Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,2562 na segunda-feira (11/jul), praticamente no mesmo patamar da abertura da semana anterior (4/jul). A cotação da moeda registrou forte trajetória de alta ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (15/jul) cotado a R$5,4362, portanto, uma depreciação do Real de aproximadamente 3,42%.
O ponto alto da semana foi a divulgação da inflação dos EUA, anunciada na quarta-feira (13). O comportamento dos preços nos EUA pautaram o rearranjo de expectativas de economistas e outros analistas.
O dado surpreendeu negativamente por ter crescido acima das expectativas do mercado. O resultado oficial foi de alta de 1,3% no mês de junho, enquanto que o consenso de mercado estava em torno de 1,1%. Com o resultado, a inflação em 12 meses está em 9,1% sem ajuste sazonal.
O fator de maior preocupação é que, além do índice “cheio”, o núcleo (que exclui do cálculo os preços de alimentos e bebidas, bem como energia e combustíveis) veio acima do esperado.
Na manhã desta sexta (15), o dólar estava caindo levemente ante moedas rivais e de países emergentes, mas sem mudanças significativas dada a forte alta da semana.
Com o resultado da inflação mais elevada, o Federal Reserve deve dar respostas mais contundentes para combater a alta dos preços. Esse movimento deve contribuir para maior desvalorização do Real.
E não podemos deixar de citar a aprovação do Projeto de Emenda à Constituição (PEC) nº1 de 2022, a chamada PEC Kamikaze. Além de decretar Estado de Emergência no país, a PEC aprovou benefícios sociais até dezembro deste ano.
Dentre os benefícios aprovados estão o Auxílio Brasil de R$600 em cinco parcelas, a serem pagas a partir do mês de agosto, além do vale caminhoneiro de R$1.000 e outros benefícios para grupos específicos.
Confira o De Olho no Câmbio #181, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Euro.