUA.
Principais títulos de renda fixa americana
- Treasury bonds (T-bonds): emitidos pelo governo dos EUA, são os títulos mais seguros.
- Corporate bonds: títulos de renda fixa de emissão privada.
- Certificate of Deposit (CD): títulos emitidos por instituições financeiras.
- Exchange Traded Funds (ETFs) de renda fixa: é um fundo com parte do patrimônio alocado na renda fixa americana.
Quanto aos treasury bonds, é importante destacar que eles se dividem em diferentes títulos. Os T-bills têm prazo de vencimento máximo de 1 ano. Já os T-notes vencem entre 2 e 10 anos, e ainda pagam juros intermediários semestrais.
Os T-bonds propriamente ditos têm um prazo de 10 a 30 anos e pagam juros semestrais. Por sua vez, os Treasury Inflation Protected Security (TIPS) estão vinculados à inflação e ainda oferecem uma taxa fixa, com funcionamento semelhante ao Tesouro IPCA+.
Independentemente do caso, investir em bonds é uma boa alternativa porque você obtém uma rentabilidade superior à da renda fixa brasileira e ganha mais segurança.
Já os corporate bonds são parecidos com as debêntures. Eles apresentam um prazo de vencimento mais longo, que pode ultrapassar 10 anos.
Ainda tem os CDs, que são comparáveis aos Certificados de Depósito Bancário (CDBs). O prazo varia bastante e existe a segurança do Federal Deposit Insurance Corporate (FDIC), um sistema de proteção de depósitos para quem investe nos EUA. Por outro lado, eles não têm liquidez, somente no vencimento.
2. Compre ações de empresas norte-americanas
Comprar ações é uma das melhores alternativas para investir nos EUA. Diariamente, as bolsas de valores americanas negociam papéis de grandes companhias, como Google, Amazon, Microsoft e Apple.
Essa prática aumenta as chances de diversificar a carteira de investimentos com empresas consolidadas internacionalmente. Os rendimentos das ações também tendem a ser altos e seguros no longo prazo, já que o dólar é uma moeda forte, e a economia dos Estados Unidos é estável.
3. Invista em imóveis nos EUA
É possível entrar no mercado imobiliário dos EUA com a compra de imóveis residenciais, comerciais e até vacation homes, para quem quer ganhar dinheiro com aluguel de temporada. Para investir com sucesso, é importante ter o apoio de corretores norte-americanos e conhecer bem o mercado imobiliário do país.
Também devem ser considerados alguns aspectos, como tributos para compra do imóvel e os custos de manutenção da propriedade. Para aumentar os ganhos, investidores estrangeiros optam por comprar residências para alugar por temporada. Assim, ganham uma renda passiva com o aluguel pago em dólares.
Outra forma de investir no mercado imobiliário é por meio dos Real Estate Investment Trusts (REITs). Eles são fundos semelhantes aos fundos imobiliários brasileiros, mas distribuem 90% do lucro como dividendos e têm uma gestão ativa, que busca ultrapassar um indicador.
Para investir nos EUA em REITs, existem 3 possibilidades. Uma delas é abrindo uma conta em uma corretora de valores americana para fazer a compra direta na bolsa.
Outra opção é via Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que são certificados de depósitos atrelados ao exterior. Nesse caso, a negociação é feita na B3, a bolsa brasileira.
Por fim, há fundos de investimento oferecidos no Brasil com cotas de REITs. Porém, essas duas últimas alternativas garantem uma exposição indireta.
4. Aplique em fundos multimercados
Uma maneira de investir nos EUA é por meio dos fundos multimercados. Essa aplicação costuma ser composta por ativos diversos, como ações, câmbio, títulos públicos e outros de renda fixa. Uma vantagem é que esse fundo é gerenciado por um gestor especializado, com experiência no mercado.
Alguns fundos multimercados incluem ações de empresas americanas na sua carteira. Vale ressaltar que esse tipo de aplicação é indicado para investidores com perfil de investidor arrojado ou moderado.
5. Faça uma aplicação no programa EB-5
O programa EB-5 incentiva a entrada de capital estrangeiro para abrir uma empresa nos Estados Unidos. Para ter acesso, o investidor deve fazer um aporte inicial de US$ 800 mil em uma área definida pelo governo para seu novo negócio ou projeto. Se quiser escolher outro local, o valor aumenta para US$ 1,05 milhão, válido para qualquer região.
Também é preciso apresentar um plano de negócios que garanta a geração de, no mínimo, 10 empregos no país por 2 anos.
O principal atrativo desse tipo de investimento é a oportunidade de empreender em um país com economia sólida e várias oportunidades de negócio. Ele ainda garante o visto EB-5 de investidor, voltado para a permanência também dos familiares. Assim, é possível morar, trabalhar e estudar nos Estados Unidos.
6. Negocie Exchange Traded Funds (ETFs)
É possível investir no exterior por meio de ETFs, também conhecidos como fundos de índice. Eles são fundos de investimentos cujo objetivo é replicar o desempenho de um indicador do mercado financeiro.
Nos EUA, esses fundos podem fazer a distribuição de dividendos, ajudando a compor renda passiva.
Se você quer investir sem tirar o seu capital do Brasil, os ETFs negociados na B3 (a bolsa de valores brasileira) são uma opção de exposição indireta à economia americana. Alguns desses fundos de índice são ligados a indicadores dos EUA, como o SPX11 e o IVVB11. Esses ETFs negociados na B3 replicam o desempenho do índice S&P 500, que reúne as 500 maiores companhias de capital aberto negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.
7. Aplique em fundos de investimento no exterior
Fundos de investimento com exposição a ativos do exterior, como ações, renda fixa e criptoativos, são um meio de investir nos EUA. Eles apresentam diferentes estratégias e níveis de risco.
Portanto, é bom conferir o portfólio da sua corretora de valores para consultar as alternativas. Também vale destacar que alguns fundos internacionais de investimento estão disponíveis apenas para investidores qualificados – aqueles com mais de R$ 1 milhão alocado ou certificados profissionalmente para atuar no mercado financeiro.
8. Opere fundos cambiais
Os fundos cambiais, operações ligadas a moedas estrangeiras, são uma opção para encontrar investimentos alternativos vinculados ao dólar.
Nesse caso, os aportes são feitos em ativos e derivativos que acompanham as oscilações das moedas estrangeiras, de forma que há chances de se expor à economia norte-americana de maneira indireta.
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Agora que você conhece 8 maneiras diferentes de investir nos EUA, avalie qual é a melhor alternativa para o seu perfil e necessidades. Você já sabe como enviar dinheiro para o exterior e sabe quais são as opções. Então, é a hora de tomar a sua decisão e ver seu patrimônio crescer.
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Resumindo
Não existe um valor mínimo para investir nos EUA. Cada tipo de investimento pode ter o preço mínimo específico para alocação. No caso do programa EB-5, por exemplo, é preciso aplicar US$ 800 mil para as regiões especificadas pelo governo e US$ 1,05 milhão para outras áreas.
Para investir nos EUA, o dinheiro pode ser alocado de forma direta ou indireta. Assim, você pode comprar títulos de renda fixa, ações de empresas norte-americanas ou imóveis nos EUA (e REITs). Também é possível investir em fundos multimercados, fazer aplicação no programa EB-5, negociar ETFs ou investir em BDR, fundos de investimento no exterior e fundos cambiais.