Ouro Preto: saiba o que fazer e curiosidades sobre a cidade

Ouro Preto é uma cidade localizada em Minas Gerais e detém grande importância histórica no Brasil. Fundada durante o ciclo do ouro no século XVIII, ela rapidamente se tornou um dos principais centros da mineração do país. Hoje, seu conjunto arquitetônico e cultural é preservado, sendo reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Visitar Ouro Preto é como dar um passo para o passado. Suas ruas de paralelepípedos, ladeadas por casarões coloniais e igrejas barrocas, encantam muitos visitantes. A cidade mantém viva a herança artística e cultural dos tempos coloniais, especialmente nas obras de artistas como Aleijadinho, que deixou marcas na cidade.

Se você está planejando explorar Ouro Preto, há muito o que descobrir: desde os principais pontos turísticos até curiosidades sobre o local. Continue lendo para saber mais sobre o que fazer e conhecer nesse destino histórico.

Porque a cidade se chama Ouro Preto?

A cidade recebeu o nome de Ouro Preto devido ao tipo de ouro encontrado na região, que era recoberto por uma camada de óxido de ferro, o que lhe conferia uma coloração escura. Antes de ser renomeada, a cidade era chamada de Vila Rica.

Por que Ouro Preto é famoso? 

Ouro Preto é famoso por seu importante papel durante o ciclo do ouro no Brasil colonial, por seu conjunto arquitetônico bem preservado, que reflete o barroco brasileiro, e por ser berço de artistas, como Aleijadinho. Ainda cidade é conhecida por suas igrejas históricas, como a de São Francisco de Assis, e por ser um Patrimônio Mundial da UNESCO, destacando-se como um dos principais destinos turísticos culturais do Brasil.

Quem fundou Ouro Preto?

Ouro Preto foi fundada por bandeirantes, sendo Antônio Dias de Oliveira e o padre João de Faria Fialho figuras centrais no processo de descoberta do ouro na região e estabelecimento do núcleo inicial da cidade, no final do século XVII.

O que fazer em Ouro Preto?

1. Visitar a Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar, arquitetura imponente com ornamentos barrocos

A Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar, localizada em Ouro Preto, é uma das igrejas mais importantes do Brasil, com destaque pela sua arquitetura imponente e ornamentação barroca. Construída no século XVIII, ela abriga retábulos e altares ricamente decorados, além de um acervo de arte sacra que inclui pinturas e esculturas que representam figuras religiosas importantes. A nave poligonal da igreja é um dos seus maiores destaques arquitetônicos, com uma estrutura que impressiona pela grandiosidade.

2. Conhecer o Museu da Inconfidência, que preserva a memória da Inconfidência Mineira

O Museu da Inconfidência, situado na Praça Tiradentes, é um dos principais pontos turísticos de Ouro Preto. Ocupando o prédio histórico da antiga Casa de Câmara e Cadeia, o museu preserva a memória da Inconfidência Mineira e oferece uma visão detalhada da história colonial e do ciclo do ouro em Minas Gerais. 

Seu acervo inclui documentos históricos, peças de arte barroca e objetos relacionados à cultura mineira, como esculturas, mobiliário e itens litúrgicos.

3. Passar pela Praça Tiradentes, local símbolo da luta pela independência 

A Praça Tiradentes é o coração histórico de Ouro Preto. Localizada no centro da cidade, é onde a cabeça de Tiradentes foi exposta após sua execução, tornando-se um símbolo da luta pela independência. Hoje, a praça abriga monumentos e museus, como o Museu da Inconfidência, que retrata a história do Brasil colonial e o movimento da Inconfidência Mineira. O espaço também é cercado por construções coloniais e é um ponto de encontro para turistas que desejam explorar a cultura local.

4. Apreciar a natureza nas cachoeiras do Parque das Andorinhas

Se você busca contato com a natureza em Ouro Preto, o Parque das Andorinhas é o destino ideal. Situado a poucos quilômetros do centro, o parque conta com trilhas e cachoeiras, como a Cachoeira Véu da Noiva, onde os visitantes podem se refrescar e aproveitar o dia ao ar livre. A área é perfeita para quem quer praticar atividades ecológicas e explorar a biodiversidade local.

4 curiosidades sobre Ouro Preto 

1. Vila Rica já foi a maior aglomeração humana da América Latina, com cerca de 40 mil habitantes em 1730

Por volta de 1730, Vila Rica, atual Ouro Preto, foi a maior aglomeração urbana da América Latina, com cerca de 40 mil habitantes. Esse crescimento ocorreu durante o auge do ciclo do ouro, período marcado pela intensa atividade mineradora e pela construção de grandes obras barrocas na cidade.

2. A cidade é conhecida pelo artesanato em pedra-sabão que podem ser encontradas em feiras e lojas

O artesanato em pedra-sabão é uma das tradições mais conhecidas de Ouro Preto. As peças, muitas vezes inspiradas na arte barroca, são trabalhadas com habilidade local e podem ser encontradas em feiras e lojas espalhadas pela cidade. A Feira de Pedra-Sabão, localizada em frente à Igreja de São Francisco de Assis, reúne mais de 50 bancas oferecendo joias, pedras preciosas, peças decorativas e artigos bordados. 

3. Ouro Preto é a cidade dos chafarizes, elementos decorativos das praças 

Ouro Preto é conhecida como a cidade dos chafarizes, que fazem parte de seu patrimônio histórico. Cerca de 20 chafarizes estão espalhados pelas praças e ruas, sendo construções que datam dos séculos XVIII e XIX. Originalmente, eles tinham a função de abastecer a população com água e também serviam como elementos decorativos. 

Entre os chafarizes mais notáveis estão o Chafariz do Museu da Inconfidência, o Chafariz da Rua Barão de Ouro Branco e o Chafariz dos Contos. 

4. Expressões populares surgiram em Ouro Preto, como “sem eira e nem beira”

Algumas expressões populares surgiram em Ouro Preto durante o ciclo do ouro, como “Santo do pau oco” que se refere à prática de esconder ouro e diamantes em imagens religiosas ocas, como forma de contrabando. “Pé rapado” era usado para descrever pessoas humildes, que precisavam raspar os pés antes de entrar em locais, devido à sujeira acumulada nas caminhadas. 

Além disso,”Sem eira nem beira” indicava pobreza, já que casas simples não tinham os detalhes pomposos nos telhados. A expressão “feito nas coxas” remete à fabricação irregular de telhas, feitas por escravos, o que resultava em telhados desalinhados.

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Resumindo

Crédito de imagem: Envato Elements