Na Zona do Euro, preocupações com o crescimento econômico permanecem latentes. O mercado olha com bastante atenção para o recente e gradual movimento de abertura das economias mais afetadas pelo Covid-19 para compreender e precificar a direção da atividade econômica.
Em meio a esse “laboratório”, O Bank of America divulgou sua projeção para PIB da zona do euro que, segundo a instituição, deve cair 8,3% em 2020. A proposta de França e Alemanha de um programa de 500 bilhões de euros para combater o Covid-19 e recuperar as economias mais afetadas pelo vírus foi percebida como uma mensagem forte.
Os fundos para apoiar o programa de estímulo seriam arrecadados pela Comissão Europeia por meio de títulos, os chamados coronabonds. De todo modo, ainda há uma negociação política com Estados-membros para que o programa saia do campo das intenções.
Nesse interim, o papel do Banco Central Europeu (BCE) será crucial para atenuar os resultados econômicos previstos pelo mercado. O Programa de Compra de Emergência Pandêmica poderá, portanto, dobrar de tamanho e estender-se para 2021..
O Euro abriu o pregão de segunda-feira (18) cotado a R$ 6,3317 com relação ao Real. Trata-se de patamar de abertura semanal 1,91% maior do que o registrado em 11 de maio.
Por outro lado, na abertura desta sexta-feira (22), a cotação foi de R$ 6,0809. Estamos falando, portanto, de uma apreciação do Real de aproximadamente 3,96% frente à moeda europeia.
Com relação ao Dólar, contudo, a moeda europeia ganhou força em magnitude de aproximadamente 1,23%, reforçando expectativas positivas com as ações e posicionamentos vindos do bloco nesta semana.
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