O Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, decidiu no dia 19 de março, manter a taxa de juros estável. Com isso, a taxa se mantém no corredor atual, entre 4,25% e 4,50%.
Na reunião anterior, em 29 de janeiro de 2025, o Fed também havia optado pela manutenção da taxa, depois de três cortes nas reuniões de setembro, novembro e dezembro. Essa manutenção da taxa básica de juros já era amplamente aguardada pelo mercado a despeito do forte ritmo de atividade econômica local.
Com a atividade econômica ainda em ritmo acima do desejado, e uma incerteza sobre a gestão econômica de Trump, o Fed não deve sinalizar qual a rota dos juros no curto prazo.
A decisão desta quarta-feira está dentro da expectativa do mercado. O cenário prospectivo mudou muito nos últimos meses, com isso o Fed deve ser cauteloso e manter os juros no patamar atual também na próxima reunião.
A taxa de juros americanos Fed é uma das principais ferramentas utilizadas pelo governo para orientar a economia e serve como base de cálculo para diversas modalidades de investimentos e crédito, tais como:
Quando as taxas Fed sobem, os investimentos empresariais e gastos dos consumidores também ficam mais caros. Isso também pode ser percebido com a desaceleração da economia e a redução da inflação no país..
O FOMC (Federal Open Market Committee) é um órgão ligado ao Fed (Federal Reserve), que estabelece a taxa básica de juros dos EUA. Durante as reuniões do comitê, são traçadas as melhores estratégias para a política monetária do país para que o Fed possa executar um bom controle econômico.
Para atender a política econômica, seja ela expansionista ou contracionista, o FOMC define três taxas da economia dos EUA:
O FOMC é formado por 17 membros participantes, sendo 5 suplentes, que se reúnem oito vezes ao ano. Para que uma medida seja aprovada pelo comitê a maioria dos 12 integrantes votantes devem aceitá-la.
O FED (Federal Reserve) foi criado em 1913, é o banco central dos Estados Unidos. A principal função dessa instituição é formular a política monetária no país, assim como regulamentar e supervisionar o seu sistema bancário.
O Fed é administrado por um Conselho de Governadores ou Board of Governors e possui duas funções essenciais:
A taxa de juros americana foi mantida na faixa entre 4,50% e 4,25% na reunião encerrada no dia 19 de março. Esta foi a segunda manutenção desde dezembro de 2024.
A expectativa agora é de que o Fed siga dependente de dados e sem grandes sinalizações ao mercado, amparado pelos sinais de que a economia norte-americana segue resiliente.
A próxima reunião do Fed será nos dias 6 e 7 de maio de 2025, quando a nova decisão será divulgada. O mercado segue em dúvidas sobre a direção dos juros americanos durante o ano de 2025.
Considerando o atual ritmo da atividade econômica e a evolução dos índices de preços, com destaque para as políticas tarifárias americanas, a manutenção dos juros no patamar atual deve perdurar ao menos no primeiro semestre. Durante o restante do ano, reduções graduais devem ser efetuadas.
Com as incertezas em relação à gestão de Donald Trump tanto no âmbito fiscal, quanto em aspectos comerciais, os membros do Fed sinalizaram que se mantêm dependentes de dados da economia americana.
A manutenção das taxas de juros dos Estados Unidos não afeta apenas o cenário econômico norte-americano. A estabilidade dos juros na economia estadunidense também reflete na economia brasileira, que pode se beneficiar da entrada de recursos estrangeiros, sob forma de investimentos produtivos ou para a compra de ativos financeiros. Essa leitura pode ser agudizada considerando que o Brasil possui hoje uma das taxas reais de juro mais altas do mundo.
No entanto, como uma parcela majoritária dos investidores já havia projetado um cenário de juros estáveis, ou seja, o movimento já havia sido precificado, os impactos sobre a divisa brasileira podem ser moderados.
Complementarmente, considerando os últimos números vindos dos Estados Unidos, Europa e China, devemos ter novas rodadas de cortes de juros dos países do hemisfério norte, com destaque para Europa, o que, em tese, poderia favorecer um movimento mais sólido de valorização da moeda brasileira.
A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é aplicada sobre as operações de empréstimos nas instituições financeiras que utilizam títulos públicos como garantia. Os principais efeitos da elevação no mercado são:
Portanto, acompanhar a taxa Selic é importante para analisar o cenário econômico brasileiro atual. Afinal, esse indicador também reflete qual a projeção da inflação dos próximos meses, bem como o juros real do Brasil. Este último, indica qual o valor máximo de juros, acima do valor da inflação, que investidores estão dispostos a pagar para investir no nosso país.
A taxa Fed é uma ferramenta utilizada pelo banco central dos Estados Unidos para orientar a economia. Também serve como base de cálculo de diversas modalidades de crédito e investimentos, como empréstimos, dívidas corporativas, entre outras.
A taxa básica de juros no Brasil é chamada de Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano. A taxa, estipulada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, é utilizada como instrumento de controle da inflação no país e reflete diretamente em todas as taxas de juros do mercado financeiro, como em financiamentos, empréstimos e aplicações financeiras.
A manutenção da taxa de juros norte-americana pode provocar diversos efeitos na economia brasileira. Os mais evidentes são: a diminuição da saída de investidores que buscam maior rentabilidade e segurança e, consequentemente, uma menor tendência de desvalorização da divisa brasileira em relação ao dólar.
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