Ao pesquisar diferentes carreiras, talvez você se pergunte o que faz um designer gráfico. Continue a leitura para saber tudo sobre essa profissão!
A área de design gráfico cresceu bastante nos últimos anos, especialmente com a popularização do mundo digital e devido às diversas oportunidades de atuação para os profissionais da área. Mas você sabe o que faz um designer gráfico? É bastante comum que surjam dúvidas sobre as possibilidades da carreira.
Portanto, se você tem interesse na área, é importante conferir mais detalhes sobre a profissão e o mercado de trabalho. Dessa maneira, você terá a chance de avaliar a carreira e determinar se ela é a ideal para o seu perfil. Ainda, conhecerá as principais dicas para se desenvolver profissionalmente.
Pensando nisso, preparamos um guia completo para mostrar o que faz um designer gráfico e responder as principais dúvidas sobre a profissão. Boa leitura!
O que é design gráfico?
Para começar, é preciso entender o que significa o design gráfico. O termo tem origem no verbo em latim “designare”, que se refere a simbolizar, desenhar, projetar, etc. Já a palavra “gráfico” se refere ao processo de produção originado no termo “grafia”. Ou seja, o uso de símbolos visuais para entregar diferentes mensagens e experiências.
Assim, a área de atuação trabalha sabendo como transformar ideias em peças visuais. Ou seja, o design gráfico tem objetivo de transformar projetos em imagens e formas, criando composições que sejam atrativas para o público e cumpram o objetivo que levou ao desenvolvimento do trabalho.
Origem da profissão
O design é uma das atividades mais antigas da humanidade. Afinal, o homem pré-histórico desenvolveu formas de comunicação por meio das pinturas rupestres, que utilizavam símbolos e desenhos para se expressar.
Entretanto, a área profissional já consolidada é bastante recente: os primeiros cursos de graduação surgiram na segunda metade do século 20, após a Revolução Industrial e a criação da imprensa. Os diferentes movimentos artísticos do mundo também influenciaram a profissão, assim como o desenvolvimento da tecnologia.
Porém, isso não significa que antes da criação do curso não existissem profissionais que atuavam de maneira semelhante aos designers atuais. Há muito tempo já existiam diversas pessoas que trabalhavam em áreas parecidas, como os tipógrafos, ilustradores e outros artistas comerciais, como eram conhecidos.
O que faz um designer gráfico?
O designer gráfico é o profissional que atua nessa área do design. Portanto, ele cria os projetos de comunicação visual que podem englobar diferentes tipos de materiais e produtos, online e offline.
Portanto, também é comum que ele se especialize em determinadas formas de atuação, a fim de entregar diferenciais aos clientes ou empregadores. Para tanto, o profissional da área pode atuar em diferentes composições, como:
- criação de sites, blogs, logotipos, marcas, embalagens, banners, outdoors e outras publicações;
- diagramação de jornais, revistas, infográficos, livros, etc;
- desenvolvimento de animações para os meios digitais;
- planejamento e criação de anúncios.
Qual é o perfil do profissional da área?
Após aprender o que faz um designer gráfico, é comum se perguntar qual deve ser o perfil do profissional da área. Na verdade, não existe uma lista de pré-requisitos obrigatórios, mas existem algumas características e habilidades que podem beneficiar quem pretende seguir essa carreira. Veja os principais pontos:
- afinidade com artes em geral;
- habilidade com desenhos e outras composições artísticas;
- afinidade com tecnologia;
- bom senso estético e criatividade;
- organização e disciplina;
- capacidade de gerenciar projetos;
- domínio da língua portuguesa;
- trabalho em equipe.
Como é o mercado de design gráfico?
O mercado de trabalho para o designer gráfico é bastante amplo, mas passa por constantes atualizações devido às novas tecnologias, ferramentas e tendências. Ao mesmo tempo, ele está em frequente expansão, o que aumenta as oportunidades de desenvolvimento para os profissionais.
Outro ponto importante é o aumento da conscientização das empresas sobre a importância de ter um bom trabalho de imagem e campanhas de marketing digital, que envolvem o design gráfico. Dessa maneira, existem diversas possibilidades de atuar e o mercado está aquecido para receber esses profissionais.
Inclusive, vale destacar que além da atuação como profissional autônomo ou freelancer, também é possível buscar colocação em diferentes tipos de empresas. Confira as principais:
- agência de publicidade;
- departamento de artes ou marketing de diferentes tipos de negócio;
- editoras;
- empresas de comunicação;
- emissoras de TV;
- estúdios de design;
- gráficas;
- produtoras de vídeos e empresas cinematográficas.
