Segundo dados do Infojobs, o número de vagas na área de Tecnologia da Informação cresceu 86% em 2022. Aliás, a área de TI está entre as 10 áreas em alta em 2023. Com isso, aumentou também a procura por desenvolvedores full stack.
Esses profissionais apresentam um perfil mais completo e estão dispostos a aprender outras linguagens de programação. Por isso, são muito procurados pelas empresas.
Entenda abaixo mais sobre a profissão de desenvolvedor full stack, o que faz, quanto ganha e como se tornar um.
O que é um desenvolvedor full stack?
O desenvolvedor full stack é o profissional com um perfil mais amplo e que conhece todos os aspectos da programação. Ele sabe transitar com facilidade entre os vários níveis de uma aplicação e entre as diferentes linguagens de programação para o Front-End e em projetos de Back-End.
Ou seja, ele é capaz de atuar tanto na parte com a qual o usuário final irá interagir quanto na que está por trás dela e regula a lógica de funcionamento da aplicação, configurações do servidor e banco de dados.
Dessa forma, é responsável pela gestão e controle dos aspectos relacionados aos sites. Sua formação técnica completa lhe permite projetar, desenvolver, testar e distribuir web sites ou aplicativos a partir de uma boa arquitetura de dados, tanto para a navegação quanto para a estrutura da interface única.
Por isso, o profissional é muito requisitado por empresas menores, que contam com equipes mais enxutas.
Desenvolvedor full stack Front-End
Front-End são projetos de desenvolvimento de interfaces gráficas exibidas para os usuários, ou seja, tudo que a pessoa vê enquanto está navegando em um site. Isso inclui as disposições do texto, layout, botões, formulários, campos etc.
O trabalho de um profissional que atua em projetos de Front-End envolvem:
- Lógica de Programação;
- HTML & CSS;
- JavaScript & jQuery;
- Ajax;
- TypeScript;
- Angular;
- Responsividade (Bootstrap);
- React;
- React-Native;
- Sistemas mobile, como Android e iOS;
- além de outras ferramentas.
Desenvolvedor full stack Back End
Já o profissional Back End atua em projetos que estão por trás da interface. Ele é responsável por programar, codificar e testar, garantindo também a integridade das informações do banco de dados.
O desenvolvimento Back-End exige que o profissional domine diversas linguagens de programação, como:
- Java;
- Python;
- PHP;
- C#;
- C;
- C++.
Quais são as diferenças entre o desenvolvedor Full-Stack e um Engenheiro de Software?
A principal diferença entre os dois perfis de profissionais são as atividades que executam. O desenvolvedor Full-Stack atua no desenvolvimento visual e funcional de sites e plataformas. Já o engenheiro de software trabalha na manutenção da plataforma, sendo o seu alicerce.
Ambos podem atuar no mesmo projeto, mas com direcionamentos diferentes e ainda assim trabalhando em conjunto. Um engenheiro de software também pode atuar como desenvolvedor Full Stack, mas não é esperado que o contrário aconteça.
Quanto ganha um full stack?
De acordo com portal Glassdoor, a média salarial de um Full Stack Developer no Brasil em 2023 é de R$ 6.040, podendo variar entre R$2.606 – R$ 18.500. Já a Pesquisa Salarial de Programadores Brasileiros 2022, do canal Código Fonte TV, aponta que a média salarial desses profissionais é R$ 7.625,87.
O desenvolvedor Full Stack tem um mercado de atuação amplo, podendo trabalhar não só no Brasil, como também para empresas internacionais.
Essa é uma forma de melhorar os ganhos. Segundo o portal Glassdoor, nos Estados Unidos, por exemplo, um full stack ganha, em média, USD 6.600 mensal (cerca de R$32.506). Já no Reino Unido, os ganhos estimados são de £ 3.319 (cerca de R$20.832).
Quanto ganha um full stack Júnior?
Segundo o site Glassdoor, um full stack Júnior, ou seja, com menos de 4 anos de experiência, ganha entre R$2.606 a R$ 10.250 mensal.
Qual curso fazer para se tornar um desenvolvedor Full Stack?
