Juros na China devem impactar euro, entenda como isso interfere no real

Visão Geral

O dólar comercial fechou a terça-feira (18) com variação de 0,017%, valendo R$4,8116, após ter começado o dia cotado a R$4,8108. O Euro fechou o pregão com variação de -0,12%, a R$5,396, após ter iniciado o dia em R$5,4019.

O dólar iniciou esta quarta-feira (19) cotado a R$4,811 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,395. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

03h00 – Reino Unido – IPC (Mensal) (Jun)

06h00 – Zona do Euro – IPC (Mensal) (Jun)

09h30 – Estados Unidos – Licenças de Construção (Jun)

09h30 – Estados Unidos – Construção de Novas Casas (Jun)

11h30 – Estados Unidos – Estoques de Petróleo Bruto

22h15 – China – Taxa Preferencial de Empréstimo do BPC

Brasil

12h00 – FGV – IGP-M – 2º decêndio

12h30 – Bacen – Fluxo Cambial (semanal)

14h00 – Bacen – Reunião da Comoc

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Após um início de semana com agenda vazia, esta quarta-feira (19) tomou um ritmo mais dinâmico de indicadores, em especial aqueles relacionados à inflação.

No Brasil, teremos os resultados do 2º decêndio do IGP-M, que assim como índices inflacionários anteriores, confirmou os efeitos da política monetária em combater o aumento de preços.

Ao mesmo tempo, o fluxo cambial desta semana deve apontar para um superávit em torno de US$2 bilhões, segundo projeções do mercado.

Já na economia americana, o principal destaque vai para as licenças de construção de junho, um dado relevante não apenas do mercado imobiliário em si, mas da situação econômica como um todo. Análise similar pode ser feita acerca dos estoques de petróleo bruto dos EUA.

O acompanhamento de indicadores dessa natureza é essencial para entender os próximos passos do Fed, que vem aplicando uma política monetária cada vez mais restritiva na esperança de desacelerar a economia e, assim, controlar a inflação.

Nesse sentido, esperamos uma valorização do real ao longo do dia.

Real x Euro

Enquanto isso, o mercado europeu se movimenta em torno das taxas de inflação divulgadas mais cedo.

O IPC da Zona do Euro apontou para uma evolução de +0,3% do nível de preços em junho. Apesar de alinhado com as expectativas, o resultado demonstra que a inflação europeia ainda não está como o BCE gostaria. Isso chancela as expectativas de mais aumentos nos juros nos próximos meses.

Enquanto isso, o mercado europeu ainda pode sofrer os efeitos da política monetária chinesa, com a decisão da taxa de empréstimos do BPC, uma das principais taxas de juros do país asiático, marcada para a noite desta quarta-feira (19). 

A China vem apresentando uma desaceleração de sua economia nos últimos meses, como demonstraram os resultados do PIB trimestral divulgados ontem; e espera-se que as autoridades monetárias busquem meios de reverter o processo, o que pode incluir cortes em suas diferentes taxas de juros.

De toda forma, decisões que afetam o nível de atividade econômica na China devem impactar também no mercado europeu, especialmente se o processo de desaceleração permanecer ininterrupto.

Esperamos, portanto, uma valorização do real também frente ao euro.

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