Economia e mercado

Por que o dólar está caindo tanto? Entenda o que está acontecendo com a moeda

A cotação do dólar comercial abriu, nesta quinta-feira, 4 de julho de 2024, em R$ 5,49, o que representa uma queda de 1,32% no valor da moeda. O dólar estava em alta nas últimas semanas em meio às incertezas do mercado com o governo — ele chegou a ser comercializado a R$ 5,65 no início do mês de julho. Os motivos por que o dólar está caindo hoje incluem a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo cumprirá o arcabouço fiscal e realizará um corte de R$ 25,9 bilhões nas despesas obrigatórias de 2025.

O recado do ministro, dado nessa quarta-feira, 3 de julho de 2024, depois do fechamento dos mercados, ajuda a sanar as dúvidas sobre a política fiscal do mandato do presidente Lula e garante que o governo tirará as contas do vermelho. Segundo Haddad, a redução de gastos deve começar ainda este ano, dependendo da apresentação do relatório de avaliação do orçamento, que acontece no próximo dia 22 de julho.

Por que o dólar está caindo hoje?

O dólar está caindo hoje, porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios previdenciários para 2025, garantindo que o governo cumprirá com o arcabouço fiscal. A declaração gerou confiança nos investidores e estabilizou o mercado.

A queda do dólar hoje acontece após um momento econômico turbulento devido a críticas públicas do presidente Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, do medo do mercado com um possível aumento da taxa básica de juros Selic para conter a inflação e da suspeita de que o governo não realizaria cortes orçamentários.

O presidente Lula criticou abertamente o presidente do Banco Central e a política de juros em entrevistas nas últimas semanas, alegando que a Selic a 10,5% ao ano seria alta demais, já que a inflação estaria controlada. Já o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) interrompeu em junho uma sequência de cortes da Selic devido a, em parte, projeções de inflação alta.

Por que o dólar estava alto?

A falta de cortes nas despesas primárias do governo fez com o que o dólar alcançasse valores altos desde abril de 2024. Isso gerou desconfiança do mercado em relação ao cumprimento do arcabouço fiscal e fez com que investidores buscassem proteção na moeda norte-americana. A garantia de corte nos gastos por parte do governo voltou a gerar confiança ao mercado e, por isso, o dólar está caindo hoje no Brasil.

O cumprimento do arcabouço fiscal serve como garantia de que o governo não gastará mais do que arrecada. Consequentemente, isso atrai investimentos estrangeiros, o que aumenta o fluxo de dólar no país e fortalece o real, além de diminuir a inflação e cortar a taxa de juros Selic.

Qual é a tendência do dólar para os próximos dias?

A tendência do dólar nos próximos dias é de desvalorização. A queda recente do dólar no Brasil segue uma tendência internacional, influenciada pelo anúncio do presidente do FED (banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, sobre a iminente desinflação nos EUA, o que pode levar à redução dos juros. O feriado de 4 de julho nos EUA também contribui para o enfraquecimento da moeda. Além disso, a divulgação do relatório de emprego americano nesta sexta-feira, 5 de julho, pode afetar as decisões do FED — menos empregos pode indicar uma possível desaceleração econômica e corte nos juros.

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Resumindo

Por que o dólar está caindo hoje?

O dólar está caindo hoje, porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios previdenciários para 2025, garantindo que o governo cumprirá com o arcabouço fiscal. A declaração gerou confiança nos investidores e estabilizou o mercado.

Qual é a tendência do dólar para os próximos dias?

A tendência do dólar é de desvalorização devido à iminente desinflação nos EUA, que pode levar à redução dos juros, e ao feriado de 4 de julho, que enfraquece a moeda. O relatório de emprego americano em 5 de julho também pode influenciar cortes nos juros caso indique uma desaceleração econômica.

Williane Magalhães

Relações Públicas por formação e pós graduada em Design Digital e Novas Mídias. Analista de Conteúdo na Remessa Online com ampla experiência em produção de conteúdo para o mercado de finanças pessoais e empreendedorismo.

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