O Real vivenciou uma semana como há muito não vivia. A moeda brasileira se fortaleceu de maneira significativa nesta semana. O ponto alto foi na quinta-feira (22), com o avanço percebido pelo mercado no alinhamento entre agentes políticos em Brasília.
Os desentendimentos entre as casas legislativas e governadores com o executivo federal pressionou de maneira expressiva o Real desde o início da pandemia. O reflexo disso foi percebido nos ativos e, em particular, nas moedas. Investidores consideraram grandes riscos com relação a economia brasileira.
Nessa perspectiva, o diálogo de quinta, onde Bolsonaro pediu e recebeu apoio ao veto à possibilidade de reajuste salarial de servidores públicos representou uma sinalização importante ao mercado.
Pesou a favor da valorização do Real a ação agressiva do Banco Central e o posicionamento do presidente do BC, Roberto Campos Netto, de que a autarquia poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário.
A moeda estadunidense começou a semana cotada a R$ 5,8685 na abertura do pregão de segunda-feira (18) – patamar 1,49% superior em comparação com a abertura da semana anterior.
Complementarmente, já na abertura do pregão de sexta-feira (22), o Dólar alcançou registrou a cotação de R$ 5,5531. Tal movimento na semana representa uma apreciação de aproximadamente 5,37% do Real.
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