Também há a possibilidade de seguir carreira acadêmica, trabalhando como professor em graduações, especializações ou cursos livres. Ou seja, há possibilidades de se desenvolver profissionalmente em diferentes nichos e formas de atuação.
Quanto ganha um designer gráfico?
Ao pensar em uma profissão, é comum ter dúvidas sobre a remuneração. Contudo, não existem dados exatos, já que o valor ganho pelo profissional pode variar conforme o nicho de atuação, o modelo de contratação, a experiência na área, entre outros fatores.
Mesmo levantamentos feitos por sites especializados demonstram diferenças entre as médias de valores. Veja os principais exemplos, considerando anúncios de vagas:
- Catho: o levantamento do site aponta um valor médio de R$2 mil;
- Glassdoor: conforme o portal, a média salarial é de R$2.300.
A boa notícia é que a área permite diferentes formas de atuação, contando também com oportunidades mais bem remuneradas ou, até mesmo, a possibilidade de se desenvolver como autônomo. Portanto, existem oportunidades para ter ganhos mais expressivos.
Outra vantagem é a possibilidade de atuar fora do país. Essa é uma área bastante versátil, que permite ao profissional vender serviços para empresas de diversas localidades, inclusive estrangeiras. Nesse caso, é possível potencializar os ganhos ao vincular seus ganhos a outras moedas, como o dólar.
Como é a faculdade de design gráfico?
Primeiro, é preciso saber que a faculdade não é um requisito obrigatório para atuação. Como muitas habilidades podem ser desenvolvidas ao longo da vida ou por meio de cursos livres, existem profissionais extremamente capacitados que não fizeram uma graduação específica na área.
No entanto, o curso ou as especializações relacionadas ao design gráfico podem ser interessantes para ajudar a iniciar a carreira ou para aprimorar outras habilidades. Nesse caso, existem duas possibilidades.
A primeira é o bacharelado, com duração de 4 anos. Porém, também é possível recorrer ao curso tecnológico, com foco maior na atuação no mercado de trabalho e com duração de 2 anos. As disciplinas têm diferenças a depender do tipo de curso escolhido, mas costumam abordar as seguintes temáticas:
- Análise textual;
- História da arte
- Desenho artístico e vetorial;
- Gestão e planejamento estratégico;
- Comunicação e linguagem visual;
- Computação gráfica;
- Comportamento do consumidor;
- Marketing;
- Mídias digitais e impressas;
- Fotografia.
Quais são as principais ferramentas da área?
Se você se interessou em trabalhar na área após saber o que faz um designer gráfico, é interessante saber quais são as principais ferramentas que podem ser usadas no dia a dia. Desse modo, é possível começar a estudá-las e definir quais serão mais adequadas para a sua atuação profissional.
Vale lembrar que o mercado pode lançar novas alternativas com frequência. Porém, preparamos uma lista com as principais ferramentas do momento. Acompanhe!
Adobe Photoshop
Popularmente conhecido apenas como Photoshop, esse é um dos programas mais tradicionais quando se trata de design gráfico. Ele permite criar e editar fotos ou imagens editoriais, aplicando correções e manipulações conforme as necessidades, e o desenvolvimento de peças gráficas completas.
Adobe Illustrator
Já o Adobe Illustrator é focado nas imagens vetoriais, com uma grande capacidade de renderização. Desse modo, o designer consegue manter a qualidade da imagem em diferentes formatos e tamanhos. Já a edição costuma ser feita a partir da seleção de objetos individuais, não por camadas como no Photoshop. Isso pode facilitar o uso pelos profissionais.
Adobe After Effects
Outra ferramenta da Adobe é o After Effects. Ele é voltado para a animação, sendo importante para a criação de vídeos para diferentes plataformas. Esse programa permite incluir elementos animados nas criações.
Adobe InDesign
Também é possível recorrer ao InDesign. Ele é focado na edição de documentos mais longos, tais como livros, revistas, e-books e infográficos.
Na prática, o programa foca no desenvolvimento de páginas e layouts, possibilitando a edição de mídias impressas e digitais, com diversas funcionalidades para facilitar o trabalho, além de integração com outras ferramentas Adobe.
CorelDraw
Outra ferramenta bastante conhecida é o CorelDraw. Ele é mais simples que os softwares da Adobe, mas consegue entregar diversas funcionalidades para os designers — especialmente quem ainda está começando. Isso porque o programa é mais intuitivo, o que pode facilitar o aprendizado sobre o uso do sistema.
Na prática, ele consegue concentrar funcionalidades do Photoshop, InDesign e Illustrator, com algumas limitações. Por outro lado, ele também tem um custo mais acessível.
Sketch
O Sketch é focado no desenvolvimento de interfaces digitais, trazendo uma ferramenta completa que permite desde o planejamento até a criação do projeto. Ele ainda permite a colaboração em tempo real, auxiliando nos trabalhos desenvolvidos em equipe.
