Real fecha o ano sob intensa pressão

Visão Geral

O dólar comercial fechou a quarta-feira (29) com variação de +1,2%, valendo R$5,7032, após ter começado o dia cotado a R$5,6365. O Euro fechou o pregão com variação de +1,5%, a R$6,4720, após ter iniciado o dia em R$6,3752.

A moeda americana iniciou esta quinta-feira (30) cotada a R$5,6917, e o Euro abriu o dia cotado a R$6,4609.

Agenda de hoje 

Exterior

05h00 Espanha – Índice preliminar de preços ao consumidor (dez)

10h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)

11h45 – EUA – Índice de atividade industrial (dez)

15h00 – EUA – Contagem de sondas ativas de petróleo Baker Hughes

22h00 – China – Índice PMI composto (dez)

22h00 – China – Índice PMI do setor de serviços (dez) 

Brasil

08h00 – Índice de confiança do empresário ICE (dez)

09h30 – Contas públicas do setor público consolidado (nov)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar: estava “tudo combinado” para mais um dia de relativa calmaria no mercado de câmbio por aqui, eis que a moeda norte-americana avançou forte contra a moeda brasileira nesta quarta-feira.

Esse é, de fato, um péssimo recado ao investidor doméstico brasileiro, afinal de contas, além do câmbio, a queda de 0,72% no Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, destoou bastante dos novos recordes alcançados pelos principais índices das bolsas norte-americanas.

De modo geral já estão precificando a corrida eleitoral do ano que vem e o endurecimento da política monetária por aqui.

O real deve continuar perdendo força em relação ao dólar no dia que o mercado espera pela última leitura dos novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos. A depender desta variável, a pressão pela desvalorização da moeda brasileira pode tornar-se ainda mais forte.

Real x Euro: do outro lado do Atlântico, o instituto nacional de estatísticas da Espanha publicou hoje a leitura preliminar da inflação ao consumidor relativa ao mês de dezembro.

A expectativa do mercado era de que o número ficasse em torno de +0,3%, mas o número divulgado foi de +1,3%.

Com este resultado a inflação anual tocou os 6,7% em termos anuais, a taxa mais elevada desde março de 1992.

Este cenário de inflação persistente na Europa e nos Estados Unidos coloca ainda mais pressão sobre o real, à medida que o aumento de preços deve obrigar os bancos centrais dos países desenvolvidos a dar uma resposta contundente para controlar os índices de preços.

A leitura preliminar da inflação da Espanha é um sinal de alerta para os bancos centrais dos países subdesenvolvidos como o Brasil.

A tendência diária é de desvalorização da moeda brasileira.

Seguimos de olho.

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