Começamos a semana com o dólar cotado a R$4,9442 na segunda-feira (4/dez), um nível 0,8% maior que a abertura da semana anterior (27/nov). A cotação da moeda estrangeira registrou queda ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (8/dez) cotado a R$4,9070, patamar 0,3% menor que a abertura da sexta-feira anterior (1/dez). Entre as aberturas desta sexta (8/dez) e da segunda-feira da semana anterior (27/nov), vimos uma desvalorização do real em relação ao dólar de 0,1%.
A despeito dos desafios apresentados ao nível de atividade, como a instabilidade do setor externo e condições climáticas pouco favoráveis à safra de 2024, a expectativa ao longo dos próximos meses é de que o ciclo de cortes na Selic comece a reverberar na economia, contribuindo para uma retomada do crescimento.
Os EUA, por outro lado, seguem em direção inversa. Após uma longa sequência de altas nos juros americanos, a política monetária contracionista passou a desacelerar o mercado de trabalho, como demonstraram as pesquisas ADP e Jolts, ambas divulgadas durante a semana.
As projeções dos mercados são de que o Payroll referente a novembro, principal relatório do mercado de trabalho dos EUA, deve confirmar tal arrefecimento.
Ao mesmo tempo, os números do índice de preços ao consumidor americano, embora muito recentes, também sugerem uma redução das pressões inflacionárias.
O arrefecimento da inflação, bem como os incipientes sinais de que haja um processo de desaquecimento da economia americana, ajudou a reduzir as taxas de rendimento dos títulos públicos de longo prazo nos Estados Unidos. A taxa dos títulos com vencimento em 10 anos voltaram a orbitar os 4% depois de terem quebrado a barreira psicológica dos 5% ao ano, o maior nível em cerca de 16 anos.
Confira no De Olho no Câmbio #254 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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