Mercado comemora que uma primeira fase do acordo comercial entre Estados Unidos e China foi assinada nesta quarta (15), mas especialistas são cautelosos e preveem que discussões sobre parcerias entre os dois países ainda vão se prolongar por um bom tempo.
Bom dia Brasil!
Finalmente a primeira fase do acordo entre Estados Unidos e China foi assinada e não decepcionou. É isso o que mostram todos os veículos de mídia lá fora.
As bases do acordo comercial já eram conhecidas. A China vai ter que comprar muito mais dos Estados Unidos e as tarifas e impostos que são colocadas pelos americanos em cima dos chineses vão vigorar até novembro quando são as eleições americanas.
Essa disputa é uma disputa maior – é uma disputa pela supremacia digital no mundo. Eu não sei se vocês sabem, mas Estados Unidos e China juntos são responsáveis por 50% do investimento em internet no mundo.
No ano passado já nos avisou o fundador da Alibaba, Jack Ma, na CNN: essa é uma disputa, uma guerra comercial, muito grande. Não tem como um assunto desse tamanho ser resolvido de maneira rápida. Isso vai demorar.
As bolsas lá fora estão reagindo de maneira positiva. Os Estados Unidos sobe 0,2% e a Europa está praticamente no zero a zero. E o dólar está sob controle.
Aqui a bolsa caiu ontem. Caiu 1%, nada demais. Foi por conta de vendas do varejo que vieram abaixo do esperado. Isso fez com que a probabilidade de cortes de juros para fevereiro aumentasse. Um juros que, se for para 4,25% será bom para a bolsa, bom para o PIB do país, é bom para o governo, bom par todo mundo.
O dólar foi para R$4,18 mas ainda é cedo para dizer se ele vai ficar por ali. O Banco Central nos disse que isso é pré-pagamento para o exterior. Então não dá para saber se vai transferir para a inflação.
Bom meus amigos, acho que isso é o mais importante do dia.
Eu sou o Pablo, bons negócios!
Vai tourinho!
Pablo Spyer é diretor da Mirae Asset CCTVM e conselheiro da Ancord.