O IPO consiste no lançamento de ações na bolsa de valores. Para as startups, essa é a oportunidade de captar recursos até em outros países. Entenda.
A Oferta Pública Inicial de ações está crescendo no segmento das empresas inovadoras. O chamado IPO de startups passou por um boom em 2020. Tanto é que, entre 2018 e 2019, cinco empresas desse setor abriram capital na bolsa de valores. Em 2020, quatro companhias fizeram esse movimento. Em 2021, foram registradas, pelo menos, cinco.
Esse cenário está tão consolidado que o investimento em startups brasileiras ultrapassou R$ 50 bilhões em 2021. Apenas para comparação, o total captado em 2020 chegou a 17,5 bilhões.
Por que isso acontece? A resposta está no capital mais qualificado em combinação com a maturidade do ecossistema de tecnologia. Esse cenário também leva várias empresas a considerarem a abertura de capital nos Estados Unidos. No total, 10 pensam sobre essa possibilidade — todas com mais de 500 milhões de dólares em valor de mercado.
O que isso representa para você, possível investidor? Será que vale a pena aproveitar o IPO de startup? Vamos explicar melhor neste post. Confira.
Como funciona o IPO de startups?
A Oferta Pública Inicial funciona sempre da mesma forma. A empresa é dividida em ações, que são negociadas na bolsa de valores do Brasil e/ou de outro país, como os Estados Unidos. A partir disso, o IPO permite que investidores pessoa física e jurídica adquiram pequenas partes da startup e participem dos lucros obtidos.
Para a empresa, o valor captado serve para realizar investimentos e viabilizar projetos. Com isso, o negócio pode crescer de forma sustentável. Assim, é estabelecida uma relação de ganha-ganha.
Para chegar a esse patamar, várias etapas devem ser cumpridas para garantir o IPO das startups. Veja quais são elas:
- planejamento: é preciso verificar se a empresa está apta a abrir capital e cumpre os requisitos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, é importante analisar as expectativas do setor de atuação;
- registro na CVM: exige o cumprimento de todos os requisitos. Depois, ainda é necessário pedir permissão para que a startup seja listada na bolsa de valores;
- elaboração de prospecto de oferta pública: esse documento apresenta informações úteis para potenciais investidores. Por exemplo, mostra dados da empresa, sobre as ações a serem ofertadas e quais são as perspectivas;
- administração das reservas: os investidores interessados podem adquirir ações antes mesmo do IPO. Por isso, é preciso gerenciar esses pedidos para avaliar a demanda existente, o chamado bookbuilding. Assim, é possível chegar à precificação final;
- momento do IPO: é a etapa final, em que as expectativas se concretizam ou não. A startup divulga o resultado obtido, ou seja, quanto foi captado.
Devido a todas essas etapas, a Oferta Pública Inicial é um procedimento demorado e que pode custar caro. Por isso, apenas empresas realmente consolidadas fazem esse movimento.
Quais são as startups que fizeram IPO no Brasil?
Várias empresas inovadoras de tecnologia optaram por lançar suas ações na bolsa de valores e negociá-las livremente. Veja algumas delas.
Locaweb
A Locaweb abriu capital em 2020. Com esse movimento, obteve um ganho de 600% em relação ao seu valor de mercado. Esse foi um dos motivos que fizeram a empresa ser considerada o maior IPO brasileiro daquele ano.
A captação ultrapassou R$ 1,4 bilhão. A alta foi de mais de 20% da avaliação inicial. Hoje, as ações são negociadas com o ticker LWSA3.
Enjoei
O brechó online Enjoei também passou a negociar seus ativos na B3 em 2020. Inicialmente, era apenas um blog. No entanto, a startup cresceu tanto que se tornou um marketplace importante no mercado, que vende tanto itens novos quanto usados.
O IPO fez a companhia disparar no mercado. Ela captou R$ 1,13 bilhão em 2020 somente na oferta inicial. Atualmente, suas ações são negociadas pelo ticker ENJU3.
PagSeguro
A empresa de pagamentos digitais nem sempre é considerada uma startup, porque foi criada a partir do Uol. No entanto, ela cumpre os outros pré-requisitos desse tipo de negócio. Por isso, abriu seu capital na bolsa de Nova York, em 2018. Na época, captou 2,27 bilhões de dólares em seu IPO.
Vale a pena investir?
Como você pôde perceber, as empresas podem abrir capital tanto no Brasil quanto no exterior. Para essas companhias, o dinheiro extra — que é levantado com os investidores — representa a oportunidade de encontrar novos caminhos e possibilidades.
Ou seja, permite que a startup alcance um patamar diferenciado no que se refere à possibilidade de gerar resultados. Inclusive, o dinheiro em caixa incentiva novos investimentos e aquisições, o que fortalece o mercado internacional.
Esse movimento também demonstra a maturidade dos investidores institucionais, especialmente, os fundos de ações. Com isso, o investimento nas startups brasileiras cresceu acima da média mundial em 2021.
Para os investidores, essa é a oportunidade de lucrarem mais com as aplicações realizadas. Apesar de serem mais arriscados, os IPOs também representam uma chance maior de ganharem dinheiro com a valorização das ações. Sem contar que poderão investir em companhias que podem internacionalizar suas operações.
Nesse caso, quem investe e quem faz o IPO passa a ganhar em dólar, moeda historicamente valorizada em relação ao real. Assim, você tem o aporte de capital fortalecido, especialmente se contar com uma plataforma inovadora e específica para realizar operações de conversão para startups, com a melhor cotação do mercado.
Portanto, investir em IPO de startups pode ser uma boa ideia. Especialmente, se você tem o perfil de investidor moderado ou arrojado e quer ter a chance de ganhar mais. Para quem empreende, é a oportunidade de se consolidar no mercado e fazer o negócio ter seu valor de mercado elevado.
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Resumindo
O IPO é a Oferta Pública Inicial de ações, quando esses ativos passam a ser comercializados na bolsa de valores.
Esse termo se refere à abertura de capital do Nubank na bolsa de valores, feita nos Estados Unidos.
É preciso ter uma conta em uma corretora de valores e ficar atento às datas de negociação.
Tudo depende da análise da companhia. Em muitos casos, o preço das ações no IPO é mais baixo do que depois do efetivo lançamento dos ativos na bolsa. Assim, é possível lucrar mais.
O IPO é o movimento de abrir capital na bolsa de valores. Dessa forma, é possível captar recursos para viabilizar projetos e investimentos.
Não existe uma resposta única, já que isso depende da companhia. Vale a pena observar a análise de especialistas para tomar sua decisão.