Começamos a semana com o dólar cotado a R$4,7825 na segunda-feira (26/jun), um nível 0,7% menor que a abertura da semana anterior (19/jun). A cotação da moeda estrangeira registrou aumento ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (30/jun) cotado a R$4,8638, patamar 1,8% maior que a abertura da sexta-feira anterior (23/jun). Entre as aberturas desta sexta (30) e da última segunda-feira (26), vimos uma desvalorização do Real em relação ao dólar de 1,8%.
A última semana foi marcada pela divulgação de importantes indicadores econômicos dos Estados Unidos. Indicadores que atestam que a maior economia do mundo continua em um ritmo muito acima do que é desejado pelo Federal Reserve.
A bola da vez é o mercado de trabalho. Mesmo com o inquestionável esforço do banco central norte-americano para desacelerar a economia via aumento de juros, o volume de licenças para construção de novas casas e de vendas de residências segue muito forte nos Estados Unidos.
Esse comportamento resiliente do mercado imobiliário, bem como os sólidos números do mercado de trabalho mostram que o risco de uma retomada da inflação permanece elevado e que o caminho para um cenário macroeconômico mais benigno exija novas elevações de juros.
Essa leitura, de que novos aumentos da taxa de juros são praticamente inevitáveis nos Estados Unidos tem provocado uma forte onda de valorização do dólar não apenas em relação ao real, mas sobre todas as divisas não-conversíveis.
Confira no De Olho no Câmbio #231 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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