A saga da política monetária na Zona do Euro continua. A ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) mostrou discordância entre as autoridades monetária acerca do cronograma e do tamanho de seu programa de estímulo em resposta à crise do Covid-19.
As críticas vieram particularmente de membros alemães, que declararam que o BCE abusou de seu mandato ao comprar mais de € 2 trilhões. Em resposta, o BCE declarou que já há fartas evidências de que os programas de compras de ativos são eficazes para estimular o crescimento e manter a estabilidade de preços.
Complementarmente, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, declarou que a zona do euro “provavelmente superou” o pior da crise econômica causada pelo Covid-19. Contudo, foi clara ao afirmar que a recuperação será irregular.
Um aspecto importante da avaliação de Lagarde é de que algumas empresas como as do setor aéreo e empresas de entretenimento nunca vão se recuperar, por outro lado, outras empresas sairão mais fortes. Desse modo, a trajetória de recuperação será irregular e transformadora.
Sob essa perspectiva, o Euro abriu o pregão de segunda-feira (22) cotado a R$ 5,9416 em relação ao Real. Trata-se de patamar de abertura semanal 4,59% maior do que o registrado em 15 de junho.
Por outro lado, na abertura desta sexta-feira (26), a cotação foi de R$ 6,0139.
Estamos falando, portanto, de uma depreciação do Real de aproximadamente 1,22% frente à moeda europeia. Com relação ao Dólar (EUR/USD), a moeda europeia manteve o movimento e se fortaleceu aproximadamente 0,3%.
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