Economistas e analistas têm alimentado crescente otimismo quanto à recuperação da economia dos Estados Unidos. Parte relevante desse otimismo está baseado nos dados recentes do país.
Na quinta-feira (28), o Departamento de Emprego dos Estados Unidos divulgou os dados de pedidos de seguro-desemprego que indicaram 406 mil novos pedidos. O resultado veio abaixo da expectativa de 425 mil pedidos e é o menor número registrado durante a pandemia.
Além disso, a segunda prévia do PIB dos EUA registrou crescimento de 6,4% da economia estadunidense no primeiro trimestre de 2021, segundo o Departamento de Comércio dos EUA. O dado veio aquém das expectativas de economistas e outros analistas, mas reforça a recuperação econômica do país.
Parte expressiva desse resultado foi por conta dos gastos dos consumidores durante o primeiro trimestre. O crescimento foi revisto para uma taxa anualizada de 11,3% no primeiro trimestre, de 10,7% originalmente relatados na primeira prévia do índice divulgada em abril.
Os dados são vistos como mais um sinal positivo da retomada do crescimento econômico estadunidense, junto à aceleração da inflação. Contudo, como temos alertado, apesar de ainda estar em um patamar controlado, a inflação estadunidense gera algumas preocupações e deixa em alerta economistas e analistas.
Caso a inflação acelera ainda mais, a política monetária precisará agir e isso pode colocar em risco o ritmo de retomada, dependendo da intensidade da inflação e da política monetária em questão. Por fim, até quarta-feira (26), os EUA haviam vacinado 49,36% da população, de acordo com dados compilados pela plataforma Our World in Data.
Com este pano de fundo, a moeda estadunidense abriu a segunda-feira (24), cotada a R$ 5,3664. Já nesta sexta-feira (28), a moeda abriu o pregão cotada a R$ 5,2393. Com isso, vimos uma apreciação do Real de aproximadamente 2,37% ao longo desta semana, retomando a tendência de apreciação do Real em função das melhores expectativas com o dólar e a economia estadunidense.