Há aproximadamente um mês, temos visto, semana a semana, o número de pedidos de seguro desemprego nos EUA subirem fortemente.
O total de pedidos já supera os 20 milhões.
A divulgação dos pedidos de seguro desemprego deixou o mundo todo em alerta para uma possível recessão muito maior do que se poderia imaginar.
Até que, no dia 14/abr, vieram os dados do Fundo Monetário Internacional.
O FMI projeta queda de 3% na economia global em 2020.
Trata-se da maior queda desde a Grande Depressão, em 1929.
Ou seja, há quase um século que não víamos uma queda tão brusca da atividade econômica.
No Brasil, ainda segundo o FMI, a queda deve ser de 5,3% em 2020.
O dado é bem diferente do projetado pelo mercado e ainda é mais profundo do que a nossa projeção inicial de queda de 5%.
E para fechar o cenário da semana, o PIB da China no 1º tri encolheu 9,8% pela primeira vez na série histórica, afetado pelo coronavírus.
Na tradicional comparação feita pelos órgãos estatísticos de entre os trimestres anualizados (1º tri.2019 x 1º tri.2020), a queda foi de 6,8%.
Mas, apesar dos dados econômicos ruins e de situações políticas conturbadas – como é o caso do Brasil -, o mercado reage de forma relativamente positiva, graças aos possíveis avanços de vacinas contra o Covid-19, especialmente após a notícia de que o medicamento experimental da Gilead Sciences, Remdesivir, mostrou resultados encorajadores em testes para avaliar sua eficácia no tratamento.
No mais, não podemos deixar de destacar a polêmica que se refletiu no noticiário mundial da troca do ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) pelo médico oncologista Nelson Teich.
A dúvida que fica no ar é de que se Teich seguirá o mesmo caminho que Mandetta, haja vista que o ápice da crise ainda não chegou.
Com a clareza de que a recessão não será branda, o dólar começou a semana cotado a R$ 5,1219 na abertura do pregão de segunda-feira (13) e, na abertura do pregão desta sexta-feira (17), a moeda estava cotada a R$ 5,2315, uma depreciação de aproximadamente 2,14% do Real.
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