O mercado está menos otimista esta semana. O dólar perdeu força em relação ao Real. Parte da explicação deste fenômeno se dá pelo ceticismo com o pacote de estímulos anunciado pelo presidente eleito Joe Biden.
Em reunião com representantes dos sindicatos estadunidenses, Biden anunciou que os EUA precisará de estímulos em 2021, portanto, antecipou que seu plano econômico criará três milhões de empregos e que elevará o salário mínimo a US$ 15 por hora (métrica mais usada nos EUA e outras partes do mundo).
E não podemos nos esquecer que, apesar de um reconhecimento tímido da vitória de Biden pelo atual presidente Donald Trump, a transição de poder ainda não avançou, haja vista o questionamento constante de Trump acerca do resultados das eleições.
Por fim, não podemos esquecer que a China avançou e liderou a constituição do maior pacto comercial do mundo. Apesar de um escopo limitado, o acordo, chamado de Parceria Regional Econômica Abrangente (RCEP, na sigla em inglês) envolve, além da China, outros 14 países da Ásia e Pacífico.
A relevância deste acordo reside em ser um contraponto ao Acordo Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês), liderado pelo ex-presidente Barack Obama e abandonado pelo atual presidente Donald Trump e, aos poucos, consolida o poder da China como potência econômica mundial.
Em meio a esse cenário, a moeda americana abriu a segunda-feira (16), cotada a R$ 5,4148. Por outro lado, nesta quinta-feira (19), a moeda americana abriu o pregão cotada a R$ 5,3805. Com isso, vimos uma apreciação do Real de aproximadamente 0,64% ao longo desta semana.
Confira o De Olho no Câmbio #98, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Euro.
