No cenário internacional, aproxima-se do prazo (1º de Março) para que um acordo entre Estados Unidos e China se estabeleça. O presidente americano, Donald Trump, indicou que não pretende ser rígido com a data, havendo possibilidade de uma extensão em mais 30 dias de negociações. Apesar do tom mais conciliador, as incertezas continuam e a temperatura deverá aumentar à partir de hoje, com a retomada das conversas entre o vice-premier chinês, Liu He, e os representantes do Tesouro e Comércio americano, em Washington.
Já no Brasil, o mercado começa a se movimentar em torno das articulações políticas após a apresentação do projeto da reforma da previdência pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, na última quarta-feira (20 de Fevereiro).
Visto pela absoluta maioria dos especialistas do mercado como “duro” e “abrangente”, o projeto apresentado representaria economia de 1.2 trilhões de reais em dez anos, porém, logo após a divulgação e término do discurso do presidente, rumores de que o impacto do projeto deverá ser diluído para algo mais próximo de R$700 bilhões em economias, atingiram os mercados negativamente, com o dólar fechando em alta de R$3,728 e hoje operando acima de R$ 3.77.
À partir de agora, toda a atenção da mídia e dos investidores estarão voltadas em torno da articulação política do governo, que será motor para a aprovação da reforma da previdência, levando em conta principalmente as consequências do caso dos candidatos laranjas envolvendo o Ministro do Turismo – político do PSL – e da saída do ex-ministro Bebianno.
Então, o que podemos esperar?
Nestes quase dois meses de governo Bolsonaro, há uma falta de coordenação da base aliada, resultado de um time novo e sem experiência com a complexidade do executivo.
Mesmo assim, Paulo Guedes se mostra confiante com a aprovação da reforma sem muitas alterações pelo Congresso e Bolsonaro se mantém firme em seu posicionamento – estes são os principais pilares para o investidor sentir confiança, pois percebe-se uma maior congruência de idéias e expectativas sobre o tema.
Porém, até a votação da previdência, grandes investidores institucionais estão céticos em relação ao texto que de fato será aprovado. Exemplo disso é o banco J.P Morgan, que apesar de acreditar na aprovação, estima que os ganhos fiscais ficarão em até 1/3 do comunicado pelo governo e atribuem essa dificuldade de aprovação do texto completo aos recentes escândalos do governo, que acabam respingando sobre a previsão da reforma, deixando a governabilidade ainda mais dividida.
Isso poderá afetar a aprovação da Reforma da Previdência?
Com certeza! O desalinhamento recente pode refletir e trazer mais dificuldade nas negociações. Apesar disso, todos no governo estão convencidos da importância da reforma para evitar uma crise fiscal.
Se o governo não arrumar sua gestão e o noticiário for dominado por eventos como a ingerência de Carlos Bolsonaro na comunicação, veremos o preço das moedas romper a casa dos R$ 3,80.
O Brasil precisa de um governo coeso até a reforma da previdência e, depois de aprovada, surfaremos uma onda positiva durante 10 anos.
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