Economia e mercado

Por que Joe Biden quer dar uma mãozinha ao FED?

Visão Geral

O dólar comercial fechou a terça-feira (21) com variação de -1,0%, valendo R$5,1255, após ter começado o dia cotado a R$5,1777. O Euro fechou o pregão com variação de -0,8%, a R$5,3996, após ter iniciado o dia em R$5,4435.

A moeda americana iniciou esta quarta-feira (22) cotada a R$5,1262, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,4016.

Agenda de hoje 

Exterior

03h00 – Reino Unido – Índice de preços ao consumidor (mai)

04h00 – Zona do Euro – Reunião de política monetária do BCE

11h00 – Zona do Euro – Confiança do consumidor (jun)

10h30 – EUA – Discurso de Jerome Powell, presidente do FED no Senado

Brasil

11h30 – BC oferta até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

O medo de uma desaceleração econômica mais importante no segundo semestre, produzida, sobretudo, pelos impactos recessivos das políticas monetárias contracionistas, derrubaram os preços de algumas commodities importantes nesta quarta-feira.

Um dos elementos que ajudam a explicar essa queda é a expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncie a suspensão temporária, por três meses, dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis.

Apesar de benéfica, a suspensão temporária dos impostos parece uma medida desesperada para diminuir, na marra, a inflação local. Se serão necessárias medidas adicionais ao aumento dos juros para combater a inflação, será que se espera uma menor efetividade dos juros sobre os preços nos próximos meses?

A tendência do dia é de desvalorização da moeda brasileira, refletindo o aumento do clima de incerteza e a precificação de uma crise global já na segunda metade do ano.

Real x Euro

A inflação do Reino Unido continuou aumentando no mês de maio. Segundo o órgão oficial de estatísticas local, a inflação avançou 0,7% no mês passado.

Com o resultado de maio, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 9,1%, o maior nível desde março de 1982. A inflação de 9,1% coloca o Reino Unido como líder na inflação entre os membros do G7.

Hoje pela manhã, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, afirmou que a inflação dentro do bloco econômico do Euro deve permanecer elevada nos próximos meses e só deve começar a convergir para patamares menores após o verão na Europa.

A tendência do dia é de desvalorização da moeda brasileira.

Seguimos de olho.

André Galhardo

Economista-chefe da Análise Econômica, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico.”

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