Começamos a semana com o dólar cotado a R$4,7735 na segunda-feira (24/jul), um nível 0,30% menor que a abertura da semana anterior (17/jul). A cotação da moeda estrangeira registrou queda ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (28/jul) cotado a R$4,7477, patamar 1,1% menor que a abertura da sexta-feira anterior (21/jul). Entre as aberturas desta sexta (28) e da segunda-feira da semana anterior (17), vimos uma valorização do real em relação ao dólar de 0,9%.
Após os primeiros indícios de desaceleração da economia americana, o Fed ainda assim optou por elevar a taxa de juros nesta quarta-feira (26), por entender que a inflação permanecia resiliente apesar da política monetária contracionista. Apesar disso, nem os dados divulgados nem o aumento de 0,25% foram suficientes para alterar a trajetória do real, que se valorizou ao longo da semana.
No Brasil, a maioria dos indicadores foram favoráveis à tendência de valorização da moeda brasileira. Os três índices de preços divulgados esta semana, o IPCA-15 e o IGP-M de julho, assim como o IPP acerca do mês anterior, apresentaram deflação em seus respectivos períodos.
Ao mesmo tempo, os números divulgados pelo Ministério do Trabalho e pelo IBGE apontam para uma redução na taxa de desemprego, de 8,3% para 8,0%. No total, foi registrada a criação de 157.000 novos postos em junho.
Não apenas o Brasil vem se mostrando mais efetivo em controlar a inflação, mas sua atividade econômica também apresentou melhores resultados ao longo da semana. Embora os resultados do PIB trimestral americano, que apresentaram um crescimento de 2,4% no segundo trimestre, tenham surpreendido o mercado, é importante ressaltar que o valor se refere aos meses de abril, maio e junho, quando a atividade econômica americana ainda não havia sentido os efeitos da política monetária.
Apesar de entender que a desaceleração é essencial para controlar o aumento no nível de preços, o Fed ainda não foi capaz de garantir seu tão desejado “pouso suave” para a economia americana; de forma que, até o momento, os EUA apenas colheram o ônus de sua política monetária, sem quase nenhum benefício para mostrar em contrapartida.
Confira no De Olho no Câmbio #235 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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