Vírus na China ainda impacta fortemente o mercado global. Bolsas dos Estados Unidos e da Europa estão estáveis e bolsa brasileira recupera queda de terça-feira. Dólar segue alto mas recuou em relação a ontem.
Bom dia Brasil!
Hoje as principais notícias do dia vêm se fora. A começar pelo Banco Central europeu que disse que vai rever sua estratégia de estímulo de inflação e crescimento por lá. Ontem a bolsa brasileira apenas recuperou a queda da terça-feira causada pelo vírus.
As autoridades chinesas colocaram a cidade de Wuhan em quarentena ontem a noite. Essa foi a cidade onde apareceu o vírus pela primeira vez. Ninguém entra, ninguém sai. Isso trouxe nervosismo para os investidores chineses e a bolsa da China fechou na pior queda na véspera de um feriado lunar.
Pelo menos nas bolsas dos Estados Unidos as coisas estão mais tranquilas e na Europa também. A bolsa não está caindo nem 0,1% por lá.
Aqui no Brasil a agenda traz inflação e o IPCA15 vai mostrar se a inflação segue pressionada ou não pelo preço da carne, o que pode ajudar o Banco Central a continuar sua trajetória de cortes de juros.
De Davos temos duas boas notícias: o ministro Paulo Guedes disse que o Reino Unido quer fazer um acordo de livre-comércio urgente com o Brasil assim que o Brexit for aprovado. Aliás, foi aprovado ontem no parlamento e segue para a assinatura da rainha.
A segunda notícia importante é que o UPS, aquela empresa americana, está interessada na privatização dos Correios aqui. Isso também é música. O dólar que estava a R$4,20 teve a maior queda, foi para R$4,17.
Nesse vaivém da bolsa, o risco país, a nota de crédito do Brasil segue sob controle e abaixo de 100 pontos. Nível de país com selo de bom pagador. País com grau de investimento. Mas a Moody’s mandou um recado para o Brasil: para vocês voltarem a ter grau de investimento, crescimento e reformas têm que andar juntos. Eu sou o Pablo, bons negócios!
Pablo Spyer é diretor da Mirae Asset CCTVM e conselheiro da Ancord.