Começamos a semana com o dólar cotado a R$4,9948 na segunda-feira (26/fev), um nível 0,5% superior à abertura da semana anterior (19/fev). A cotação da moeda estrangeira registrou relativa estabilidade ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (1/mar) cotado a R$4,9708, patamar 0,1% superior à abertura da sexta-feira anterior (23/fev). Entre as aberturas desta sexta (1/mar) e da segunda-feira da semana anterior (19/fev), vimos uma desvalorização do real em relação ao dólar de 0,1%.
A moeda americana apresentou forte instabilidade ao longo da semana, refletindo a percepção dos agentes de que o ciclo de cortes de juros começará bem mais tarde nos Estados Unidos.
Com os últimos dados de inflação e desemprego conhecidos, quase não restam mais dúvidas sobre quando o Federal Reserve arriscará fazer a primeira redução na taxa de juros. Dados da CME sugerem que o primeiro corte venha apenas na reunião de junho, e não mais em maio como boa parte dos analistas acreditavam.
Essa percepção, de que a política monetária contracionista prevalecerá, acabou empurrando as taxas de juros de longo prazo para cima. Os títulos públicos com vencimento em 2 e 10 anos, os chamados Treasury Notes, viram seus rendimentos romperem pontos importantes.
Esse aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, por sua vez, provocou uma onda de valorização do dólar. O DXY, que mede a variação do dólar em relação a seis moedas fortes, subiu ao longo desta semana, mostrando que o movimento de valorização da moeda americana se deu também em relação às demais moedas conversíveis como o euro e a libra, por exemplo.
Entre quinta e sexta-feira, o mercado foi em busca de sinais vindos da atividade econômica e do mercado de trabalho, numa tentativa de estimar com mais precisão os próximos passos da autoridade monetária dos Estados Unidos. Dizem que encontraram evidência de que, enfim, o mercado de trabalho estadunidense está perdendo ritmo. Será?
Confira no De Olho no Câmbio #266 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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