Mercado de câmbio sem direção, de olho na crise energética da Europa

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (05) com variação de -0,2%, valendo R$5,1561, após ter começado o dia cotado a R$5,1660. O Euro fechou o pregão com variação de -0,4%, a R$5,1203, após ter iniciado o dia em R$5,1418.

A moeda americana iniciou esta terça-feira (06) cotada a R$5,1552, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,1213.

Agenda de hoje

Exterior

10h45 – EUA – Índice PMI composto (ago)

11h00 – EUA – Índice ISM do setor de serviços (ago)

Brasil

08h00 – Indicador Antecedente de Emprego (ago)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

A S&P Global deve divulgar às 10h45 o PMI composto dos Estados Unidos referente ao mês de agosto. A expectativa é de um número relativamente fraco, a despeito do resultado melhor que o esperado vindo da indústria local.

Enquanto o setor industrial surpreendeu positivamente o mercado, o setor de serviços mostrou o ritmo mais fraco desde maio de 2020, quando os Estados Unidos passavam pelos piores efeitos econômicos produzidos pela pandemia do novo coronavírus.

O mercado abre o dia sem direção, de olho nos desdobramentos da crise energética que assola a Europa neste momento.

Real x Euro

Os preços do barril de petróleo caíram no começo desta manhã depois que diversos bancos e analistas de modo geral emitiram comunicados que mostram uma profunda preocupação com a situação europeia depois que o principal gasoduto do continente, o Nord Stream 1, foi definitivamente fechado pelo governo russo.

A empresa estatal russa, que cuida do abastecimento informou que a paralisação no fornecimento se deu devido a dificuldades técnicas e que está trabalhando para resolver o problema, mas o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já disse publicamente que o levantamento das sanções do Ocidente contra o Kremlin seria a única saída para que a Rússia volte a fornecer gás aos europeus.

Diante desta situação delicada, diversos estudos expõem uma situação caótica na Europa, para dizer o mínimo. O Citibank, por exemplo, estima que a inflação no Reino Unido deve chegar a 18% nos próximos meses. O Deutsche Bank fala em uma crise no balanço de pagamentos que poderia levar o Reino Unido a recorrer a empréstimos do FMI, o que não acontece desde a década de 1970.

Apesar dos desafios, o Euro continua caindo em relação às demais moedas do mundo todo em função do aumento da inflação local e da relutância do Banco Central Europeu em promover uma política monetária realmente restritiva.

O mercado abre o dia sem direção com forças operando nas duas pontas do câmbio EUR BRL.

Seguimos de olho.