Visão Geral
O dólar comercial fechou a quarta-feira (01) com variação de -1,1%, valendo R$5,1794, após ter começado o dia cotado a R$5,2369. O Euro fechou o pregão com variação de -0,2%, a R$5,5249, após ter iniciado o dia em R$5,5386.
O dólar iniciou esta quinta-feira (02) cotado a R$5,1796, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,5262. Acompanhe nossa análise diária.
Agenda de hoje
Exterior
07h00 – Zona do Euro – Taxa de desemprego (jan)
07h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao consumidor (P) (fev)
09h30 – Zona do Euro – Ata da reunião de política monetária
11h45 – EUA – Pedidos de auxílio desemprego (semanal)
22h45 – China – PMI composto
Brasil
05h00 – FIPE: IPC (fev)
09h00 – PIB (4º trimestre)
Sem horário definido – Emplacamento de veículos (fev)
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
O Brasil finalmente conheceu o resultado do PIB do ano passado. Dados do IBGE mostraram que o PIB brasileiro cresceu 2,9% em 2022, apesar da queda de 0,2% no último trimestre do ano.
O resultado, pela ótica da demanda, foi amplamente influenciado pelo recuo dos investimentos. Só no último trimestre do ano houve queda de 1,1%.
As quedas dos investimentos e do PIB na margem são reflexo dos impactos recessivos que a Selic em 13,75% pode causar. Em outras palavras, a despeito de todo esforço do governo anterior em estimular a demanda por meio da injeção maciça de recursos na economia, a desaceleração provocada pela política monetária recessiva já se fazia sentir nos últimos meses do ano passado.
O mercado abriu o dia sem direção refletindo o clima de incerteza em torno da inflação e da política monetária na Zona do Euro.
Real x Euro
Dados preliminares da inflação europeia endossaram o que foi visto ao longo desta semana com os dados regionais. A inflação está de volta.
É verdade que a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 8,6% em janeiro para 8,5%, mas o núcleo de inflação, medida mais relevante aos operadores da política monetária local, subiu de 5,3% para 5,6%.
Como resposta ao recente comportamento da inflação na Zona do Euro, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que um novo aumento de 0,50% nos juros deve ser aprovado na reunião de política monetária deste mês e que o banco deve “seguir esse caminho nos próximos meses”.
Neste sentido, é importante que o BCE tenha o mesmo fôlego que a inflação subjacente da Zona do Euro, não apenas com a intenção de debelar a inflação mas para evitar que um novo movimento de fuga de capitais europeus em direção aos Estados Unidos ocorra.
A tendência do dia é de valorização do real.
Seguimos de olho.