Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,1732 na segunda-feira (8/ago), praticamente no “zero a zero” em comparação com a abertura da semana anterior (1/ago). A cotação da moeda registrou leve trajetória de queda ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (12/ago) cotado a R$5,1656, portanto, uma apreciação do Real de aproximadamente 0,15%.
Segundo o IBGE, a variação de preços do mês de julho ficou negativa em 0,68%, ante variação positiva de 0,67% registrada em junho. Esta queda dos preços é fruto da redução do ICMS sobre os preços dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.
A queda só não foi mais forte porque os preços dos alimentos, que têm um grande peso na cesta de consumo dos brasileiros, continuam acelerando por aqui. Com o resultado de julho, a inflação anual cedeu de 11,89% em junho para 10,07% em julho, o menor nível deste ano.
Nos EUA, o cenário foi um pouco distinto. Os dados do índice de preços ao consumidor (IPC) registraram estabilidade, mas o índice em 12 meses cedeu um pouco.
Depois de uma forte sequência de altas que levou a inflação norte-americana a alcançar o nível mais alto em cerca de 42 anos, o IPC de julho desacelerou refletindo, principalmente, a queda nos preços dos combustíveis. Desse modo, a inflação anual, que estava em 9,1% em junho, cedeu a 8,5% no mês passado.
Complementarmente, temos que olhar para o mercado de trabalho estadunidense. Como nos mostrou o payroll da semana passada, o mercado de trabalho está aquecido, mas o elevado número de pedidos de seguro-desemprego pode indicar um elevado turnover, mostrando que tem gente empregada, mas sem conseguir se manter de maneira fixa em uma vaga.
Dados do Departamento de Trabalho mostraram que os novos pedidos de seguro-desemprego somaram 262 mil na última semana, abaixo das estimativas, que esperavam por 263 mil novos pedidos, mas bem acima do registro da semana anterior, de 242 mil (após revisão).
Esse é o maior volume de pedidos iniciais de seguro-desemprego desde a segunda semana de janeiro deste ano e contribuiu para o enfraquecimento do dólar nesses últimos dias.
Confira o De Olho no Câmbio #185, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Euro.