O que é inovação disruptiva no mundo dos negócios?

Quando se fala em inovação, é feita a associação com mudanças nos processos existentes, por meio da implementação de melhorias para que eles forneçam mais diferenciais e facilidades. Assim, ela é bastante associada ao crescimento e sucesso de empresas. 

No entanto, a inovação disruptiva acontece de maneira diferente e exige atenção dos empreendedores que desejam se destacar: mas você sabe de que se trata o conceito? Ele tem uma grande relação com a transformação do mercado e é foco de muitas startups.

Por isso mesmo, preparamos um conteúdo para esclarecer o que é inovação disruptiva e outras dúvidas sobre o assunto. Acompanhe!

O que é inovação disruptiva?

O conceito de inovação disruptiva foi desenvolvido por Clayton M. Christensen, professor de Administração na Harvard Business School, em uma publicação de 1997. Nesse caso, ela não acontece por meio da evolução de produtos, serviços ou tecnologias existentes, quebrando padrões.

Dessa maneira, essa inovação abandona os conceitos já existentes, tornando-os obsoletos, para criar uma solução nova. Ou seja, em vez de agregar valor ao que já existe, ela traz um novo valor ao mercado. 

Porém, certamente ele traz mais riscos ao focar em trazer novos paradigmas. Por causa disso, muitas empresas preferem buscar maneiras de trazer novas funcionalidades e melhorias aos produtos já existentes, em vez de buscar uma inovação tão grande. 

Quais são os 3 elementos da disrupção?

Para entender, de fato, o que é inovação disruptiva, é importante conhecer os 3 elementos essenciais desse processo. São eles:

1. Acessibilidade

A solução apresentada pela inovação precisa ser acessível, o que abrange dois critérios: a forma de uso e o seu custo. Isso porque ela deve conseguir atingir o grande público. Se a ideia se limitar a poucas pessoas, ela não é realmente transformadora para causar a disrupção. 

2. Conveniência 

Esse elemento trata da necessidade de resolver problemas reais com a solução desenvolvida. O foco é proporcionar mais bem-estar aos usuários e facilitar a sua vida.

3. Simplicidade

Parece controverso, mas a inovação deve ser simples. O design deve ser simples e prático, o que colabora com a acessibilidade e o manuseio, se for o caso. Isso é essencial para uma boa aceitação do público. 

Como é feito o processo?

Entendendo os elementos da inovação disruptiva, fica mais fácil aplicar o processo. Ele segue algumas etapas importantes para desenvolver e validar as ideias. Para começar, é preciso focar em um público-alvo menor ou que ainda não tenha acesso à solução, mesmo que ela precise atingir um grande volume de pessoas.

O foco também não são grandes margens de lucro, afinal, é preciso manter a acessibilidade de preços. O retorno virá pelo reconhecimento da empresa e o aumento do uso, que vai expandir do pequeno público para os diversos consumidores. 

Isso porque o  produto ou serviço traz um novo caminho, uma alternativa aos produtos ou serviços que ele já utilizava, mas com benefícios como a facilidade e custo menor. Por isso mesmo, o conceito também pode ser usado nos processos internos da empresa.

Muitas vezes, ao invés de focar em melhorias na gestão ou nos processos produtivos com ajustes no modelo existente, a inovação disruptiva pode surgir como solução, reformulando a maneira de lidar com o negócio para ter mais facilidade, reduzir custos e obter melhores resultados. 

Quais são os seus impactos?

Essa inovação traz benefícios para o mercado ao trazer ferramentas novas com foco em simplicidade, conveniência e acessibilidade. No entanto, ela também traz alguns impactos negativos para empresas já consolidadas no mercado.

A criação de um serviço novo, que torna os anteriores obsoletos, faz com que as empresas precisem lidar com a perda de clientes, quedas repentinas no lucro e demissões. Assim, elas precisam se adaptar para retomar o espaço no mercado.

Contudo, isso não significa que a inovação disruptiva é ruim ou prejudicial. Elas trazem mais oportunidades para o consumidor, além de trazer mais facilidade, geralmente com custos mais acessíveis. 

O que muda entre inovação disruptiva, incremental e radical?

Um ponto importante para entender o conceito de inovação disruptiva e seus impactos no mercado é saber o que muda entre ela e as inovações incremental e radical. Veja só:

  • Inovação incremental: ela visa adicionar funcionalidades e fazer modificações nos produtos ou serviços já existentes, então costuma ter menores custos e riscos para o negócio;
  • Inovação radical: é um processo mais complexo, que busca novos mercados e oportunidades que outras empresas ainda não enxergaram.

Muitos acreditam que a radical é sinônimo de disrupção. Porém, a inovação disruptiva tem algumas diferenças importantes. Nesse caso, o objetivo é criar demandas que, até então, muitas pessoas nem acreditavam que existiam.

Além disso, as soluções devem ser eficientes e financeiramente acessíveis, apresentando real valor para o cliente. Assim, ela é mais ampla e profunda que a inovação radical.

Quais são os principais exemplos de inovação disruptiva?

Existem diversos exemplos de inovação disruptiva no mercado, mas vale a pena destacar alguns que fazem parte do dia a dia das pessoas. O WhatsApp foi um tipo de inovação nos meios de comunicação, substituindo o SMS ao vincular um meio de contato ao número de telefone, mas utilizando a internet.

O NuBank é outro exemplo. O banco iniciou os serviços oferecendo um cartão de crédito por aplicativo, sem conta corrente vinculada e com todos os processos de contratação feitos de maneira digital. 

Outra empresa que se destacou por isso foi a Netflix, pioneira nos serviços de streaming que afetaram empresas de diversos setores, como locadoras e TVs a cabo. E ainda temos outros exemplos, como o AirBnb e o Spotify.

Enfim, existem um volume grande de negócios que se destacaram e ganharam o mercado com as inovações disruptivas, que incentivaram empresas que, até então, tinham um bom desempenho a se adequar. Basta observar que as opções citadas já contam com concorrentes de serviço.

Entender o que é inovação disruptiva é apenas o primeiro passo para conseguir acompanhar essa tendência no mundo nos negócios. Agora, é hora de avaliar o mercado e desenvolver novas estratégias para conseguir inovar de verdade e conseguir um lugar de destaque para o público. 

Gostou do conteúdo? Então vale a pena acompanhar mais dicas para destacar o seu negócio. Para isso, confira 5 lições que aprendemos com Elon Musk e a Tesla!

Resumindo

O que é inovação disruptiva?

É uma inovação que busca criar elementos e valores para os produtos e serviços, em vez de evoluir os já existentes. Ela se baseia em 3 elementos:
Acessibilidade;
Conveniência;
Simplicidade.

Quais são os seus impactos?

Ela afeta negócios estáveis, muitas vezes que dominam o mercado, ao oferecer soluções mais acessíveis aos consumidores. Assim, ela exige atenção dos gestores e o desenvolvimento de medidas para se adaptar às mudanças, a  fim de manter a competitividade.

O que muda entre inovação disruptiva, incremental e radical?

Inovação incremental: modifica e traz novas funcionalidades aos itens e serviços já existentes;
Inovação radical: busca novos mercados e oportunidades;
Inovação disruptiva: vai além da radical, com produtos e serviços que não existiam antes, observando os 3 elementos citados.

Quais os principais exemplos?

Algumas empresas e serviços que se destacaram pela inovação são: WhatsApp, Nubank, Netflix, AirBnb e Spotify.

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