Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,1410 na segunda-feira (15/ago), em nível 0,62% menor que a abertura da semana anterior (8/ago). A cotação da moeda registrou trajetória de alta ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (19/ago) cotado a R$5,2146, portanto, uma depreciação do Real de aproximadamente 1,43%, revertendo o movimento da semana passada.
A desaceleração da economia chinesa pautou boa parte do comportamento dos investidores esta semana e, consequentemente, o realinhamento de expectativas com relação a trajetória dos indicadores econômicos e a recessão.
O Banco Popular da China decidiu cortar a principal taxa de juros do país em 0,10%, na tentativa de estimular o crédito, o consumo e a retomada do crescimento econômico. Adicionalmente, este movimento se soma à incerteza do futuro do gigante asiático frente à política de covid-zero.
Com a covid-zero, o país pode decretar lockdowns a qualquer momento para combater novos surtos e, com isso, a economia pode sofrer novos abalos. Em meio a tudo isso, o governo chinês decidiu fazer um racionamento de energia depois que uma onda de calor tomou o país. Esse racionamento de energia interrompe, momentaneamente, a produção em 20 empresas de siderurgia.
Por fim, o ponto alto desta semana foi a ata da última reunião de política monetária dos EUA. De acordo com o documento, os próximos passos do Fed ficam relativamente em aberto, uma vez que a intensidade do aperto monetário que já está em curso fica ainda mais dependente do comportamento futuro dos indicadores econômicos.
De todo modo, considerando a trajetória da inflação no país, membros do comitê de mercado aberto deixaram claro que a taxa de juros do país pode permanecer em nível restritivo por mais tempo do que esperado para controlar o nível de preços
Confira o De Olho no Câmbio #186, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Euro.