Entretanto, o programa é limitado ao MacOS — o que pode ser um impeditivo ao seu uso.
What the Font
Ao considerar o que faz um designer, é preciso lembrar da escrita. Afinal, não são só desenhos, fotos e imagens que compõem o seu trabalho. Por isso, também é necessário escolher as fontes ideais — e o WhatTheFont pode ajudar. O site ajuda a identificar fontes utilizadas em imagens na internet para que você possa aplicá-las em seus projetos.
Paletton – The Color Scheme Designer
A escolha das cores é fundamental no design, mas nem sempre é fácil encontrar a paleta ideal. O Paletton – The Color Scheme Designer ajuda nesses momentos. Com ele, o designer consegue ver cores complementares, adjacentes, tríades e diversas combinações para ajudar no desenvolvimento do projeto.
Canva
Quem busca ferramentas totalmente gratuitas para criar designs pode recorrer ao Canva. Ele é utilizado via navegador e permite desenvolver projetos de diferentes tipos de imagens. Uma das vantagens são os templates, que facilitam o uso por quem ainda está iniciando a jornada profissional.
Bancos de imagens
Os bancos de imagens são sites que reúnem vários tipos de figuras, fotografias, vetores e mais. O uso pode ser pessoal, comercial ou ambos. Por sua vez, podem existir opções gratuitas e pagas.
Os designers gráficos que recorrem aos bancos de imagens grátis utilizam os arquivos para diferentes finalidades. Por exemplo, ilustração de artigos, banners, livros e revistas, campanhas publicitárias etc.
Quais são os principais livros da área?
Conhecendo o que faz um designer gráfico, as possibilidades do mercado e o perfil do profissional, é possível notar que o aprendizado deve ser constante. Para tanto, além de fazer cursos, vale a pena conferir livros de design gráfico, que podem aprofundar os seus conhecimentos ou ajudar a trilhar o aprendizado de novos assuntos. Confira as principais obras!
“A Psicologia Das Cores”, de Eva Heller
As cores têm um papel fundamental no design, assim vale a pena estudar a sua psicologia e como elas afetam as pessoas. Nessa obra, você aprenderá os impactos das cores nos sentimentos, como elas podem combinar e de que maneira esses elementos devem ser pensados na composição de diferentes tipos de designs.
Para aumentar o seu conhecimento, o livro traz estudos científicos a respeito do tema e a preferência do público sobre diferentes cores. Assim, a obra pode ser interessante para diversos ramos, como vestuário, arquitetura, publicidade, desenvolvimento de produtos, etc.
“Branding + Design”, de Sandra Ribeiro Cameira
Quem se interessa pela identidade visual das marcas e logomarcas, vai se beneficiar dessa obra. Ela fala sobre o branding, que une a criatividade do designer com a gestão de marcas. O livro também traz estudos de casos a partir de projetos reais que passaram por mudanças de marca com o processo de branding, trazendo insights importantes para os profissionais da área.
“Princípios Universais Do Design”, de William Lidwell
Esse é um livro que serve como base para o aprendizado, trazendo diversos conceitos da área de maneira descomplicada. Assim, ele aborda princípios da profissão e fala sobre o que faz um designer gráfico ao demonstrar como os aspectos podem auxiliar no desenvolvimento da carreira.
“Dicionário De Símbolos”, de Jean Gheerbrant Alain Chevalier
A simbologia também faz parte do universo do design. Por isso, o livro reúne anos de reflexão e estudos a partir da cultura e evolução histórica para entender mais sobre a linguagem simbólica e a sua relação com camadas ocultas do cérebro — trazendo efeitos para as criações.
“Fundamentos Essenciais Da Ilustração”, de Andrew Hall
Quem tem foco em aprimorar a capacidade de desenvolver ilustrações e imagens, pode recorrer a essa obra. Ele traz uma linguagem bastante acessível para abordar os variados aspectos da construção de uma imagem. Ao longo do livro, você aprenderá desde técnicas básicas de ilustração até boas práticas para a carreira.
“Pensar Com Tipos”, de Ellen Lupton
Você já viu que as fontes são relevantes para o design, certo? Porém, é preciso se aprofundar ainda mais e estudar um conceito mais amplo: a tipografia. É isso que a obra faz. O livro ajuda a pensar com a tipografia, falando dos diferentes aspectos envolvidos e a sua aplicação, abordando três seções que tratam separadamente de letras, textos e diagramas.
