Uma nova ordem está em curso neste 2020 que parece saído de um filme de ficção científica. Com a rápida disseminação da covid-19, doença que atinge as vias respiratórias e pode levar à morte em casos de complicação, as dinâmicas sociais e econômicas estão em plena transformação.
Assim como todas as outras, as relações de consumo estão cada vez mais virtuais.
O medo do contágio levou as pessoas para dentro de casa. Dessa forma, mesmo os mais resistentes acabaram optando pela comodidade das compras on-line.
Com ela, vieram também os pagamentos via transferências bancárias. Contato com dinheiro em espécie está sendo evitado, já que cédulas e moedas podem estar repletas de vírus.
Diante dessa nova normalidade, empresas como PayPal e PagSeguro, cujo foco são os pagamentos digitais, viram as ações alcançarem resultados bastante diferentes do restante do cenário global. O motivo é ser uma alternativa em momento de incerteza sanitária.
Tecnologia em alta
Durante o distanciamento social, com mais tempo disponível, as pessoas estão redescobrindo antigos hobbies e descobrindo novos prazeres. Cada um a sua maneira.
Uma questão é unanimidade para todas as pessoas que vivem neste século: a tecnologia é fundamental.
Como a regra é evitar contato físico, o universo digital é o grande aliado para todas as funções que precisam ser desempenhadas.
Ele está no trabalho remoto, nas atividades da escola, na hora de pedir comida (pronta ou matéria-prima) e até na hora de matar a saudade dos amigos e das famílias. Quem ainda não se rendeu às chamadas de vídeo para um happy hour virtual ou um almoço de domingo à distância?
Assim, as empresas do ramo, como Amazon, Netflix e Facebook são as que mais têm se destacado no mercado financeiro nos últimos meses.
Por outro lado, aquelas que ainda não se digitalizaram, como algumas do setor varejista estão em queda livre. Sinal de que o futuro digital já chegou.
Até mesmo os bancos, instituições extremamente tradicionais, vão precisar aprofundar o mergulho no digital se quiserem sobreviver diante dos padrões de consumo que estão em curso.
Processos com inteligência artificial, modelo operacional baseado em nuvem e foco constante em simplificar a interface com o correntista são apenas alguns dos aspectos a serem considerados pelas instituições bancárias diante desse novo panorama.
Novas opções de pagamento
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus pode sobreviver por algumas horas em superfícies como notas e moedas.
Assim, o ideal seria realmente evitar a circulação das mesmas. A outra opção seria lavar todas as cédulas, como foi feito na China no auge do surto.
Uma solução mais simples e eficiente vem da tecnologia. Aliás, são três alternativas disponíveis no Brasil até o momento que evitam essa forma de disseminação do vírus e garante a saúde das relações comerciais.
Boleto on-line
Umas das formas de pagamento mais populares entre os brasileiros são os boletos bancários, que já possuem a versão digital. O pagamento é feito via Internet Banking e aplicativos mobile e tem baixo custo operacional para o empreendedor.
Além disso, com uma plataforma de pagamentos específica, o boleto on-line permite que o dinheiro seja disponibilizado rapidamente e ainda facilita a gestão financeira.
Contactless
Mais inovadora do que os boletos on-line, a tecnologia Contactless já pode ser vista em alguns estabelecimentos, embora ainda não seja tão popular.
Trata-se do pagamento feito por aproximação de um cartão de crédito ou débito, que possua a tecnologia necessária, a um leitor de pagamento, dispensando a digitação da senha.
Em alguns casos, a compra pode ser efetuada com a simples digital do consumidor na tela do próprio celular.
QR Code
Ainda mais inovadora é a tecnologia do QR Code, que também já pode ser vista em alguns estabelecimentos e vem se popularizando com as lives solidárias promovidas pelos artistas durante o confinamento.
Quando o usuário direciona o seu smartphone para o código bidimensional – que, no caso das lives, fica no canto da tela – , ele é direcionado para um site onde pode fazer doações.