Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,1680 na quarta-feira (2/mar). A cotação da moeda registrou uma forte trajetória de queda ao longo da semana e o Dólar abriu o pregão desta sexta-feira (4/mar) cotado a R$5,0223, portanto, uma apreciação do Real pela oitava semana consecutiva, no patamar de aproximadamente 2,82%, movimento forte, após a moeda ter iniciado a semana mais depreciada em comparação com a semana anterior.
É importante ressaltar que o par USD/BRL vem passando por um processo de apreciação desde o início do ano. No primeiro pregão de 2022, a moeda estadunidense iniciou cotada a R$5,5798. Até esta sexta-feira (4/mar), a moeda brasileira já se fortaleceu 9.9%. Vale lembrar também que na quarta-feira (19/fev), o Real atingiu o menor patamar deste ano e fechou a sessão cotado a R$4,9987.
Ou seja, o movimento do dólar mais fraco deve permanecer e, neste momento, a cotação continua pautada fortemente pelos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia, principalmente pelo papel diplomático dos EUA no conflito que, segundo o noticiário, optou por não fomentar um conflito direto, mas por impor sanções econômicas à Rússia.
Mas o ponto alto desta semana, em meio ao feriadão no Brasil, foi o State of the Union, discurso sobre o Estado da União apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos ao Congresso. Apesar de um discurso, trata-se de um relatório que reporta as condições do país, apresenta a proposta legislativa do Executivo – que demanda da cooperação do Congresso – e elenca as prioridades nacionais.
Este ano, primeiro State of the Union de Joe Biden, o destaque maior foi o endurecimento do discurso de Biden sobre o presidente russo Vladmir Putin. Na ocasião, Biden anunciou mais sanções à Rússia pela guerra na Ucrânia e mandou um recado direto aos oligarcas russos: “Estamos nos unindo aos nossos aliados europeus para encontrar e apreender seus iates, apartamentos de luxo, jatos particulares. Estamos atrás de seus ganhos ilegítimos.”
Em meio a tudo isso, o volume de divisas buscando ganhos no Brasil cresceu bastante. Essa é a grande explicação por trás da intensa valorização do Real vista desde o início do ano. Primeiro, foi o receio da Ômicron, em seguida, o conflito na Ucrânia. O movimento deve permanecer enquanto o conflito continuar.
Confira no De Olho no Câmbio #163 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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