“Design Para Quem Não É Designer: Princípios De Design e Tipografia Para Iniciantes”, de Robin Williams
Como o próprio nome diz, a obra é um prato cheio para quem quer conhecer mais sobre a área. A autora explica conceitos básicos de design, ajudando a trazer um aspecto mais profissional para as peças desenvolvidas ao falar a respeito de contraste, alinhamento, repetição e proximidade.
Também há uma parte dedicada à tipologia, falando sobre os diferentes tipos de fontes e suas combinações. Esse pode ser um ótimo ponto de partida para avaliar o seu alinhamento com a carreira e dar as noções básicas para iniciar o seu desenvolvimento profissional.
O que é UX e UI design?
Ao estudar sobre o que faz um designer gráfico, é comum se deparar com termos como UX e UI. Todavia, eles podem causar confusão, exigindo atenção para entender o que significam e o que diferencia os conceitos.
O termo UI design significa User Interface Design (design de interface do usuário). A área tem como foco desenvolver interfaces de fácil visualização e que sejam agradáveis para os clientes. Ela tem maior relação com a primeira impressão, pensando no conforto, usabilidade, eficiência e facilidade no uso.
Já o UX design significa User Experience Design (design de experiência do usuário). Ele tem mais relações com as sensações vivenciadas pelo cliente, buscando a entrega de uma melhor experiência. Assim, ela é mais ampla que o UI design e tem ligação com a emoção, buscando entregar maior satisfação e sentimentos positivos ao usuário.
Dessa forma, ambas as áreas geram interesse no mercado, que busca profissionais especializados tanto em UX quanto em UI. Logo, pode ser interessante buscar formas de aprimorar os seus conhecimentos em um desses segmentos para entregar mais diferenciais aos seus clientes.
Qual é o papel do design thinking na vida de um designer gráfico?
O design thinking é uma abordagem aplicável em diversos ramos e profissionais, não apenas aos designers gráficos. Ele consiste em um processo de pensamento relacionado aos projetos, buscando a resolução de problemas de maneira criativa, conforme as necessidades do público ou cliente.
Portanto, na hora de desenvolver soluções, o profissional deve ter foco no usuário, exercitando a empatia e a humanização. Para o designer gráfico, isso significa que suas criações devem sempre partir da análise sobre o mercado e o público, para compreender as dores e fazer entregas mais alinhadas.
Vale a pena fazer cursos no exterior para essa profissão?
Ao considerar uma profissão, é bastante comum se perguntar sobre a possibilidade de estudar no exterior. Isso pode acontecer por diversos motivos: aproveitar a oportunidade de fazer um intercâmbio, turbinar o currículo ou, até mesmo, buscar chances de conseguir um emprego e se mudar para outro país.
Uma das vantagens é a possibilidade de ter contato com mais culturas e visões diferenciadas a respeito do design, permitindo que você tenha mais destaque no mercado.
Se você acredita que esse tipo de curso faz sentido para a sua carreira, pode ser interessante estudar fora do Brasil. Nesse caso, vale pesquisar alternativas à distância — caso não queira se mudar temporariamente — ou presenciais.
Em todos os casos, você precisará de formas de pagar os valores correspondentes na moeda do país do curso. Para isso, conte com a Remessa Online — uma plataforma especializada em remessas internacionais. Desse modo, você consegue efetuar os pagamentos de maneira prática e segura, com o melhor custo-benefício do mercado.
Agora que você sabe o que faz um designer gráfico, poderá avaliar se a carreira é interessante para o seu perfil e objetivos profissionais. Em caso positivo, vale buscar cursos — dentro e fora do Brasil — para desenvolver e aprimorar habilidades. Assim, será mais fácil encontrar boas oportunidades para atuar e ter uma jornada de sucesso.
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Resumindo
É a área profissional que cria peças gráficas para entregar diferentes mensagens e experiências ao público.
O designer gráfico é o profissional que atua nessa área do design e cria projetos de comunicação visual. A remuneração varia conforme o modelo de contratação, geralmente a partir de R$1.500 em estágios iniciais da carreira.
– Adobe Photoshop;
– Adobe Illustrator;
– Adobe After Effect;
– Adobe InDesign;
– CorelDRAW;
– Sketch;
– What the Font;
– Color Scheme Designer;
– Canva.
– “A Psicologia das Cores”, de Eva Heller;
– “Branding + design”, de Sandra Ribeiro Cameira;
– “Princípios Universais do Design”, de William Lidwell;
– “Dicionário de Símbolos”, de Jean Gheerbrant Alain Chevalier;
– “Fundamentos Essenciais da Ilustração”, de Andrew Hall;
– “Pensar Com Tipos”, de Ellen Lupton;
– “Os Elementos do Estilo Tipográfico”, de Robert Bringhurst;
– “Design Para Quem não É Designer: Princípios de Design e Tipografia Para Iniciantes”, de Robin Williams.