Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,1660 na segunda-feira (5/set), em nível 2,08% maior que a abertura da semana anterior (29/ago). A cotação da moeda registrou trajetória de alta ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (9/set) cotado a R$5,2096, portanto, uma depreciação do Real de aproximadamente 0,84%, dando continuidade ao movimento da semana passada.
Nos EUA, a semana foi mais fraca em função da agenda escassa de indicadores econômicos, com exceção dos PMIs do país, que vieram abaixo da prévia divulgada há uns dias. De todo modo, boa parte do comportamento do dólar ficou a cargo da súbita animação nos mercados europeus.
A melhora do humor na Europa se deu por conta da movimentação do Banco Central Europeu esta semana, como veremos a seguir, que finalmente parece ter acordado para a perigosa situação inflacionária no continente e decidiu elevar a taxa básica de juros do bloco.
Na China, o índice de preços ao consumidor veio abaixo do esperado pelo mercado. O resultado do IPC abre espaço para uma atuação mais expansionista no Banco Popular da China, ou seja, com redução dos juros e estímulo ao crédito.
O cenário na Europa e na China contribuíram, portanto, para a diminuição da aversão ao risco que vinha tomando conta do mercado financeiro e isso jogou o dólar estadunidense para baixo.
No Brasil, a deflação de 0,36% no IPCA de agosto (em linha com a projeção da AE), também animou os mercados. A redução do IPCA anual de 10,07% para 8,73% aumenta as chances de o Banco Central não promover o ajuste residual na Selic na próxima reunião, seguindo nossa previsão.
Confira o De Olho no Câmbio #189, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Euro.