Como é morar na Dinamarca: custos, vistos, qualidade de vida

Muita gente deseja morar na Dinamarca e explorar a vivência nesse país nórdico. Afinal, o clima, a moeda, a língua, a cultura e a posição geográfica são realidades bem diferentes da que estamos acostumados no Brasil.

Além disso, é uma nação que está entre os melhores países para trabalhar e morar no exterior. Porém, esse tipo de decisão sempre precisa ser bem planejada e organizada. Afinal, não envolve apenas vários processos para residir legalmente no território dinamarquês, mas também bastante pesquisa sobre o seu destino.

Para lhe ajudar, trouxemos um artigo que reúne informações, curiosidades e dados importantes sobre a Dinamarca. Então, continue a leitura para saber tudo!

Qual a história da Dinamarca?

É difícil falar da história da Dinamarca sem abordar a história da Escandinávia — região formada pelo país com a Suécia e a Noruega. Isso porque por quase três séculos, entre VIII e XI, toda essa extensão territorial foi ocupada pelos vikings.

Esse povo, originário da área, não vivia sob um único reino ou governo escandinavo. Na realidade, eles se dividiam em diferentes tribos espalhadas pelas três nações que compartilhavam da mesma fé, tinham costumes similares e objetivos expansionistas. 

Por conta disso, orquestraram diferentes invasões às regiões europeias de onde levavam espólios de guerra para a Escandinávia. Em alguns casos, ainda criavam assentamentos nos locais invadidos. Os vikings dinamarqueses, por exemplo, concentraram os ataques à Alemanha, à França, ao Reino Unido e à Polônia.

Esse período da história ficou conhecido como a Era Viking. Contudo, ela se declinou à medida que os europeus fortaleciam os exércitos contra as invasões bárbaras. Além disso, o crescimento e a solidificação da crença cristã no velho continente passou a mirar os povos escandinavos. O objetivo era a conversão em massa dessa população — o que foi alcançado.

Daí em diante, a Escandinávia tornou-se muito próxima ao resto dos países europeus aos níveis social, religioso, cultural e geopolítico. Inclusive, a divisão da região ficou diferente do que conhecemos hoje. Entre os séculos XIV e XVI, a área foi unificada, dando origem a uma nação com reinado próprio. No entanto, cisões internas levaram a Suécia a declarar independência e entrar em guerra com o resto da região nórdica.

Como resultado, a Suécia conseguiu se tornar um reinado independente e o reino da Dinamarca-Noruega perdurou até o século XIX. Para ser mais preciso, o ano de 1814. Ou seja, um fato ainda que é relativamente recente, contando com pouco mais de 200 anos. Para você ter ideia, o Brasil alcançou a independência em 1822, cerca de oito anos depois.

De 1814 em diante, a Dinamarca se desenvolveu como país, principalmente em questões socioeconômicas. Já durante a Segunda Guerra Mundial, ela chegou a ser invadida pela Alemanha, permanecendo sob domínio nazista de 1940 até 1945. Depois desse conflito, a nação não lidou com novas interferências na soberania do território.

Atualmente, é a segunda região mais populosa da Escandinávia, com cerca de 5,83 milhões de cidadãos. A Suécia tem 10,35 milhões e a Noruega, por outro lado, 5,37 milhões. Além disso, os países nórdicos são modelo no mundo todo em questões de sustentabilidade, inovação e promoção de direitos humanos.

Como é o clima na Dinamarca?

A Dinamarca tem um clima temperado oceânico. Isso garante temperaturas modestas ao longo do ano, chegando, no máximo, a 25°C no verão e abaixo de 0°C no inverno. Por fim, vale mencionar que os ventos e as chuvas são constantes, aspectos influenciados pela posição costeira da Dinamarca.

Para entender o clima da região, é preciso ter um olhar atento à geografia do país. Isso porque ele fica próximo à zona do oceano Ártico e está cercado pelos Mares do Norte e Báltico — o que o configura como uma península. Para completar, devido à localização que tem, a região está dentro da zona temperada do Norte.

Quais países fazem fronteira com a Dinamarca?

Por se tratar de uma península, a Dinamarca acaba tendo poucos países com os quais faz fronteira. Basicamente, só há dois: Alemanha e Suécia. Contudo, em ambos os casos é possível cruzar as nações de carro em pouco tempo.

Para se ter ideia, uma viagem entre Padborg, cidade no sul da Dinamarca, e Flensburg, município no norte da Alemanha, dura apenas 25 minutos. Afinal, são apenas 17,2 km de distância entre elas. Já da capital dinamarquesa, Copenhagen, até Malmo, cidade sueca que é vizinha a ela, basta uma viagem de 51 minutos. Nesse tempo, você percorre os 42,1 km de distância entre os locais.

