Visão Geral
O dólar comercial fechou a segunda-feira (25) com variação de 0,7%, valendo R$4,9678, após ter começado o dia cotado a R$4,9320 O Euro fechou o pregão em estabilidade, a R$5,2607, após ter iniciado o dia em R$5,2586.
O dólar iniciou esta terça-feira (26) cotado a R$4,9717 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,2705. Acompanhe nossa análise diária.
Agenda de hoje
Exterior
09h00 – EUA – Licenças de Construção (Ago)
11h00 – EUA – Confiança do Consumidor CB (Set)
11h00 – EUA – Venda de Casas Novas (Ago)
Brasil
05h00 – FIPE – IPC (Semanal)
08h00 – FGV – Sondagem da Construção (Set)
08h00 – BACEN – Ata da Reunião do Copom
09h00 – IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (Set)
09h00 – IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (3º Tri)
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
O dia começa com a divulgação de novos índices inflacionários, assim como de mais uma sondagem de setores da economia da FGV.
Começando com o IPCA-15, a principal métrica de preços no formato quinzenal. Na leitura de setembro, o indicador apontou para uma variação de 0,35%, o maior nível desde maio.
O IPC produzido pela Fipe, por sua vez, sugeriu um aumento de 0,29%. Em ambos os casos, os resultados mostram uma aceleração das pressões inflacionárias. Embora dos dados de difusão sugiram uma inflação bem menos espraiada no mês de setembro.
Hoje também foi divulgada a Ata do Copom, seguindo a reunião para determinar a Selic, que ocorreu na semana anterior.
Apesar de o documento indicar um cenário benigno, com as pressões inflacionárias sob controle, ele ao mesmo tempo afirma que as metas de inflação só devem ser atingidas em 2025. Há também a sinalização de que o ciclo de quedas dos juros deve prosseguir com cortes de 0,50% nos próximos meses.
Entre as notícias mais favoráveis, tivemos os dados da sondagem da construção. A pesquisa apontou para um aumento de 2,2 pontos em setembro, o terceiro avanço consecutivo.
Com o novo resultado, o setor atinge o patamar de 98,1 pontos, o maior nível desde outubro de 2022.
O índice de confiança do consumidor subiu a 97 pontos, o nível mais elevado desde fevereiro de 2014, o que também sugere um ambiente de crescimento da economia no terceiro trimestre do ano.
Apesar de tudo isso, esperamos uma desvalorização da moeda brasileira ao longo do dia, refletindo os problemas imobiliários chineses que voltaram à carga nos noticiários com novos registros de insolvência da Evergrande.
Real x Euro
Embora não haja eventos relevantes na Europa nesta terça-feira (26), de forma alguma isso deve significar um mercado parado.
O cenário internacional foi abalado no dia anterior, após a Evergrande, maior construtora chinesa, falhar novamente no pagamento de títulos de dívida, no volume de US$547 milhões, e ficar impedida de adquirir novos passivos.
Em um momento de forte instabilidade, seguido de ocorrências anteriores tanto da Country Garden, segunda maior construtora da China, quanto da própria Evergrande, o novo fracasso alimenta os riscos de uma crise geral no mercado imobiliário do país.
Obviamente, os temores se intensificam com a possibilidade de uma contaminação para outras economias, sugerindo algo similar aos eventos de 2008.
Como consequência, índices ao redor do mundo, em especial do sudeste asiático, apresentaram queda nas últimas vinte e quatro horas.
A expectativa é que a maior procura dos investidores por portos seguros enfraqueça as moedas emergentes, incluindo a brasileira, o que deve provocar uma desvalorização do real contra o euro no curto prazo.
Seguimos de olho!