Um desenvolvedor Full Stack pode fazer graduação na área de tecnologia da informação como:
- Sistemas de Informação (Análise de Sistemas);
- Engenharia de computação;
- Ciência da Computação;
- Desenvolvedor Web;
- Desenvolvimento de Software.
Além disso, é importante fazer outros cursos como certificação em:
- Data Science;
- Linguagens de programação;
- Aplicações e Softwares;
- Curso de Desenvolvedor Full Stack;
- Programação;
- Servidor, Rede e Ambiente de Hospedagem;
- Modelagem de Dados;
- Lógica de Negócios;
- Camada API / Camada Ação /MVC;
- Interface e experiência do Usuário;
- Front-end side: HTML, CSS, HTML5, CSS3, Javascript, JS+ Node, Vue, React e Angular;
- Back-end : PHP (ou ASP), Python, Java, Laravel e Symfony.
Atualização constante
Também é preciso se manter atualizado sobre o que está acontecendo no mercado. Acompanhar as novidades sobre linguagens de programação, saber o que está sendo exigido pelas empresas e investir em capacitação. Aliás, vale lembrar que nem sempre o diploma universitário é exigido para esse tipo de profissional.
Sendo assim, muitos desenvolvedores que entram no mercado aprendem por meio da convivência com outros programadores ou buscando conteúdos na internet e em livros.
O que é preciso para ser um full stack?
O aprendizado de novas linguagens de programação deve ser uma rotina na vida de quem está nesse mercado.
Os desenvolvedores que querem se destacar e conquistar uma boa posição de trabalho precisam buscar aprender sempre sobre diferentes tipos de linguagens, como Banco de Dados, SQL, DevOps, etc. Veja mais dicas a seguir:
- Busque sempre evoluir e entender como funcionam domínios, DNS e SSL;
- Vá além do básico no Front-End e no Back-End
- Aprenda e se aprofunde cada vez mais sobre User Experience (UX);
- Saiba negociar com pessoas do seu time e de outras áreas;
- Aprenda como funciona e a preparar a infraestrutura que vai suportar o projeto (Linux, Ubuntu, CentOS etc);
- Aprenda a desenvolver aplicativos para Android e iOS;
- Desenvolva habilidades de gestão de projetos;
- Estude sempre sobre o modelo de negócio dos projetos em que está atuando.
Quais são as vantagens e desvantagens de ser um desenvolvedor Full Stack
Assim como em qualquer profissão, trabalhar no desenvolvimento de projetos de tecnologia também tem suas vantagens e desvantagens.
A seguir, você vai ver quais são os principais da profissão de desenvolvedor Full Stack.
Vantagens
- Facilidade para encontrar trabalho em pequenas empresas ou startups de tecnologia;
- Consegue resolver todos os problemas de uma vez, não depende de o Front-End ou do Back-End, pois ele faz os dois;
- Caso precise de outro profissional, seja de Front ou Back, o Full Stack saberá informar tudo o que precisa, pois tem amplo conhecimento.
Desvantagens
- Pode ser recusado em vagas por falta de especialização em uma função;
- Tem mais dificuldade para priorizar os projetos;
- Algumas empresas contratam esses profissionais para pagar o salário de um único desenvolvedor, mas exigem múltiplas tarefas.
Um grande diferencial das profissões relacionadas com tecnologia é o crescimento em todo o mundo. Isso aquece o mercado, abrindo mais vagas e promovendo a contratação de mais profissionais.
Com isso, o profissional também pode atender empresas estrangeiras, mesmo estando no Brasil.
Perguntas frequentes
O Desenvolvedor Full Stack é um programador com formação técnica completa para projetar, desenvolver, testar e distribuir web sites ou aplicativos. Ele é capaz de operar tanto no front-end quanto no back-end no desenvolvimento.
No Brasil, a média salarial varia entre R$2.606 – R$ 18.500. Já nos Estados Unidos um full stack ganha, em média, USD 6.600 mensal (cerca de R$32.506). Por fim, no Reino Unido, os ganhos estimados são de £ 3.319 (cerca de R$20.832).
Para se destacar no mercado, os profissionais precisam ser versáteis e se adaptar à realidade do negócio, trazendo soluções criativas de forma ágil e apresentando uma análise sistêmica de todas as etapas dos projetos em que está envolvido.