Qual o nível de segurança da Dinamarca?

O Global Peace Index Map de 2022, produzido pelo Institute for Economics & Peace (IEP), é categórico: a Dinamarca é o quarto país mais seguro do planeta. Ela está atrás apenas da Islândia, da Nova Zelândia e da Irlanda, que ocupam, respectivamente, o 1º, o 2º e o 3º lugares. Como parâmetro para esse resultado, o instituto avalia três aspectos centrais:

• a existência de conflitos domésticos e internacionais;
• o quantitativo de militarização do território;
• o impacto da violência na segurança individual e coletiva do país. 

Inclusive, todas as três nações da Escandinávia figuram no top 30 de países com os melhores índices globais de segurança. Para ser mais preciso, temos o seguinte desempenho: Dinamarca (4º lugar), Noruega (17º lugar) e Suécia (26º lugar). O Brasil, por sua vez, está no 130º lugar dentro das 163 posições do ranking.

Qual o IDH da Dinamarca?

O relatório de 2020 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) aponta que a Dinamarca tem um IDH de 0,940. O país está em 10º lugar no ranking global. Para se ter ideia do quão alto é esse índice, basta comparar com o resultado do Brasil que está em 84ª lugar, com um total de 0,765.

Os demais países escandinavos também têm um excelente desempenho. A Noruega, por exemplo, aparece em primeiro lugar com um resultado de 0,957. Por sua vez, a Suécia está na sétima posição com um IDH de 0,945.

Você pode estar se perguntando o que o IDH avalia. Basicamente, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma métrica desenvolvida pelas Organizações Unidas (ONU). Ele tem o objetivo de medir e acompanhar a evolução dos países ao redor do mundo. Para tanto, considera o seguinte:

• o nível e o aprofundamento da escolarização da população;
• a qualidade da saúde dos cidadãos, impactando na qualidade de vida da nação;
• os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Qual a moeda da Dinamarca?

A moeda da Dinamarca é a coroa dinamarquesa. Embora faça parte da União Europeia, como a Espanha, a Bélgica e a Alemanha, o país não adotou euro. Por motivos econômicos, a Dinamarca manteve uma moeda própria. Portanto, é importante estar atento a esse detalhe ao planejar uma mudança para o país.

Aliás, uma curiosidade interessante: todos os países da Escandinávia têm moedas próprias, não apenas a Dinamarca. A Noruega tem a coroa norueguesa e a Suécia a coroa sueca.

Como um brasileiro pode morar na Dinamarca?

No portal do Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca é dito que para morar na Dinamarca por mais de três meses, todas as pessoas devem solicitar uma permissão de residência. Entre elas estão estadia curta, estudo, família, trabalho, entre outras.

Confira, a seguir, as principais informações sobre cada tipo:

• estadia curta (superior a 90 dias, mas menos de que 365 dias): por motivos de turismo, negócio e viagens culturais;
• asilo político: quando você não está seguro no seu país de origem e busca se resguardar na Dinamarca;
• família: quando você tem parentes no território dinamarquês que são cidadãos do país e quer se reunir e/ou permanecer um tempo com eles;
• au pair: quando você consegue uma oportunidade de trabalho como au pair em uma família dinamarquesa;
• trabalho religioso: para quem busca ser missionário ou atuar com atividades religiosas ao morar na Dinamarca. Os familiares da pessoa também podem aplicar para esse tipo de residência, mas como acompanhantes;
• estágio: para você fazer estágio sem vínculo com instituição de ensino. Ou seja, vai morar na Dinamarca exclusivamente para trabalhar e ser treinado para cargos específicos do mercado local. Entre os principais setores estão o de arquitetura, o de saúde e o de inovação sustentável;
• trabalho: esse tipo de residência permite que você tenha diferentes atribuições ao morar na Dinamarca. Por exemplo, emprego regular em uma empresa, pesquisador em instituições de pesquisa e cargo de PhD em instituições de ensino. Também serve para atividades qualificadas (como a de artistas e esportistas), trabalho na agricultura e trabalho voluntário. Por fim, ainda vale citar as opções de trainee em uma organização privada, trabalho como profissional da saúde e mudança com fins de empreendedorismo;
• estudo: o que permite você estudar na educação básica, fazer uma graduação, realizar uma pós-graduação e/ou complementar a sua formação com um curso PhD. Esse tipo de visto ainda vai além. Afinal, tem submodalidades voltadas para programas de estágio e para quem concluiu a formação no país e quer arranjar trabalho na Dinamarca.

Entre as documentações mais solicitadas, figuram o passaporte, os comprovantes de meios de subsistência e os documentos de aprovação/contratação por instituição local para os fins alegados.

