Começamos a semana com o dólar cotado a R$4,9546 na segunda-feira (12/fev), um nível 0,3% inferior à abertura da semana anterior (05/fev). A cotação da moeda estrangeira registrou relativa estabilidade ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (16/fev) cotado a R$4,9741, patamar 0,4% inferior à abertura da sexta-feira anterior (09/fev). Entre as aberturas desta sexta (16/fev) e da segunda-feira da semana anterior (05/fev), vimos uma desvalorização do real em relação ao dólar de 0,1%.
Durante uma semana relativamente calma, marcada por feriados de carnaval em várias partes do mundo, o real brasileiro experimentou períodos de estabilidade, apesar do foco contínuo no sobreaquecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
No que diz respeito aos indicadores econômicos, surgiram dados ambíguos da economia norte-americana. Por um lado, os números oficiais do comércio varejista e da produção industrial para janeiro mostraram quedas mais acentuadas do que o previsto pelo mercado. No entanto, os dados semanais de novos pedidos de seguro-desemprego sugerem uma economia ainda robusta.
Enquanto os brasileiros celebravam o feriado de carnaval, o governo dos Estados Unidos revelou que a inflação em janeiro foi ligeiramente mais forte do que o esperado, especialmente no que diz respeito à variação do núcleo da inflação, que superou as expectativas. Isso sugere que o processo de desinflação pode ser mais gradual do que o antecipado.
Adicionalmente, a variação nos preços dos produtos importados pelos Estados Unidos pode estar refletindo os primeiros impactos dos aumentos nos preços dos fretes marítimos. Segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), a variação em janeiro foi de 0,7%, o maior percentual desde março de 2022.
Em resumo, alguns indicadores apontam para uma possível desaceleração gradual da economia americana. No entanto, esses sinais foram acompanhados por uma pressão adicional nos preços e por um mercado de trabalho que parece resistir aos efeitos recessivos da política monetária contracionista.
É importante ressaltar que, enquanto a economia dos Estados Unidos não fornecer sinais claros de desaceleração e enquanto a inflação não mostrar uma tendência clara de queda ao longo de 2024, é improvável que o Federal Reserve inicie um ciclo de cortes de juros, o que tem impacto direto no mercado de câmbio.
Confira no De Olho no Câmbio #264 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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