Porém, antes de qualquer coisa, é preciso estabelecer o motivo de morar na Dinamarca. Você vai para estudar, para trabalhar, aumentar o seu patrimônio ou apenas mudar de ares? Isso é importante para você entrar em contato com o consulado do país que fica em São Paulo.

Assim, você saberá qual tipo de visto precisará solicitar e a documentação necessária. Além disso, o tempo para recebê-lo e outras questões legais para a sua estadia. A partir disso você também pode receber orientações sobre comprar uma casa ou abrir uma empresa, por exemplo.

Quanto custa viver na Dinamarca?

Viver na Dinamarca custa, em média, Kr$ 7.056,46 mensais para arcar com alimentação, moradia, transporte etc. Na cotação de setembro de 2022, corresponde a R$ 5 mil. A estimativa é do portal Numbeo, que produz levantamentos de custo de vida em diferentes regiões. Ele ainda aponta que o padrão de vida dinamarquês é 98,85% mais caro do que o brasileiro.

Uma vantagem importante de morar na Dinamarca diz respeito à saúde. É que ao ser residente do país (para estudo, trabalho ou outros motivos), você terá acesso ao sistema público de saúde. Ele funciona de forma similar ao nosso Sistema Único de Saúde (SUS), sem custo para atendimentos eletivos e de emergência.

Porém, é claro, sempre é interessante contar com um seguro viagem ou mesmo um seguro saúde local. Isso porque o sistema de saúde da nação cobra em situações que envolvam atendimento e/ou procedimentos clínicos, odontológicos e fisioterápicos.

Além disso, outra divergência quanto ao SUS é que ele não fornece remédios de nenhum tipo para a população. Portanto, morar na Dinamarca significa que você precisará comprar seus fármacos caso adoeça ou faça algum tratamento medicamentoso.

Já uma desvantagem para quem é brasileiro é o custo do aluguel. O Numbeo aponta que os preços praticados no país são 220,40% mais altos do que no Brasil. A compra de um imóvel também desponta como outra desvantagem.

Isso porque o metro quadrado fora de áreas centrais da cidade fica na casa dos Kr 24.849,98, podendo chegar até a Kr 43 mil. Já nos principais bairros da cidade, o valor sobe consideravelmente. A média é de Kr 34.736,23, embora o de muitas residências fique na faixa dos Kr 60 mil.

Qual o valor do salário mínimo na Dinamarca?

A Dinamarca não dispõe de um salário mínimo nacional. Portanto, os ganhos dependerão, basicamente, da carga de trabalho semanal e da categoria profissional da qual fará parte. Em média, a hora paga fica em torno de Kr 110.

Ao fazer 30 horas semanais (seis horas por dia), por exemplo, você receberá Kr 3.300 a cada sete dias. Totalizando, assim, Kr 13.200 em um mês.

Quais as oportunidades de trabalho ao morar na Dinamarca?

Ao morar na Dinamarca, uma das preocupações mais comuns é sobre as oportunidades de trabalho no país. Por isso, de antemão, saiba que o mercado é bastante aquecido para quem é das áreas da agricultura e da produção industrial. Inclusive, o Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca divulga, por meio do site oficial, as duas atividades como pontos centrais da economia do país.

Porém, muitos outros setores contratam profissionais. É o caso da saúde, da tecnologia, da construção civil, do varejo e da educação e pesquisa. Portanto, o importante é pesquisar para encontrar a oportunidade certa para o seu perfil profissional!

Quais as melhores cidades para morar na Dinamarca?

Tudo vai depender do estilo de vida que você quer ter ao morar na Dinamarca. Por exemplo, se você busca viver em um lugar movimentado e que concentra os principais centros educacionais, culturais, gastronômicos, comerciais e de entretenimento, não há erro. Além da capital, Copenhagen, pode ser uma boa opção residir em Aarhus, Odense e Aalborg.

Já para quem almeja uma vida mais pacata, com belas paisagens naturais e menor custo de vida, há cidades que vão agradar em cheio. Por exemplo, Farum, Nyborg, Ikast e Kalundborg. Para se ter ideia, todos esses municípios têm menos de 20 mil habitantes.

Como é o turismo na Dinamarca?

O turismo na Dinamarca é movimentado, principalmente por conta da arquitetura secular, das paisagens naturais e da história viking que marcou a nação. Portanto, se pretende morar na Dinamarca, certamente vai querer aproveitar a estadia para turistar e conhecer a fundo as belezas do país.

Algumas das principais atrações dinamarquesas são:

• Castelo Rosenborg;
• Castelo de Egeskov;
• Palácio de Amalienborg; 
• Canal Nyhavn;
• Museu de Embarcações Viking;
• Museu Viking Lindholm Høje;
• Museu Lejre (dedicado à história viking);
• Jardins de Tivoli;
• Centro de Arquitetura Dinamarquesa.

Como é a educação na Dinamarca?

A educação é um dos principais pilares de referência da Dinamarca. Dessa forma, quem visa morar na Dinamarca para fazer intercâmbio, certamente fará um bom investimento.

No ensino médio, por exemplo, há cerca de 70 escolas públicas, conforme a Associação de Escolas do Ensino Médio da Dinamarca. Além disso, espaços com projetos pedagógicos de imersão no aprendizado, profissionais de diferentes nacionalidades e grades curriculares com aulas diversificadas. Por exemplo, desde gastronomia e fotografia até crossfit e robótica.

Já falando das universidades, como apresentado no portal do Ministério da Ciência e Educação Superior da Dinamarca, há oito instituições públicas desse tipo no país. São elas:

• Universidade de Copenhagen;
• Universidade de Aarhus;
• Universidade do Sul da Dinamarca;
• Universidade de Roskilde;
• Universidade de Aalborg;
• Universidade Técnica da Dinamarca;
• Escola de Negócios de Copenhagen;
• Universidade de TI de Copenhagen.

O mais interessante, no entanto, é que 7 delas figuram entre as 800 melhores universidades do planeta, conforme levantamento de 2022 da The Higher Education (THE). Veja as posições delas:

• Universidade de Copenhagen, em 96º lugar;
• Universidade de Aarhus, em 104º lugar;
• Universidade Técnica da Dinamarca, em 185º lugar;
• Universidade de Aalborg e Escola de Negócios de Copenhagen, empatadas em 201º lugar;
• Universidade do Sul da Dinamarca, em 251º lugar;
• Universidade de Roskilde, em 601º lugar.

Instituições que contam não apenas com alunos nativos, mas diversos programas para acolhimento de estudantes internacionais. Mas não só isso. Como mostra o Ministério da Ciência e Educação Superior da Dinamarca, o Governo não busca só incentivar a formação acadêmica no país. Ele também quer promover a permanência dessa mão de obra qualificada em território dinamarquês.

Para tanto, a agência tem desenvolvido ações para que os estudantes graduados e pós-graduados possam encontrar emprego no mercado local. Eles também podem abrir negócios próprios, como é o caso de startups. Esse aspecto do país é, sem dúvidas, um grande diferencial de morar na Dinamarca.

Como enviar e receber dinheiro da Dinamarca?

Você pode enviar e receber dinheiro da Dinamarca por meio da Remessa Online. O processo é bem rápido, seguro e com suporte em português em todas as etapas. Afinal, dúvidas podem ocorrer a qualquer momento, não é mesmo? Logo, é importante ter todo o auxílio necessário para simplificar essa atividade e otimizar o tempo na sua rotina.

Para tanto, basta entrar em nossa plataforma e fazer o seu cadastro. A partir daí, há duas possibilidades. Veja!

Fazer uma transferência

Primeiro, você indica o motivo do envio (pagamento por um serviço ou transferência pessoal, por exemplo). Em seguida, informa os dados da sua conta no destino (em uma instituição bancária presencial e/ou online que opera na Dinamarca).

O passo seguinte é checar e confirmar o valor que você vai enviar e quanto será recebido na sua conta. Afinal, quando se trata de moedas diferentes, é preciso se atentar às taxas de câmbio e IOF. Em suma, é só transferir a quantia para a Remessa Online. O dinheiro é creditado em até um dia útil na conta de destino.

Receber uma transferência

O processo é igualmente simples ao do envio. Você deve indicar a moeda em que fará a transferência. Depois é só passar a quantia desejada para a Remessa Online. Em até dois dias úteis, o dinheiro entra na plataforma.

Quando o valor estiver nela, você deve apontar qual a razão desse recebimento. Por exemplo, transação pessoal ou remuneração por trabalho. A próxima etapa, a do resgate, já é a última. Nela, a sua tarefa é fazer a transferência do montante (que já estará em reais) para a sua conta no Brasil.

Morar na Dinamarca é ter a chance de aproveitar diversos benefícios. Afinal, a nação tem um excelente IDH, é reconhecida como uma das mais seguras do mundo e é referência em educação. Além disso, tem uma cultura e uma história muito ricas, um clima bem diferente do encontrado no Brasil e vem se destacando quando o assunto é turismo.

Para completar, você conta com iniciativas do próprio país para estimular a imigração legal. Portanto, se você planeja viver nessa região nórdica, comece a se planejar desde já. Além de se organizar financeiramente, informe-se sobre os procedimentos para obtenção de visto e/ou residência junto ao consulado da Dinamarca.

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